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Jogos Olímpicos de Paris-24 são encerrados com uma cerimônia mais tradicional

Mais tradicional que a festa de abertura , a cerimônia que encerrou os Jogos Olímpicos de Paris-24, neste domingo (11), no Stade de France, foi em parte entediante e arrastada e teve bronca da organização aos atletas. A passagem da bandeira olímpica para Los Angeles, a próxima sede, em 2028, foi feita ao som de Red Hot Chili Peppers, Billie Eilish e Snoop Dogg, e também teve a aparição do ator Tom Cruise.
A cerimônia começou com uma apresentação musical em formato de ode à cidade-sede dos Jogos. A cantora francês Zaho de Sagazan e o coral da Academia Haendel-Hendrix cantaram a famosa “Sous le ciel de Paris” , de Edith Piaf, para abrir o espetáculo.
O primeiro ato teve o Jardim das Tulherias, ao lado do Louvre, como palco. A chama olímpica iniciou seu trajeto a Saint-Denis pelas mãos do nadador francês Léon Marchand, que faturou quatro ouros e um bronze nessa edição dos Jogos. Foi ele o responsável por apagar a chama olímpica, que iluminou o céu parisiense por mais de duas semanas.
Então, a festa se voltou para o estádio olímpico. Foram apresentados os presidentes Emmanuel Macron, da França, e Thomas Bach, do Comitê Olímpico Internacional (COI). Em seguida, uma orquestra tocou o hino nacional francês e os porta-bandeiras entraram no Stade de France.

Ana Patrícia e Duda, campeãs no vôlei de praia, foram as responsáveis por levar o estandarte brasileiro. Tradicionalmente, um homem e uma mulher carregam a bandeira de seu país, mas o COI acatou pedido do COB para que duas mulheres portassem o símbolo nacional. Elas percorreram por alguns minutos o palco, no centro do estádio, montado para ser a representação de um mapa-múndi. A delegação brasileira esteve esvaziada, uma vez que a maior parte dos 289 atletas já havia ido embora.
Bangladesh, Ilhas Cayman, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Kuwait, Líbia, Liechtenstein, Macedônia do Norte, Malawi, Mauritânia, Micronésia, Montenegro, Omã, Catar, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Síria e Vietnã não tiveram atletas na cerimônia. Voluntários carregaram a bandeira desses países. Quando a música abaixava, ouvia-se os franceses entoando o famoso grito Allez les Bleus .

A festa seguiu com o pódio da maratona feminina, prova que concluiu pela primeira vez uma edição de Jogos Olímpicos, marcados pela paridade de gênero entre os atletas. A holandesa Sifan Hassan levou o ouro, a etíope ficou com a prata e a queniana Hellen Obiri ganhou o bronze. Houve destaque para a Marathon Pour Tous – Maratona Para Todos – corrida aberta pela pessoas comuns, que percorreram o mesmo percurso da maratona disputada pelos atletas de elite.
Teatro, tédio e invasão
Planejada por Thomas Jolly, diretor artístico também do evento de abertura, a cerimônia como espetáculo artístico que fechou os Jogos de Paris-24 começou depois de 1h15, assim que as luzes se apagaram e o estádio virou um teatro. O estádio se tornou um show de luzes à medida que piscaram nas arquibancadas milhares de pulseiras de LED – semelhante às dos shows do Coldplay – distribuídas pelos organizadores.

