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Brasil

Lula vai receber chefes de Estados para discutir situação da Amazônia

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Lula vai se reunir com chefes de Estado da América Sul para fechar as reivindicações conjuntas que serão apresentadas a 193 países durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, nos Estados Unidos

Correio Braziliense

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará a Belém, no início de agosto, para participar da Cúpula da Amazônia, que contará com os chefes de Estado de oito países que compartilham do território amazônico: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do próprio Brasil, todos membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Um dos objetivos é produzir um documento que trate do bioma, em diversos assuntos, e que será entregue aos 193 Estados-membros no debate geral da Assembleia Geral da ONU, que ocorre no mês seguinte.

O evento está marcado para os dias 8 e 9 do mês que vem. A cúpula antecede a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 30), que também será sediada na capital paraense em novembro de 2025, e deve produzir efeitos importantes. Isto porque pautas como desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, principalmente da Amazônia, vêm sendo moeda de troca para recuperar um voto de confiança internacional. Com os desmontes ambientais provocados pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula tenta reconquistar antigos parceiros que antes contribuíam com repasses ao Fundo Amazônia, por exemplo.

Diversos países suspenderam a destinação de verba durante o último governo, como a Noruega, um dos principais contribuintes do Fundo Amazônia. Lula já convidou o primeiro-ministro do país, Jonas Gahr Store, para comparecer à cúpula de Belém.

O país vem, inclusive, de olho no Brasil. O ministro norueguês do Meio Ambiente, Espen Barth Eide, informou que as contribuições ao fundo de proteção da Amazônia, suspensas durante o governo Bolsonaro e retomadas logo após a eleição de Lula, seguiriam conforme os resultados brasileiros de redução do desmatamento.

União Europeia

Na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE), que terminou na terça-feira, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse vagamente ao presidente que pretende aprovar uma contribuição do orçamento do país para o fundo amazônico.

A UE, por sua vez, prometeu 45 bilhões de euros, cerca de R$ 242 bilhões, na América Latina e no Caribe, em projetos de infraestrutura, climáticos e digitais para fortalecer o comércio da União Europeia com outras regiões do mundo e combater a mudança climática.

A declaração final da cúpula prevê o comprometimento de países desenvolvidos em pagar US$ 100 bilhões por ano a nações em desenvolvimento para financiar ações climáticas.

Em maio, ao retornar da Cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, Lula defendeu a busca por uma política unificada entre os países da Amazônia, que envolva povos indígenas, evite o desmatamento e, ao mesmo tempo, garanta a sobrevivência das cerca de 28 milhões de pessoas que vivem no território. “Não queremos transformar a Amazônia em um santuário da humanidade”, disse ele aos jornalistas.

Na ocasião, ele cobrou das sete maiores economias do mundo que formam o grupo — Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá — pelos U$ 100 bilhões anuais, prometidos na Cúpula Celac-UE. “Em todas as COPs, as pessoas falam que vão doar US$ 100 bilhões. Nós estamos aguardando.”

Seminários e debates

A Cúpula da Amazônia será antecedida por uma série de seminários e debates, com a participação de movimentos da sociedade civil, bem como um rol de ministros, como Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas. Mas outros também devem marcar presença.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentou aos líderes do G20, na quinta-feira, ações que devem ressurgir durante o evento. “Nós lançaremos, na Amazônia, um dos maiores programas de descarbonização do planeta. O norte do Brasil consome R$ 12 bilhões por ano de óleo diesel para tocar sistemas isolados da Amazônia”, disse ele. “Nós faremos uma transição desse sistema isolado para uma energia limpa e renovável, dando ao planeta uma sinalização clara do nosso esforço nesse sentido. São programas que demonstram o nosso mais absoluto comprometimento com o mundo.”

Segundo Marina, a proposta para regulamentar o mercado de créditos de carbono deverá ser enviada ao Congresso em agosto. Ou seja, tanto do ponto de vista nacional quanto do diplomático, a Cúpula da Amazônia movimentará pautas essenciais para Lula neste momento.

Enquanto isso, a maior metrópole da Amazônia atrai os olhares do mundo e estará com sua agenda mais lotada que nunca. Belém recebe no fim de agosto, ainda, o ex-primeiro ministro do Reino Unido Tony Blair; o ex-presidente da Colômbia Iván Duque; e Ban Ki-Moon, atual 8º Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, como antecipou o governador Helder Barbalho (MDB). “São especialistas e personalidades internacionais que estarão na capital paraense para discutir os desafios ambientais

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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