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Acre

Jorge Viana alerta: “Reduzir aquecimento não é obrigação, mas oportunidade”

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Eleito presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso, senador quer incentivar o debate sobre novo modelo de produção e consumo

Eleito presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso, nesta semana, o senador Jorge Viana (PT-AC) alerta que está preocupado com o aumento do desmatamento no país, fenômeno ocorrido nos últimos dois anos. “Temos que ter uma mudança de mentalidade com relação as causas ambientais. Nada é mais importante que isso”, disse. “Eu não vejo o trabalho de reduzir as emissões de gases como uma obrigação, mas uma grande oportunidade”.

Ele diz estar preocupado com o cumprimento da meta pelo Brasil e adverte que o aumento do desmatamento é inaceitável. “Há dois anos, o desmatamento estava em torno de 5 mil km2 e agora está em torno de 7 mil km2”, lamentou. “Fazia tempo que não aumentava. Não há razão para isso. Temos que ter uma ação muito forte, pois um dos nossos compromissos, que firmamos com as nações do mundo, é o desmatamento ilegal zero”.

A comissão que tratara das questões do clima vai acompanhar o cumprimento das metas firmadas pelo Brasil em Paris, em 2015, na chamada COP 21. O chamado Acordo de Paris, firmado por quase 200 nações, estabeleceu compromissos para evitar o aumento da temperatura no planeta. O Brasil tem uma das mais fortes metas. A redução das emissões de gases em 35% até 2025. E de 43% até 2030.

Segundo Viana, é preciso mais que isso. “Apresentei projeto que transforma em lei os compromissos que o Brasil fez, mas acho que a Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas não pode ter apenas a função de fiscalizar o cumprimento dessas metas”, disse. “Precisamos avançar no debate das cidades sustentáveis, de uma economia que não seja tão destrutiva. Enfim, um novo modelo de produção e consumo”.

As declarações do parlamentar foram dadas à Rádio Senado, na manhã desta sexta-feira, 24, em entrevista exclusiva à emissora. Sobre a eleição para a presidência da comissão mista, o senador considera a tarefa um desafio. “Vou me dedicar para que o Congresso possa sediar os debates mais elevados, mais objetivos, que visam trazer para todos nós, habitantes deste planeta, a esperança de um planeta mais sustentável”, disse.

Jorge Viana tem sua trajetória política ligada às causas ambientais. Aos 20 anos, conheceu e conviveu com o ambientalista Chico Mendes, entre 1980 e 1988, quando o líder dos seringueiros foi assassinado. Seu período como governador do Acre é conhecido como o governo da Floresta. E, durante o seu mandato de senador, buscou manter sua atuação ligada às questões ambientais. Ele foi relator do Código Florestal e da nova Lei da Biodiversidade.

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Acre

Joaquin Assaf fecha Brasileiro com recorde estadual absoluto nos 50 livres

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Foto FAEA: Ricardo Sampaio e Joaquin Assaf no Brasileiro Júnior

Joaquin Assaf(Miragina) fechou neste sábado, 6, no parque aquático do Flamengo, no Rio de Janeiro, a participação no Campeonato Brasileiro Júnior com recorde estadual absoluto na prova dos 50 metros livres. O atleta da AABB nadou a prova em 24”43 e terminou na 25ª posição no torneio nacional.

100 metros costas

Joaquin Assaf fez 1´04”57 nos 100 costas e terminou na 27ª colocação.

Boa avaliação

O presidente da Federação Aquática do Estado do Acre (FAEA), professor Ricardo Sampaio, fez uma boa avaliação da participação de Joaquin Assaf no Brasileiro.

“Colocamos um atleta na maior competição do Brasil. O Joaquin conseguiu dois recordes absolutos e vamos seguir com o trabalho”, comentou Ricardo Sampaio.

Apoio da SEEL

Ricardo Sampaio destacou a parceria entre a FAEA e o governo do Estado por meio da secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer(SEEL) para as participações de Luiz Antônio Jerônimo e Joaquin Assaf nos torneios nacionais.

“O secretário Ney Amorim foi um grande parceiro da natação acreana na temporada. Precisamos desse apoio para podermos disputar as grandes competições”, declarou o dirigente.

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Acre

Última edição do Saúde Itinerante de 2025 reúne 150 crianças em atendimentos de neuropediatria em Sena Madureira

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Durante os atendimentos são emitidos laudos médicos e prescrições, documentos essenciais para a continuidade do cuidado com as crianças. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

A última edição do Saúde Itinerante de 2025 está sendo realizada nesta sexta-feira, 5, e sábado, 6, em Sena Madureira, encerrando um ano marcado por mais de 60 ações em três modalidades do programa: o Saúde Itinerante Especializado, o Indígena e o de Neuropediatria. Somadas, essas edições garantiram mais de 27 mil atendimentos em diversas especialidades, reforçando o compromisso do governo do Acre em levar assistência à população que mais precisa.

Entre as famílias atendidas nesta edição está a de Zélia Silvestre, mãe de Sara, de 11 anos, que busca investigação para possível TDAH. Ela conta que percebeu os primeiros sinais após ser chamada pela direção da escola onde a filha estuda. “A diretora me chamou e disse que ela estava com alguns comportamentos diferentes na sala de aula. A professora também notou que não era um comportamento comum: ela ficava andando na sala, brincando na hora errada. A partir disso me deram um encaminhamento para buscar atendimento”, explicou.

