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Indígena de 12 anos que ficou paraplégica após aula de capoeira no AC sonha voltar a andar

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Queda ocorreu em agosto do ano passado em Santa Rosa do Purus e menina voltou a ser internada após ter uma úlcera. Pediatra diz que quadro não teve evolução.

Bele Lopes Roque sonha em voltar a andar após perder movimento das pernas ao fazer aula de capoeira — Foto: Iryá Rodrigues/G1

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

“Sonho muito em voltar a andar, brincar com meus irmãos e ajudar minha mãe”. O desabafo é da pequena Bele Lopes Roque, de 12 anos, que perdeu os movimentos das pernas depois de uma queda durante o terceiro dia de aula de capoeira em agosto do ano passado.

A menina, que é da etnia Kaxinawá e mora na cidade de Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, lembra que estava na aula quando o professor sugeriu que os alunos fizessem um movimento chamado ponte, quando a pessoa se esquiva para trás e coloca as mãos no chão.

Mesmo sem nunca ter feito, ela diz que acabou tentando e logo veio ao chão. Assim que caiu, Bele conta que já sentiu muita dor na coluna e, em poucos minutos, ficou com dormência nas pernas. Desde então, a menina não voltou a andar. Segundo os médicos, ela teve uma lesão na medula e ficou paraplégica.

“Doeu muito, mesmo assim segurei minha dor, fui para o banheiro, fiquei chorando e minha colega contou para o professor. Ele me deitou em uma maca e fez uma massagem nas minhas costas, continuou doendo muito, ele me levou para o hospital”, conta.

No hospital, ela já não conseguia movimentar as pernas. “Lá, eu já não estava conseguindo fazer xixi, colocaram uma sonda. Eu não conseguia mexer nada e nem abrir os olhos, depois daí, não consegui mais andar. Foi um susto muito grande, não sabia o que estava acontecendo”, recorda a menina.

A mãe de Bele, a dona de casa Berna Lopes Kaxinawá, de 30 anos, também lembra com tristeza do dia em que a filha perdeu os movimentos das pernas.

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“A Bele era uma menina feliz, que me ajudava em tudo e estudava. Fiquei perdida, nunca pensei que aconteceria isso com minha filha”, diz a mãe.

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Logo após o acidente, a menina foi transferida para o pronto-socorro de Rio Branco e depois para o Hospital da Criança, onde ficou internada por oito meses. Na época, ela passou por exames e foi avaliada por dois neurocirurgiões. Bele teve alta médica e retornou para o hospital após três meses.

“Ficamos em casa por três meses, mas ela ficou com uma ferida no bumbum, porque não tem colchão apropriado e também com anemia. Foi quando fomos com ela para UPA e ela foi encaminhada de novo para o Hospital da Criança. Já estamos aqui há dois meses”, conta Berna.

A dona de casa afirma que logo após a queda da filha, a família chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o professor. O delegado da cidade de Santa Rosa do Purus, Marcus Frank, disse que não tinha conhecimento do caso e que, portanto, não poderia falar a respeito.

Indígena de 12 anos ficou paraplégica após queda em aula de capoeira no Acre — Foto: Iryá Rodrigues/G1

Não apresentou melhora

A pediatra Kátia Menezes, que acompanha Bele, afirma que a menina passou por nova ressonância após um ano do ocorrido e disse que ela não apresentou nenhuma melhora no quadro.

“Há mais de um ano ela deu entrada no hospital pela primeira vez, a princípio com um trauma raquimedular, após uma queda. Na época, ela foi avaliada por três neurocirurgiões e todos falavam a mesma coisa. Mas, não chegou a fraturar a coluna. Agora ela internou de novo por conta de uma úlcera, aí, como ela não teve evolução nenhuma nos movimentos, eu repeti a ressonância”, diz a médica.

A profissional conta que pediu uma nova avaliação de outro neurocirurgião que acredita que a menina não tenha sofrido um trauma raquimedular, que teria possibilitado o retorno dos movimentos. Segundo a pediatra, Bele faz fisioterapia no hospital e, quando está de alta, também faz o tratamento em uma faculdade de Rio Branco.

“Ele acha que ela já tinha alguma coisa, como por exemplo, um infarto medular, e essa queda foi só um gatilho. Mas, não é nada que se possa provar. O que se sabe é que a lesão foi muito grande, realmente não houve nenhuma melhora nesse período, o prognóstico é ruim, provavelmente ela não vai voltar a andar mesmo”, lamenta Kátia.

