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Lula se diz assustado com alerta de Maduro sobre “banho de sangue” na Venezuela

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Maduro, 61 anos, presidente desde 2013 e aspirante a um terceiro mandato de seis anos, apresentou o processo como uma escolha entre “paz e guerra” e disse que uma vitória da oposição resultaria num “banho de sangue”.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva com agências internacionais em Brasília, 22 de julho de 2024. Foto Evaristo SA / AFP

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse esta segunda-feira 22, estar assustado com as advertências do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que afirmou que uma vitória da oposição nas eleições de domingo resultaria num “banho de sangue”.

Fiquei assustado com as declarações de Maduro, de que se perder as eleições haverá um banho de sangue. “Quem perde as eleições toma banho de votos e não de sangue”, disse o veterano político em referência ao golpe que significa perder eleições.

Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica (no poder). Quando você perde, você vai embora. E vocês estão se preparando para disputar mais uma eleição”, acrescentou Lula ao responder uma pergunta sobre o processo eleitoral venezuelano durante coletiva de imprensa com agências internacionais em Brasília.

“Espero que seja isso que aconteça, para o bem da Venezuela e para o bem da América do Sul”, acrescentou.

O país caribenho celebra neste domingo as eleições presidenciais que representam o maior desafio para o chavismo em seus 25 anos no poder, com uma oposição que pela primeira vez parece favorita.

Maduro, 61 anos, presidente desde 2013 e aspirante a um terceiro mandato de seis anos, apresentou o processo como uma escolha entre “paz e guerra” e disse que uma vitória da oposição resultaria num “banho de sangue”.

“Já falei duas vezes com Maduro (…), ele sabe que a única forma de a Venezuela voltar à normalidade é haver um processo eleitoral respeitado por todos”, continuou Lula.

Para ajudar “as pessoas que deixaram o país a regressar e a estabelecer um estado de crescimento económico”, Maduro “tem de respeitar o processo democrático”, acrescentou o Presidente brasileiro.

Lula subiu recentemente o tom ao criticar uma série de obstáculos à oposição por parte da autoridade eleitoral venezuelana, com uma linha pró-governo, e apelar a uma maior observação internacional depois de a União Europeia (UE) ter sido impedida de observar as eleições.

O presidente confirmou esta segunda-feira que seu governo enviará dois representantes do tribunal eleitoral brasileiro e seu assessor de relações exteriores, Celso Amorim, para observar o processo no país vizinho.

Lula apelou, por outro lado, ao levantamento das sanções internacionais contra a Venezuela.

No início de julho, Lula disse esperar que os resultados do próximo domingo sejam reconhecidos “por todos” e que isso permita o rápido regresso de Caracas ao Mercosul, que a suspendeu em 2017.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva com agências internacionais no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 22 de julho de 2024. Foto Evaristo SA / AFP

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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça

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• Imagem gerada por IA

A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.

As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).

O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.

Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.

Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.  

As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.

Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.

A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.

A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.

O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.

BRB quis comprar Master

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.

Compliance Zero

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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