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Justiça prorroga por mais 90 dias as investigações sobre rebelião que matou 5 pessoas em presídio
A rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, ocorrida em julho deste ano, completou 4 meses e já ouviu 60 pessoas. O massacre resultou na morte de 5 detentos.
Na época, a Polícia Civil havia instituído o prazo de 30 dias para finalizar o inquérito. Porém, nesta quinta-feira (7), a Justiça concedeu a prorrogação de mais 90 dias para que as autoridades concluam as investigações.
A Polícia explicou que são analisados cerca de 38 mil horas de imagens de câmera da unidade prisional.
De acordo com os investigadores, o prazo final para conclusão do inquérito deve ser fevereiro do ano que vem.

Forças de Segurança se mobilizaram para conter a rebelião no Acre. Foto: Juan Diaz/ContilNet
A rebelião
O ‘motim’ foi reconhecido pela Sejusp no dia 26 de julho de 2023, no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco. As forças de Segurança mobilizaram mais de 200 profissionais e tiveram a ajuda do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que enviou servidores da Força Nacional para ajudar na logística de contenção.
O presídio é conhecido por abrigar criminosos sentenciados apontados como os mais graduados na escala das organizações criminosas que atuam nas ruas do Acre, e que estão em permanente conflito e guerra bélica, o chamado Bonde dos 13 e o Comando Vermelho.
Na época, a Sejusp informou que 13 detentos fizeram de refém um preso que exercia as funções de faxineiro no Bloco e um policial penal, que acabou sendo ferido no olho com um tiro de raspão. Os detentos tiveram acesso a um arsenal de 15 armas que ficavam guardadas dentro de uma sala no presídio.
Mortes e rendição dos presos
Ao entrar no complexo, a polícia confirmou a morte de cinco pessoas – sendo que três delas foram decapitadas – e a liberação de dois agentes que estavam como reféns.

Presídio Antonio Amaro Alves/Foto: Secom
Os mortos – três deles decapitados, com a cabeça seccionada do corpo provavelmente quando ainda estavam vivos, feridos e imobilizados a tiros -, são os seguintes:
– Marcos Cunha Lindozo, o “Dragão”. Apontado como o principal líder e fundador local da facção criminosa “Bonde dos 13”, que controla vários bairros da Capital e que rivaliza com os concorrentes do Comando Vermelho no controle dos territórios para a venda de drogas.
Estava preso depois de ter sido localizado em São Paulo, onde vivia após fugir, em 2017, ao ser resgatado por seus companheiros de facção em Rio Branco, quando era transportado do presídio para prestar depoimento à Justiça. Era responsável por assassinatos em Rio Branco e cumpria condenações de mais de 29 anos de prisão e respondia a outros processos sem relação aos quais não havia sido julgado ainda. Além de ter sido decepado, o criminoso teve também o coração arrancado a faca do peito.
– Francisco das Chagas Pereira, o Ozim. Também ligado ao Bonde dos 13, cumpria pena por assassinato;
– Lucas de Freitas Murici, o Pololoco. Outro fundador do Bonde dos 13. Cumpria uma pena de 29 anos de prisão, por assassinatos.
– Ricardo Vitorino de Souza, o “Ricardinho” ou “Anjo da Morte”. Matador do Bonde dos 13, Respondia mais de 15 processos por assassinatos e já respondia penas de mais de três décadas de prisão.
– Davi Olímpio da Silva, o “Mendigo”. Outro líder do Bonde dos 13, cumpria pena por assassinatos e por integrar facção criminosa.
Investigação
Além de receber uma equipe da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que deverá investigar as causas da rebelião, o episódio também será analisado pela Polícia Civil do Acre.
A equipe instaurou dois inquéritos para tratar dos homicídios e lesões corporais dentro do presídio e também de como iniciou a rebelião. “O segundo inquérito vai averiguar se houve facilitação por parte de agentes públicos. O inquérito é para apurar a dinâmica do que aconteceu, do início que causou as mortes”, disse o delegado-geral Henrique Maciel.
Exoneração do presidente do Iapen
No início de agosto, dias após a rebelião, o governador Gladson Cameli (PP) realizou a troca no comando do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Cameli exonerou Glauber Feitoza Maia do cargo de presidente do Iapen e Marcelo Lopes da Silva, diretor executivo operacional. Os substitutos escolhidos foram Alexandre Nascimento de Souza e Tiênio Rodrigues da Costa.
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Homem é morto a facadas na zona rural de Cruzeiro do Sul na véspera de Ano-Novo
Crime ocorreu na Vila Lagoinha, às margens da BR-364; este é o segundo homicídio registrado no Vale do Juruá em menos de 24 horas
Um homem ainda não identificado foi morto a facadas na Vila Lagoinha, localizada às margens da BR-364, na zona rural de Cruzeiro do Sul, na madrugada desta quarta-feira (31). O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi encontrada caída na via pública por volta das 4h da manhã. As Polícias Civil e Militar estiveram no local para os procedimentos iniciais, e o caso passou a ser investigado. Até o momento, ninguém foi preso.
Este é o segundo homicídio registrado na região do Vale do Juruá na véspera do Ano-Novo. Também nesta quarta-feira (31), em Mâncio Lima, Carlos César de Souza da Silva, de 24 anos, foi morto a tiros dentro de uma residência no bairro Cobal.
Carlos era suspeito de ter assassinado o próprio primo a facadas no mês de novembro, após uma discussão envolvendo a divisão de carne de tatu. A Polícia Civil investiga se há relação entre os casos e segue apurando as circunstâncias dos crimes.
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Suspeito de matar primo por disputa envolvendo carne de tatu é executado a tiros em Mâncio Lima
Homem de 24 anos foi assassinado dentro de residência no bairro Cobal; polícia investiga possível ligação com homicídio ocorrido em novembro

