Cotidiano
Indiciado no Acre por tráfico internacional de drogas, é solto pela justiça do RJ
Ele é suspeito de ser o responsável pelo tráfico de 8 kg de cocaína e o envio para o Rio de Janeiro
Fonte: eurio
Justiça Federal do Rio mandou soltar o salvadorenho Carlos René Mata Vela, conhecido como Tio, que foi preso pela Polícia Federal (PF) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital, em março, suspeito de lavar o dinheiro obtido no tráfico de drogas.
Segundo as investigações, Tio se utilizava de sua esposa, que também foi presa e acabou solta, para supostamente constituir diversas empresas com o capital proveniente do crime de tráfico de entorpecentes. Ele chegou a ter decretada a sua expulsão do país em 2018 mas continuo por aqui.
A polícia descobriu que o suspeito teria enviado para o exterior cerca de US$ 30 mil utilizando-se de uma conta corrente em nome de sua mulher. Ela não possuía lastro financeiro para constituir empresas no Brasil, mas o fez com dinheiro proveniente das atividades ilícitas capitaneadas por seu marido.
Foi descoberta a participação do grupo nas empresas Maryland Frangos e Comida do Rio LTDA, R-M Alimentos e Comidas LTDA-ME, World Internacional Sport Marketing LTDA, Gigante-Comércio Importação e Exportação de Eletroeletrônicos LTDA e Parking das Rosas Estacionamento LTDA, Coxinharia 1950.
Segundo a investigação, existia um padrão de ingresso e saída de valores considerado atípico/suspeito nas contas examinadas, por exemplo, empresas de factoring, casas de câmbio, etc.
Houve diversas operações com terceiros tais como vários repasses para a uma igreja evangélica da Barra da Tijuca (R$ 150,1mil), Gazil Equipamentos (R$ 88,5mil), Coldmix (R$ 59,5mil), ICH Administradora de Hotéis (R$ 44,9mil), Maqueo Technologies Latin America Comercial (R$ 44,9mil), Ajax Locação de Ambulâncias (R$ 40,0mil) – adicionando outras transferências para pessoa com nome Ajax chega-se ao valor de R$ 91,9mil.
O relatório da investigação aponta que Carlos René também operou a partir de Ciudad del Este, no Paraguai, constituindo um gigantesco pólo comercial naquela cidade estrangeira denominado Multishop. O casal tinha também imóveis avaliados em R$ 4,4 milhões. A Justiça chegou a determinar o sequestro dos bens do casal.
Uma das acusações de tráfico internacional de drogas contra Tio corre na Justiça Federal do Acre. Ele é suspeito de ser o responsável pelo tráfico de 8 kg de cocaína e o envio para o Rio de Janeiro. A droga veio escondida no interior de máquina trituradora de grãos.
Tio já teria sido preso por tráfico internacional de drogas em um inquérito da Polícia Federal de Santos/SP e possui uma condenação na Justiça norte-americana a mais de 20 anos de prisão, por tráfico de drogas.
Ele se envolvera no passado, há mais de dez anos, com atividades ilícitas (como “coiote”), auxiliando na imigração ilegal para os EUA. Foi acusado de supostamente formar uma rede que “atuava principalmente na região Norte do país e no Estado de São Paulo, atribuindo a cada qual algumas funções específicas para a consecução do lucro mediante conduta ilícita”. Segundo a denúncia, Tio e seus comparsas convenciam trabalhadores a pagarem montantes em dinheiro, sob o pretexto de que eles seriam contratados como empregados nos Estados Unidos.
A quadrilha atuava sob a estrutura de uma agência de turismo, a fim de dar maior credibilidade às propostas de intermediação de mão-de-obra para supostos empregadores americanos. Sendo que “apenas num momento posterior, quando já haviam transferido valores monetários para a quadrilha, as vítimas percebiam a fraude”.
Argumentos para soltura
A defesa de Carlos René diz que o investigado não possui qualquer antecedente relacionado a tráfico. Sustenta ainda que os indícios de lavagem não indicariam nada incompatível com a movimentação financeira de uma família com negócios regularmente desenvolvidos.
Para soltar o casal, a Justiça argumentou que foi determinada a indisponibilidade de bens e o bloqueio dos recursos em instituições financeiras. Com isso, desapareceram vários dos riscos apontados em relação à esposa de Tio. Some-se a esse contexto a notícia trazida pela defesa de o casal está em processo de separação, e que a investigada não possui mais vínculos com o empreendimento paraguaio. Diante desse panorama, não vê a possibilidade imediata de continuação da atividade delituosa, parecendo-me comprometida a mobilidade de recursos e o poderio econômico da investigada. Com a apresentação do relatório final pela autoridade policial no inquérito, não se agregou fato novo relacionado aos requisitos para a manutenção de sua prisão preventiva.
No tocante a Carlos Renê, há informações de que possui negócios e recursos no exterior. A ordem de bloqueio de recursos no Brasil quase nenhum resultado útil trouxe. Segundo a Justiça, por outro lado, encerradas as investigações no inquérito, o único fato realmente novo que poderia repercutir na manutenção da prisão preventiva diz respeito a eventuais ligações com conhecidos traficantes de drogas, ligações estas datadas de 2005. Embora vislumbrem-se indícios suficientes para o oferecimento da denúncia, não foi finalizado o exame do material apreendido nos locais onde foram realizadas as buscas autorizadas pelo juízo, e nem elaborados os laudos periciais decorrentes.
Nesse contexto, a Corte reconhece que não se agregou fato relevante recente relacionado aos requisitos para a manutenção de sua prisão preventiva; e que, embora encerrada a investigação, ainda pende o exame do material apreendido e a elaboração de laudos.
As prisões preventivas foram convertidas por medidas cautelares substitutivas. O salvadorenho, por exemplo, não pode se ausentar do Estado do Rio sem autorização judicial.
Para ser solto, o salvadorenho ainda pagou uma fiança de R$ 400 mil. No caso de sua mulher, o valor foi de R$ 10 mil.
REVEJA MATÉRIA RELACIONADA:
Reportagem nacional mostra fragilidade das fronteiras do Acre para o narcotráfico internacional
Comentários
Cotidiano
Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
Comentários
Cotidiano
Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
Você precisa fazer login para comentar.