fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

‘Jogo de empurra’ entre polícias afeta controle do comércio de armas pelo Facebook

Publicado

em

aluno-com-armaO Estado de S. Paulo

Federal e Civil, além do Exército, eximem-se de responsabilidade por investigar rede social; para especialistas, falta cooperação

A Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo e o Exército brasileiro se eximiram de responsabilidade pela investigação do comércio de armas de fogo pelo Facebook. O Exército apontou genericamente para “órgãos de segurança pública”, a PF disse que o assunto deveria ser tratado com a Civil, que respondeu que o monitoramento cabe aos agentes federais. Para especialistas, a situação demonstra a falta de integração para combater crimes nessa área.

Comércio e propaganda de armas de fogo, munições e acessórios controlados pelo Exército crescem no Facebook

A PF, a quem compete conceder registros de arma de fogo, emitir autorizações de posse e porte e fiscalizar as lojas físicas, declarou que a competência para apurar a suspeita de comércio ilegal é dos Estados. “ A Polícia Federal atua em casos de tráfico internacional de armas de fogo e no caso de organizações criminosas interestaduais”, resumiu. O posicionamento foi ratificado pelo Ministério Público Federal em São Paulo.

Questionada sobre o posicionamento da PF, a Secretaria da Segurança Pública listou atribuições federais sobre controle de armas e devolveu a responsabilidade. “A Divisão de Produtos Controlados e Registros Diversos esclarece ainda que não é informada pelo Exército ou pela Polícia Federal sobre quais estabelecimentos possuem autorização para a venda de armas”, declarou. “Tampouco possui competência para exercer a fiscalização desses estabelecimentos, que por lei é de responsabilidade do Exército brasileiro e da Polícia Federal”, acrescentou a pasta estadual, não comentando as denúncias específicas enviadas pela reportagem, com cópias das páginas na rede social.

Na outra ponta, o Exército se posicionou declarando que a sua fiscalização é feita “tão somente” no comércio legal de armas. “O comércio ilegal é crime e deve ser investigado pelos órgãos de segurança pública, que são competentes para tal”, complementou.

Controle. Diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques disse enxergar competência da Polícia Civil em fiscalizações dessa natureza. “A venda ilícita de arma de fogo é um crime previsto pelo Estatuto do Desarmamento e seu combate deveria ser feito pela Polícia Civil dos Estados. À Polícia Federal cabe o monitoramento dos estabelecimentos comerciais”, disse.

Marques vê o aumento desse tipo de comércio online como um risco que deveria estar sendo levado em consideração pelas forças policiais. “Isso deveria ser um alerta tanto para a PF quanto para a Polícia Civil de que a fiscalização deve ser feita não somente nas lojas tradicionais”, disse. “As redes sociais são relativamente novas e agora mesmo pode ter alguma pessoa comprando uma arma pelo celular. A polícia precisa se modernizar.”

O vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, criticou o que chamou de “jogo de empurra”. “Isso mostra a desintegração. Essa situação torna mais clara a necessidade de criação de algum mecanismo que una as forças policiais com as Forças Armadas, talvez algum gabinete ou núcleo, para que o problema não fique sendo jogado de um lado para o outro.”

Para Lima, as características de negociações pelo Facebook podem indicar ilegalidade. “Com a falta de contato entre as polícias, muitas vezes as armas acabam caindo em um limbo em que não se consegue descobrir sua origem. A partir daí, as redes sociais acabam sendo um canal de venda mais fácil, já que são cada vez mais acessadas”, disse.

Segundo ele, a existência de grupos e páginas de negociação já representa um descontrole “extremamente grande” na fiscalização. “A discussão a ser feita agora é no sentido de fortalecer o monitoramento para prender quem está vendendo ilegalmente e dificultar as transferências.”

Apreensões. Em 2014, policiais do País apreenderam 118.379 armas de fogo em circulação ilegalmente. O dado é o mais recente de abrangência nacional e foi divulgado no 9º Anuário elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O relatório apontou ainda que a maioria (91%) dos equipamentos foi retirada de circulação por ação das polícias estaduais (Militar e Civil). Em dois Estados (Piauí e Rio Grande do Norte), a participação da Polícia Federal nas apreensões é tão ou mais significativa do que a dos demais agentes.