Do céu, surgiu um viajante dourado. O misterioso personagem pousou no palco ao som de Clément Mirguet e carregou a bandeira da Grécia, em um tributo ao país onde nasceram os Jogos Olímpicos, há 2.800 anos. A prometida ligação entre passado, presente e futuro por Jolly durante o evento envolveu o encontro entre o viajante dourado e Nike, a deusa da vitória associada aos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Ela foi representada como uma entidade.
Um piano suspenso verticalmente tocado por Alain Roche, acompanhado pelo cantor de ópera Benjamin Bernheim, executou o hino a Apolo, descoberto nas ruínas de Delfos e apresentado em 1894 no congresso que definiu o renascimento das Olimpíadas. O explorador dourado misterioso saiu de cena assim que foram o último aro subiu para formar os anéis olímpicos, unidos e elevados posteriormente no centro do estádio, ganhando vida em um balé coreográfico de Kevin Vivès.
Enquanto a televisão apresentava imagens marcantes dos Jogos de Paris-24, os atletas correram em direção aos palcos, mas foram convidados pela organização a deixar o local para a retomada da cerimônia, com um show da banda francesa Phoenix, que começou atrasado justamente devido a essa invasão. Angele, Kavinsky, Air, Vannda, e Ezra Koenig foram outros artistas a se juntar ao grupo Phoenix.
Discurso arrastado
O ex-canoísta francês Tony Estanguet, presidente do comitê organizador, subiu ao palco para um discurso ligeiro. Falou em “feriado nacional” com cada medalha conquistada pela França – foram 64, que garantiram a quinta colocação ao país no quadro de medalhas – e disse estar orgulhoso do que fez e do que viu em Paris. “Nunca senti tanto orgulho de ser francês. Juntos, mostramos a mais bela face do nosso país” , afirmou.
Thomas Bach retornou e, ao contrário de Estanguet, demorou pelo menos dez minutos no púlpito. “Os Jogos Olímpicos foram mais jovens, mais urbanos, mais inclusivos, mais sustentáveis” , disse o dirigente alemão, que está na iminência de deixar a presidência do COI. “Foram Jogos de uma nova era em todos os aspectos, e vocês (franceses) podem ficar orgulhosos disso”.
Seis atletas medalhistas olímpicos representaram os cinco continentes no palco, ao lado de Bach e Estanguet, além da equipe de refugiados : a superestrela do judô Teddy Riner (Europa), a nadadora australiana Emma McKeon (Oceania), a mesatenista chinesa Sun Yinghsa (Ásia), o maratonista queniano Eliud Kipchoge (África), o cubano Mijaín López (Américas), pentacampeão olímpico no wrestling e Cindy Ngamba, boxeadora responsável pela primeira medalha da equipe de refugiados na história.
Passagem da bandeira olímpica a Los Angeles-28
No fim do evento, a bandeira olímpica de Paris-24 foi passada a Los Angeles, com uma sequência protagonizada pelos organizadores americanos dos Jogos de 2028. Foram mais ou menos 30 minutos dedicados à apresentação das próximas Olimpíadas, praxe em toda cerimônia de encerramento.
Começou a passagem do bastão!
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Showzão o hino nacional dos EUA na voz da H.E.R.
#CerimoniaDeEncerramento pic.twitter.com/OfborbZ1Vx
— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) August 11, 2024
A Prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass se juntaram para a ocasião. Hidalgo entrou a bandeira olímpica a Bach, que repassou a Bass, que estava ao lado de Simone Biles, fenômeno da ginástica. Apresentaram-se, então, as estrelas americanas, começando por H.E.R., ganhadora cinco vezes do Grammy, escolhida para cantar o hino dos Estados Unidos.

Depois entrou em cena, como se estivesse em Missão Impossível , o ator Tom Cruise. Ele carregou a bandeira Olímpica e seguiu de moto, à la Top Gun , em uma transição em vídeo. A jornada continuou ao som de Red Hot Chili Peppers, que, porém, não esteve em Paris. Quem foi ao Stade de France viu do telão a apresentação da banda de rock, que cantou “Venice Beach” , uma das mais famosas praias de Los Angeles. Lá também estava Billie Eilish, jovem cantora pop que é da Califórnia.
Snoop Dogg foi o último astro da música americana a tocar. Curiosamente, o rapper também cantou à distância, na praia californiana, e não ao vivo no Stade de France. Ele foi “garoto propaganda” de Paris-24 e curtiu como poucos os Jogos na capital francesa.
Depois, Léon Marchand, astro da natação francesa, retornou. Ele foi incumbido de voltar com a chama olímpica. O presidente do COI apagou a chama e decretou o fim dos Jogos Olímpicos de Paris-24, encerrados com um último número musical protagonizado pela cantora Yseult. Ela cantou “My Way” , música de Frank Sinatra que tem forte vínculo entre a França e os Estados Unidos. Seguiram-se à sua apresentação os fogos de artifícios para sinalizar que a festa de Paris-24 acabou depois de três horas.
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Fonte: Nacional
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Visita de Lula ao Acre está prevista para o dia 8 de agosto