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Trabalhador morre após ser atingido por trator na zona rural de Tarauacá

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Vítima realizava manutenção do veículo quando foi atingida; populares tentaram socorro, mas homem morreu no local

Um trabalhador identificado como Abraão morreu na tarde desta quinta-feira (30) após ser atingido por um trator enquanto realizava a manutenção do veículo na zona rural de Tarauacá.

O acidente ocorreu na fazenda do ex-vereador Ezi Aragão, na Comunidade Lago Novo, próxima ao Rio Muru. No momento do ocorrido, Abraão trabalhava ao lado do pai, Sr. Adalto, na construção de um açude e de uma barragem.

Segundo relatos, o trator escorregou da base onde estava apoiado e tombou sobre a vítima. Populares tentaram prestar socorro, mas Abraão já não apresentava sinais vitais quando foi encontrado.

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Harmonia no Trânsito: Prefeitura de Brasileia em parceria com a Honda realiza palestra para mototaxistas

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Com a missão de reduzir acidentes através da conscientização de pedestres e motoristas. A montadora Honda com o grupo Star Motos em parceria com a Prefeitura de Brasileia realizou na noite desta quinta-feira, 30, no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), a palestra “Harmonia no Trânsito” com os mototaxistas do município.

Participaram ainda o Supervisor de vendas do grupo Star Motos da Honda- Marcos Aurélio e o Presidente do Sindmoto de Brasileia Monoel Soares.

A palestra educativa “Harmonia no Trânsito” é um projeto da Honda desde 1970 e desde 2024 passou a ser um projeto da Honda mundial nos Centros de Atendimento da Honda. Que visa reduzir o índice de acidentes com motos da empresa até 2050. Além do projeto com crianças de 06 a 10 anos.

A palestra que teve como instrutor João Paulo Rodrigues natural de Brasileia. Ele destacou as informações, índice de trânsito de acidentes, gastos do governo com trânsito e as vítimas e técnicas de pilotagem.

Essa parceria entre Prefeitura de Brasileia e a Honda demonstra o compromisso da gestão do Prefeito Carlinhos do Pelado em garantir mais segurança e sobre tudo consciência no trânsito para toda a população no município.

” A classe de mototaxistas na verdade o índice com acidentes é quase zero por que são profissionais preparados levando e trazendo pessoas como entrar e sair de uma curva fazendo a melhor pilotagem com segurança. Essa é a ideia do nosso projeto no Acre que começa em Brasileia com o apoio do nosso prefeito parceiro Carlinhos do Pelado. Destacou o Supervisor de vendas da Honda Marcos Aurélio.

O Presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Brasileia ( Sindmoto), Manoel Soares agradeceu a parceria pela realização da palestra e enfatizou a importância de colocar em prática no trânsito do dia a dia: ” Agradecemos a DEUS pela oportunidade e a Honda e a Prefeitura de Brasileia o prefeito da nossa cidade Carlinhos do Pelado que nos convidou para está aqui por essa palestra importante para todos nós Mototaxistas, taxistas e a população do nosso município. Por que é mais uma experiência para nós colocar no dia a dia no trânsito. Concluiu

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Justiça revoga progressão de regime de preso condenado por tortura e determina exame criminológico

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A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre revogou a progressão de regime concedida a Jefson Castro da Silva Ferreira, condenado a sete anos de prisão por torturar o morador em situação de rua Renan de Souza, conhecido como “Nego Bau”. A decisão atendeu a um recurso do Ministério Público Estadual.

Jefson Castro foi condenado em setembro de 2023 por tortura, crime no qual a vítima teve um dos dedos decepado por um golpe de terçado. Em novembro do mesmo ano, ele progrediu do regime fechado para o semiaberto, após decisão da Vara de Execuções Penais.

No entanto, o Ministério Público recorreu contra a medida, argumentando que a progressão foi concedida sem a realização do exame criminológico, exigido pela Lei 14.843/24, publicada no Diário Oficial em abril de 2024.

O relator do caso, desembargador Elcio Mendes, votou pela revogação da progressão de regime, sendo acompanhado pela presidente da Câmara Criminal, desembargadora Denise Castelo Bonfim. O desembargador Francisco Djalma foi contrário à decisão, mas ficou vencido no julgamento.

Com a decisão, Jefson Castro retorna ao regime fechado e só poderá progredir para o semiaberto após passar pelo exame criminológico.

Renan de Souza, o “Nego Bau”, morreu em janeiro de 2022, vítima de uma parada cardíaca.

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