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Brasil

Joe Biden quer resposta final sobre as origens da Covid-19 em até 90 dias

Agências de Inteligência dos EUA investigam se o vírus surgiu do contato humano com animais infectados ou se é o resultado de um acidente em laboratório

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Kate Sullivan e Donald Judd - CNN

O presidente Joe Biden disse nesta quarta-feira (26) que instruiu a agência de inteligência dos Estados Unidos a redobrar seus esforços na investigação das origens da pandemia Covid-19, e informá-lo em 90 dias.

O anúncio foi feito depois que um relatório da inteligência dos EUA descobriu que vários pesquisadores do Wuhan Institute of Virology da China adoeceram em novembro de 2019 e tiveram que ser hospitalizados – um novo detalhe que trouxe mais debates sobre as origens da pandemia do novo coronavírus.

“Como parte desse relatório, solicitei áreas de investigação adicionais que podem ser necessárias, incluindo questões específicas para a China. Também solicitei que este esforço incluísse o trabalho de nossos Laboratórios Nacionais e outras agências de nosso governo para aumentar os esforços da agência de inteligência. E eu pedi à agência de inteligência para manter o Congresso totalmente informado de seu trabalho”, disse Biden.

O presidente afirmou: “O fracasso em colocar nossos inspetores no local naqueles primeiros meses continuará a atrapalhar qualquer investigação sobre a origem da Covid-19.”

Biden disse ainda, por meio de um comunicado, que em março instruiu seu conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, a incumbir a agência de inteligência de preparar um relatório sobre a análise mais atualizada das origens da pandemia Covid-19, incluindo se o vírus emergiu do contato humano com um animal infectado ou de um acidente de laboratório. Biden disse que recebeu esse relatório no início deste mês e pediu acompanhamento adicional.

“A partir de hoje, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos ‘uniu-se em torno de dois cenários prováveis’, mas não chegou a uma conclusão definitiva sobre esta questão. Aqui está sua posição atual: ‘enquanto dois elementos tendem para o cenário anterior e um se inclina mais em relação ao último – cada um com confiança baixa ou moderada – a maioria não acredita que haja informações suficientes para avaliar um ser mais provável do que o outro”, disse Biden no comunicado.

Essa é essencialmente a mesma determinação pública que a comunidade de inteligência teve por mais de um ano sobre as origens da Covid-19, embora a declaração de quarta-feira deixe claro que esses dois cenários são “prováveis” e não apenas sendo investigados.

A CNN informou em abril de 2020 que a agência de inteligência estava investigando se o novo coronavírus se espalhou de um laboratório chinês, em vez de um mercado em Wuhan, na China. O governo chinês afirmou que o vírus se originou e se espalhou naturalmente.

No mês passado, a Diretora de Inteligência Nacional Avril Haines testemunhou que as agências de inteligência dos EUA ainda não sabem “exatamente onde, quando ou como o vírus Covid-19 foi transmitido inicialmente” na China, mas permanecem focadas em duas teorias primárias, que “surgiu naturalmente de humanos em contato com animais infectados ou foi um acidente de laboratório.”

Duas fontes disseram à CNN no domingo (23) que a avaliação não mudou. Biden disse que os EUA trabalharão com seus aliados para continuar a pressionar a China “a participar de uma investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências e a fornecer acesso a todos os dados e evidências relevantes”.

A CNN relatou nesta terça-feira (25) que a equipe de Biden fechou um esforço com o Departamento de Estado lançado no final do governo Trump para provar que a Covid-19 se originou em um laboratório chinês por causa de preocupações sobre a qualidade de seu trabalho, de acordo com três fontes familiarizadas com a decisão.

A decisão de encerrar o inquérito, que foi conduzido principalmente pelo departamento de controle de armas e verificação do Departamento de Estado, foi tomada depois que funcionários de Biden foram informados sobre as conclusões do projeto da equipe em fevereiro e março deste ano, disse um porta-voz do Departamento de Estado.

O “Wall Street Journal” foi o primeiro a relatar à inteligência em torno das hospitalizações dos pesquisadores de Wuhan.

A investigação do Departamento de Estado que foi encerrada é separada da investigação da agência de inteligência, que nunca parou. As agências de inteligência dos Estados Unidos continuaram a examinar se o vírus surgiu naturalmente do contato humano com animais infectados ou se poderia ter sido o resultado de um acidente de laboratório.

Relatório de inteligência dos EUA apontou que vários pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan adoeceram em novembro de 2019 – Foto: Reuters

A Organização Mundial da Saúde conduziu uma investigação sobre as origens da pandemia e concluiu em um relatório que o risco de um vazamento acidental do Instituto Wuhan, onde a pesquisa do coronavírus estava sendo conduzida em morcegos, era “extremamente baixo”. O relatório disse que não houve “nenhum relato de doença respiratória compatível com Covid-19 durante as semanas / meses anteriores a dezembro de 2019, e nenhuma evidência sorológica de infecção em trabalhadores por meio de triagem de sorologia específica para SARS-CoV-2”.

Mas a investigação da OMS foi criticada pelos EUA, Reino Unido e outros governos por seu acesso limitado a “dados e amostras originais e completos”. A organização também foi acusada de ser excessivamente respeitosa com a China ao longo do estudo. O estudo teve participação de 17 cientistas chineses, vários deles de instituições estatais.

Quando o relatório da OMS foi divulgado em março, o diretor-geral do grupo, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em comunicado que o relatório era o começo, não o fim da investigação sobre a origem do vírus.

“Ainda não encontramos a fonte do vírus e devemos continuar a seguir a ciência e não deixar pedra sobre pedra como fazemos”, disse o Diretor-Geral da OMS.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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