O relatório pede análise sobre a origem das armas. “É desejável que a melhor compreensão do perfil das armas apreendidas, por meio do rastreamento sistemático, fosse utilizada para o desenho das estratégias mais eficazes para retirada de armas ilegais de circulação.”

Comentários

Continue lendo

Brasil

Morre José Santa Cruz, dublador de Dino da Silva Sauro, Magneto, Rúbeo Hagrid e outros personagens

Publicado

em

Ator, dublador, radialista e humorista morreu no Rio aos 95 anos.

Nascido em Picuí, Paraíba, José Santa Cruz começou sua carreira artística, ainda aos dezoito anos, ao substituir um amigo em uma rádio. A partir daí não parou mais. Foto: Cesar Alves

Por g1 Rio

O ator, dublador, radialista e humorista José Santa Cruz, morreu hoje (26), aos 95 anos, no Rio de Janeiro, informou a Globo. O ator, que tinha doença de Parkinson e estava internado com uma broncopneumonia, deixa a esposa Ivane Maria Mendes Bastos, com quem foi casado por 72 anos e teve três filhos, Elaine Maria, Eliane Maria e Eduardo Luiz, todos falecidos.

José deixa ainda cinco netos e quatro bisnetos. Santinha, como era carinhosamente conhecido pelos amigos e companheiros de profissão, será velado neste sábado (27), no Cemitério da Penitência, em Botafogo.

Nascido em Picuí, Paraíba, José Santa Cruz começou sua carreira artística, ainda aos dezoito anos, ao substituir um amigo em uma rádio. A partir daí não parou mais. Estreou na televisão em 1960, na inauguração da TV Clube, em 1963 foi para a TV Tupi e na mesma época começou a atuar como dublador, antes de chegar na TV Globo, em 1971.

“Querida, cheguei”. É dele a voz que deu vida ao bordão que virou febre na década de 1990 – a frase falada pelo pai da ‘Família Dinossauros’, que iniciava cada episódio da série de sucesso, exibida pela TV Globo, que é lembrada até hoje por gerações de adultos e fãs de televisão. Como dublador, emprestou sua voz de timbre único para muitos personagens como Magneto nos filmes e desenhos X-Men, Rúbeo Hagrid na saga Harry Potter, J.Jameson nos filmes do Homem Aranha, do ator Danny DeVito na maioria de seus filmes, entre muitos outros incontáveis personagens.

Santinha, como era carinhosamente conhecido pelos amigos e companheiros de profissão, será velado neste sábado (27), no Cemitério da Penitência, em Botafogo. Foto: Tatá Barreto/Globo

Na Globo, fez ‘Alô, Brasil!’ ‘Aquele Abraço’ e ‘Zé das Mulheres’, na década de 70; ‘O Bem Amado’ e ‘A Festa É Nossa’, nos anos 80. Entre 2002 e 2015, viveu personagens como Jojoca, Barbosa, Manoelito, Costado e Tesourinha no ‘Zorra Total’ e entre 2017 e 2015 esteve no elenco do ‘Zorra’. Seu papel mais recente na TV Globo foi um padre na novela ‘Espelho da Vida’, exibida em 2019.

Em 2015, participou da série ‘Os Experientes’, onde falou sobre a profissão de ator em uma entrevista. “Não há dificuldade nenhuma para mim em fazer algo que é sentido, seja o riso, seja o choro. É um sentimento humano, não vejo diferença entre fazer rir demais ou chorar demais. É o papel do ator, o ator tem que estar preparado para tudo isso. Eu sempre trabalhei no humor, e é importante fazer papéis mais sérios também. O comediante pode ser um dramático, de repente. E isso faz parte do ofício, um ator tem que ser completo. E eu amo o que faço, seja rir ou chorar’.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Anatel determina novas regras para empresas de telemarketing

Publicado

em

Por

A partir do dia 1º de junho, as empresas de telemarketing terão que seguir novas regras definidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para combater o disparo massivo de chamadas telefônicas abusivas. O objetivo é reduzir o incômodo e os transtornos gerados aos consumidores de serviços de telefonia do país. 