Carlos César de Souza da Silva, de 24 anos, foi morto a tiros dentro de uma residência no bairro Cobal, em Mâncio Lima, nesta quarta-feira (31). Ele era suspeito de ter assassinado o próprio primo, Claudemir Cruz Vieira, de 26 anos, em um crime ocorrido no mês de novembro, após uma discussão envolvendo a divisão de carne de tatu.
O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Militar realizou diligências na região, enquanto a Polícia Civil esteve no local para iniciar as investigações e apurar se a execução tem relação direta com o homicídio registrado anteriormente.
O primeiro crime aconteceu no dia 30 de novembro, na Comunidade São Salvador, zona rural do município. De acordo com a Polícia Militar, os dois primos passaram a noite ingerindo bebida alcoólica e acabaram se desentendendo por causa da divisão da carne de um tatu caçado no dia anterior. Durante a briga, Carlos teria desferido golpes de faca contra Claudemir, que não resistiu aos ferimentos.
Após o homicídio, Carlos foi contido por familiares e levado à Comunidade Belo Monte, onde acabou sendo preso pela Polícia Militar. Ele recebeu atendimento médico no Hospital Doutor Abel Pinheiro Maciel Filho e, em seguida, foi encaminhado à delegacia. A arma utilizada no crime não foi localizada.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da morte de Carlos César e a possível motivação do assassinato.
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Vídeo: Incêndio de grandes proporções destrói residência no bairro José Augusto, em Rio Branco
Uma residência foi consumida por um incêndio de grandes proporções na tarde desta terça-feira (30), na Rua Atlético Grêmio Sampaio, no bairro José Augusto, em Rio Branco. As chamas puderam ser vistas a longa distância e mobilizaram moradores, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Segundo testemunhas, havia pessoas dentro do imóvel no momento em que o fogo começou. Ao perceberem as chamas, os moradores conseguiram deixar a casa rapidamente e pediram ajuda a vizinhos. Com baldes de água, os moradores da região conseguiram resfriar as duas casas vizinhas, evitando que o incêndio se alastrasse para outros imóveis.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e enviou duas guarnições ao local. Após um trabalho intenso de combate às chamas, o fogo foi controlado e foi iniciado o rescaldo para eliminar focos remanescentes.
A Polícia Militar isolou as ruas transversais para garantir a segurança da área e facilitar a atuação dos bombeiros. Não houve registro de feridos.
A família que morava na residência atingida foi amparada por vizinhos e recebeu apoio imediato. Após o controle total do incêndio e a conclusão do rescaldo, o local foi liberado para acesso dos moradores e as vias foram reabertas ao tráfego.
As causas do incêndio ainda serão apuradas.


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