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República • Ricardo Stuckert/PR
O presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, anunciou nesta sexta-feira, 25, que o presidente Lula (PT) poderá visitar o Acre no próximo dia 8 de agosto. A agenda, segundo Viana, está sendo organizada no Palácio do Planalto e deve trazer boas notícias para a população acreana, especialmente na área de infraestrutura.
“Bem, boa sexta-feira para vocês. Nós ‘sextamos’ aqui no Palácio do Planalto, no gabinete do presidente Lula, e eu estou aqui com o Marcola, que é um querido amigo e auxilia o presidente em tudo, e o Osvaldo também. Nós estamos tratando da agenda do presidente no Acre”, afirmou Viana.
A visita presidencial, segundo ele, terá foco em ações concretas para o desenvolvimento do estado. “É uma agenda que certamente vai levar boas notícias para o nosso povo. A gente vive de achar soluções para os problemas e a gente está aqui trabalhando. Então, vamos levantando aqui o nosso estado, e, se Deus quiser, dia 8 está previsto”, disse.
Caso a visita se confirme, o presidente Lula deve anunciar investimentos voltados à produção, ao trabalho e ao apoio às administrações municipais. “Então, dia 8, o presidente deve estar no nosso estado para anunciar investimento na área de infraestrutura, apoiar quem produz, quem trabalha, e ajudar, obviamente, as prefeituras e o nosso estado. Está bom? Acompanhe aí!”, finalizou.
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Durante audiência na Aleac, vice-governadora Mailza diz que é preciso achar saída para o desenvolvimento sem deixar de preservar as florestas
O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa

Vice-governadora Mailza disse que é preciso buscar um caminho para desenvolver e preservar a Amazônia. Foto: Neto Lucena/Secom
A vice-governadora Mailza Assis participou nesta sexta-feira, 25, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que debateu questões relacionadas à legislação ambiental e seus impactos sobre a produção e o desenvolvimento na região amazônica. O debate contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo, e reuniu parlamentares, produtores e representantes de entidades rurais.
Durante discurso, Mailza defendeu a necessidade de uma revisão da legislação ambiental que, segundo ela, tem impedido o pleno desenvolvimento da Amazônia e penalizado trabalhadores rurais e pequenos produtores que lutam para sobreviver.
“A nossa legislação impõe obrigações que impedem o desenvolvimento. E aqui no Acre temos vivido repressões a famílias inteiras que há décadas trabalham na própria terra com suor e sacrifício. Precisamos mudar isso. Ninguém alcança dignidade sem desenvolvimento”, disse Mailza.
Representando o poder Executivo e se dirigindo ao plenário como mulher, mãe e filha de agricultores, Mailza fez um apelo à união de forças políticas e institucionais para garantir infraestrutura, regularização fundiária, acesso à tecnologia e liberdade para produzir de forma sustentável.
“Quem produz quer permanecer no campo, mas precisa de estrada, saúde, educação e comunicação. O alimento vem da terra. O que temos é potencial, mas o que nos falta é condição. E o desenvolvimento passa pela construção de estradas, de ferrovias, pela condição das pessoas. Precisamos procurar caminhos para vencermos isso”, ressaltou.