Um dos principais ajustes é em relação ao tempo de duração da ligação feita pelas empresas aos consumidores para que ela seja considerada uma chamada curta. Antes, eram consideradas chamadas curtas aquelas com até 3 segundos. Com as novas regras, são consideradas curtas as chamadas de até 6 segundos, com desligamento na origem ou no destino. 

O conceito de chamadas curtas foi também ampliado para incluir, além das chamadas não completadas, normalmente desligadas pelo usuário antes mesmo de atender, as chamadas direcionadas à caixa postal. 

Segundo as regras da Anatel, o limite de chamadas curtas que as empresas podem efetuar é de 85% do total de ligações realizadas, para a empresa que fizer mais de 100 mil ligações em um dia. As empresas que ultrapassarem os limites serão bloqueadas por 15 dias. 

Segundo a Anatel, para contornar as regras estabelecidas anteriormente, as empresas de telesserviços deslocaram o tempo das chamadas curtas para algo entre 4 e 6 segundos. “O acompanhamento também observou um grande volume de chamadas infrutíferas, inoportunas ou sem diálogo que passaram a se estender para a caixa postal dos cidadãos”, diz a agência. 

Outra inovação divulgada pela agência nesta sexta-feira (26) é a possibilidade de determinação de bloqueio diretamente pela própria Anatel, caso identifique reincidência e prévia notificação. A Anatel também determinou o uso do código 0303 para ligações de cobranças, além de ligações de telemarketing.  

As prestadoras de serviço que descumprirem as medidas estão sujeitas a multa de até R$ 50 milhões.

Medidas 

Em 2019, a Anatel lançou a plataforma Não Me Perturbe, para evitar o telemarketing abusivo. Outra iniciativa foi a obrigatoriedade do uso do prefixo 0303 pelas empresas de telemarketing, para permitir que o consumidor possa identificar o chamado. 

Desde junho de 2022, foram bloqueados 909 usuários e assinados 143 termos de compromisso formal de boas práticas por empresas de telesserviços. Foram instaurados 24 processos administrativos, com valor total de R$ 28,2 milhões em multas aplicadas. A estimativa é que nesse período tenham sido evitadas cerca de 110 bilhões de ligações, o equivalente a 541 chamadas por habitante. 

Por meio do portal Qual Empresa Me Ligou, o usuário pode identificar o CNPJ e a Razão Social de números de telefone cujo titular seja pessoa jurídica.

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo

Brasil

Ministro da Justiça suspende policial que ensinou tortura em curso

Publicado

em

Por

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, aplicou uma pena de suspensão, de 90 dias, ao agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Ronaldo Bandeira, que aparece em um vídeo mostrando como fazer tortura usando spray de pimenta em viaturas da corporação. O vídeo viralizou nas redes sociais no fim do ano passado e o agente foi alvo de processo administrativo disciplinar, que chegou a recomendar sua demissão do cargo público, o que acabou não sendo acatado pelo ministro.

Nas imagens que tiveram grande repercussão, Bandeira ministrava aula em um cursinho e detalhava uma abordagem que teria ocorrido com outros policiais. Na gravação, ele relata uma situação de prisão com resistência na qual o suspeito estava na parte de trás da viatura. Em seguida, o agente diz: “O quê que ‘o polícia’ faz? Abre um pouquinho, pega o spray de pimenta e taca! A pessoa fica mansinha”. Ele chega a afastar o microfone, que estava gravando, ao mencionar o uso do spray. O policial rodoviário ainda fala, no vídeo, com ironia, que o procedimento seria tortura. 

A gravação do vídeo, que teria ocorrido em 2016, veio à tona depois que Genivaldo de Jesus Santos foi morto durante ação de policiais rodoviários federais em Sergipe, em 2022.

Imagens veiculadas na internet mostram a ação policial que prendeu Genivaldo no porta-malas de uma viatura após ele trafegar de moto sem capacete em uma rodovia.

Publicada em edição regular do Diário Oficial da União (DOU) da última segunda-feira (22), a portaria que determina a suspensão diz que o policial cometeu infração disciplinar prevista regime jurídico dos servidores públicos civis da União, que é a violação do dever de lealdade à instituição Polícia Rodoviária Federal.

Fonte: EBC GERAL

Comentários

Continue lendo