Com o compromisso de garantir que serviços de saúde cheguem a quem mais precisa, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), está atendendo cerca de 150 crianças do município por meio do Saúde Itinerante Especializado em Neuropediatria com a equipe multidisciplinar, composta por profissionais de neuropediatria, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e odontologia.

Para Zélia, poder contar com o atendimento perto de casa representa mais do que uma comodidade, é a garantia de acesso sem obstáculos ao cuidado da filha. “Aqui fica muito melhor, porque a gente vem com mais facilidade. Para ir pra Rio Branco é difícil porque tem que acordar de madrugada, pegar van, esperar em locais que não temos familiaridade. Já aqui, próximo de casa, é um benefício enorme para a população”, relatou.

Além das consultas e exames, o programa também realiza a emissão da Carteira Estadual da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (e-Ceptea), documento essencial para garantir direitos e facilitar o acompanhamento contínuo das crianças.

Maressa Guimarães, da Gerência de Assistência do Complexo Regulador Estadual, destacou que o Saúde Itinerante tem sido uma ferramenta fundamental para garantir que o atendimento especializado chegue a famílias que, de outra forma, precisariam enfrentar longos deslocamentos até a capital.

“Levar equipes completas para os municípios faz diferença no diagnóstico, no início oportuno do tratamento e na qualidade de vida dessas crianças. Em 2025, conseguimos romper barreiras geográficas e atender milhares de pessoas em todas as regiões do estado, ampliando o acesso e fortalecendo a assistência onde ela realmente precisa acontecer”, ressaltou.

Equipe multidisciplinar composta por profissionais de neuropediatria, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e odontologia participam da ação. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

Para além do atendimento às famílias, o Saúde Itinerante em Neuropediatria também cumpre um papel essencial na continuidade do cuidado, oferecendo retornos periódicos para avaliação dos exames, atualização de laudos e acompanhamento da evolução das crianças atendidas. Durante os atendimentos, são emitidos laudos médicos e prescrições, documentos essenciais para a continuidade do cuidado, viabilizando o encaminhamento dos pacientes para outras etapas do tratamento.

“Hoje estamos realizando os atendimentos de retorno das crianças vistas há cerca de 90 dias, quando solicitamos exames e avaliações complementares. Com esses resultados em mãos, conseguimos avançar no diagnóstico e, quando necessário, emitimos o laudo ou encaminhamos para uma nova consulta. Quanto mais cedo conseguimos diagnosticar, melhores são as possibilidades de intervenção e evolução, porque isso evita que a criança permaneça muito tempo na fila e atrase o início do tratamento”, explicou a pediatra Kelly Bestene.

Regionalização da saúde, política prioritária da gestão estadual, evita que a população precise enfrentar longas viagens para ter acesso a consultas e exames. Foto: Tiago Araújo/Sesacre

A regionalização da saúde evita que a população precise enfrentar longas viagens para ter acesso a consultas e exames. Essa diretriz tem fortalecido a rede pública em todas as regionais do estado. “Cuidar das pessoas é o compromisso central do governo do Estado, e garantir que as famílias tenham acesso a atendimento digno sem precisar enfrentar longos deslocamentos faz parte dessa missão. O Saúde Itinerante é uma política que veio para ficar, levando serviços especializados a todas as regiões, do Baixo Acre ao Juruá, e assegurando que cada criança tenha a oportunidade de receber o cuidado que merece, perto de casa”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal.

Acompanhando os atendimentos realizados pela equipe da Sesacre, o prefeito Gerlen Diniz destacou a importância da iniciativa para suprir demandas históricas do município. “Sena Madureira é carente de especialistas, e ações como essa, com neuropediatras atendendo diretamente nossas crianças, fazem uma diferença enorme para dezenas de famílias. Quando Estado, Município e toda a rede de saúde trabalham juntos, quem ganha é a população. Muitas famílias esperam por esse atendimento há algum tempo, e essa união de esforços garante resultados reais.”

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Acre é o 24º no ranking de liquidez e segue entre os menores com capacidade de caixa

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O Acre ocupa a 24ª posição no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, no indicador de Índice de Liquidez, registrando percentual de 132,1%. Com esse resultado, o estado aparece à frente apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Os dados são do Centro de Liderança Pública (CLP) e do Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro).

O Índice de Liquidez avalia a relação entre as obrigações financeiras de curto prazo e o caixa bruto disponível. O alerta dos especialistas é claro: quanto maior o índice, pior a situação — já que significa que o estado possui mais dívidas imediatas do que recursos disponíveis para pagá-las

O indicador considera apenas valores que podem ser utilizados prontamente e que não estão vinculados a despesas específicas. Por ter polaridade negativa, índices mais altos refletem menor liquidez e maior desequilíbrio entre caixa e obrigações. Em outras palavras, percentuais elevados revelam que o estado tem compromissos financeiros muito acima do dinheiro disponível.

A metodologia também destaca que o indicador pode apresentar grande variação entre os estados, podendo ultrapassar 200% ou até ficar negativo — ambos considerados cenários críticos. Nesses casos, a pontuação atribuída é zero, já que números extremamente altos ou negativos representam baixa ou nenhuma liquidez. Para os demais estados, a nota é normalizada em uma escala de 0 a 100.

Com o índice atual, o Acre permanece na parte inferior do ranking nacional, evidenciando desafios na gestão do caixa e na capacidade de honrar obrigações financeiras de curto prazo.

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