Audiência na Aleac contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo. Foto: Neto Lucena/Secom
Mailza também reforçou o compromisso de aliar o desenvolvimento da Amazônia com a preservação ambiental. “É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão e vamos fazer um trabalho em conjunto para achar uma saída para o desenvolvimento ao mesmo tempo em que preservamos as nossas florestas. Precisamos, sim, preservar o meio ambiente, é importante. Mas ele não pode condenar as pessoas que dele precisam para sobreviver. Então, eu faço o compromisso com o agro, com os nossos produtores, com os investidores que acreditam no nosso estado. Me uno a vocês, como vice-governadora para garantir que esse Estado que tanto tem a oferecer tenha caminhos para crescer. O nosso povo precisa e merece dignidade”, afirmou.
O ex-ministro Aldo Rebelo defendeu quatro pilares para garantir o desenvolvimento da Amazônia.
“Primeiro a soberania, a Amazônia é do Brasil e cada um que tome conta do seu território. Segundo princípio, direito ao desenvolvimento, ninguém vai impedir a Amazônia de se desenvolver, nenhuma resolução vai impedir. A Amazônia vai ter que ter infraestrutura, rodovia, ferrovia, agricultura, pecuária, indústria, hidrovia, vai ter que ter tudo. Tudo isso é possível sem destruir nada. Terceiro, a Amazônia tem que proteger as suas populações indígenas, é dar às populações o direito de se desenvolver e de protegê-las. E o quarto princípio é fazer um inventário dos recursos da Amazônia, do que tem de florestas, para desmistificar. Eu falei com o pessoal do governo: faz uma mesa para discutir o código florestal do mundo, aí na COP 30. Vamos colocar na mesa”, disse Rebelo, que foi relator do novo Código Florestal e autor de obras voltadas à questão amazônica.

“É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão”, disse Mailza. Foto: Neto Lucena/Secom
Rebelo também defendeu que demarcações de terras indígenas sejam aprovadas pelas Assembleias Legislativas dos estados, para garantir mais equilíbrio entre conservação e soberania nacional.
O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa.
“Precisamos compatibilizar a preservação com o bem-estar das pessoas, e a participação da população é importante nesse processo”, pontuou Longo.

Produtores rurais também acompanharam a audiência. Foto: Neto Lucena/Secom
A audiência reuniu ainda representantes de diversos segmentos do setor produtivo: o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez; o presidente da Emater, Rynaldo Lúcio; o ex-deputado estadual e presidente da Cooperativa de Produtores Rurais do Acre, Geraldo Pereira; coronel Luciano Fonseca, representando a Ouvidoria Fundiária e de Meio Ambiente da Procuradoria-Geral do Estado do Acre; além de produtores rurais, deputados estaduais Eduardo Ribeiro, Manoel Moraes e Arlenilson Cunha, e o deputado federal Eduardo Velloso.
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Estiagem extrema força reorganização do calendário escolar em comunidades ribeirinhas do Acre
Com rios em níveis críticos, governo estadual adapta cronograma letivo para garantir acesso à educação em áreas onde transporte depende exclusivamente de vias fluviais

Barco escolar encalhado no leito seco do Rio Envira, durante entrega de mantimentos na região do Seringal Porto Rubim, em Feijó. Foto: Cedida
Com Agência Acre
A seca severa que atinge os rios do Acre levou o governo estadual a readequar o calendário escolar em comunidades de difícil acesso, onde estudantes dependem exclusivamente do transporte fluvial para chegar às salas de aula. A medida emergencial, coordenada pela Secretaria de Educação e Cultura (SEE), busca minimizar os impactos da estiagem prolongada, que já impede o deslocamento de alunos em diversas regiões.
Sem vias terrestres alternativas, o baixo nível dos rios — especialmente nas cabeceiras — tem deixado crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar as aulas. Diante do cenário, a SEE está analisando cada caso individualmente para ajustar o cronograma escolar sem prejudicar o ano letivo.

De acordo com o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, a equipe da SEE está atuando caso a caso, com base na realidade local de cada escola. Foto: captada
Adaptação à realidade local
O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas: “Nessas localidades, o rio é a única estrada. Quando ele seca, a vida para. Não podemos permitir que a educação seja interrompida por isso”, afirmou. A pasta não descarta a possibilidade de reposição de aulas ou extensão do ano letivo, dependendo da evolução das condições hidrológicas.
A estiagem, uma das mais intensas dos últimos anos, já afeta outras atividades essenciais no estado, como abastecimento de água e transporte de mercadorias. Enquanto aguardam a normalização do regime de chuvas, as comunidades ribeirinhas enfrentam desafios logísticos que exigem intervenções criativas do poder público.
A SEE informou que monitora diariamente a situação e manterá diálogo com lideranças locais para implementar as medidas necessárias. A prioridade, segundo a pasta, é garantir que nenhum estudante fique sem atendimento educacional em razão das adversidades climáticas.

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas. Foto: captada
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