Brasil
Jorge Viana preside 1ª reunião de trabalho da Comissão de Reforma Política
O senador Jorge Viana presidiu nesta terça-feira (30) a primeira reunião de trabalho da Comissão da Reforma Política do Senado Federal que reúne 29 parlamentares da Casa. Ao lado do relator da comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), Jorge Viana destacou o grande desafio de se buscar um entendimento com as pautas que estão sendo votadas na Câmara dos Deputados e ao mesmo tempo ampliar o debate para dar uma satisfação à sociedade.
“Há uma expectativa enorme com todos que eu converso de que, daqui do Senado, sem fazer nenhum confronto com a Câmara dos Deputados, possa surgir uma mediação que nos leve a ter algo com substância vinculado à reforma política”, declarou o senador.
Temas como custos de campanha e fortalecimento partidário estarão no centro do debate, destacou o senador que recebeu o reconhecimento dos demais parlamentares por sua capacidade de articulação e conciliação. Vice-presidente do Senado, Jorge Viana já foi relator de importantes projetos na Casa que geraram debates e exigiram a mediação de conflitos, como o Código Florestal e a Lei de Acesso à Biodiversidade. Agora, ele preside a comissão que trata de um dos temas mais importantes para o país em debate no Congresso.
Neste primeiro dia de encontro da comissão, o relator Romero Jucá apresentou 11 propostas de discussão que ainda não foram analisadas na Câmara dos Deputados. Uma delas muda as regras da propaganda política de forma que o tempo de televisão e rádio seja proporcional ao tamanho das bancadas na Câmara. Outra proposta mencionada por Jucá é a que restringe o tempo de TV e o fundo partidário a partidos com diretórios permanentes em mais de 50% dos estados e 50% dos municípios.
Um novo encontro da comissão foi marcado para esta quarta-feira (1º). Paralela às audiências no Senado, a comissão segue cumprindo uma agenda de encontros com lideranças e representantes dos demais poderes para ouvir sugestões e propostas em relação ao tema. Na semana passada, Jorge Viana, Romero Jucá e o presidente do Senado, Renan Calheiros, foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Também conversaram com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e nesta terça, pela manhã, estiveram reunidos com os ex-presidentes Lula e Sarney.
“Nosso propósito é criar um ambiente de diálogo e ouvir essas lideranças, o que elas têm a dizer a respeito desse tema. Ainda temos uma agenda para fazer com ministros do Supremo Tribunal de Justiça e também com a OAB, CNBB e outras organizações da sociedade civil”, disse Jorge Viana.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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