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Indenização de fronteira é aprovada no Senado e pode beneficiar o estado do Acre
O Senado Federal aprovou ontem (07) o projeto de lei que institui indenização de fronteira aos servidores da Polícia Federal (PLC 47/2013), que segue agora para sanção presidencial. A presidente Dilma Roussef tem até quinze dias uteis para sancionar ou vetar o projeto. Se perder o prazo, a proposta será sanciona tacitamente.
Além da Polícia Federal, serão beneficiados pela indenização os servidores da Policia Rodoviária Federal, da Receita Federal, os fiscais federais do trabalho e os fiscais agropecuários.
O texto aprovado pelo Senado ainda não prevê as localidades que serão abrangidas pelo benefício – o que será definido em decreto do Executivo. Confirmado está o valor do benefício: R$ 91,00 por efetivo dia de trabalho em localidades estratégicas, vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos transfronteiriços.
Medida pode beneficiar o Acre – A expectativa é que o Acre esteja entre as regiões beneficiadas, devido às fronteiras com Peru e Bolívia. Dois acrianos tiveram participação direta na aprovação da proposta. O primeiro foi o senador Sérgio Petecão (PSD/AC), que relatou a matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, pedindo a aprovação do projeto. A segunda foi a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF), Leilane Ribeiro de Oliveira, que participou ativamente do diálogo das entidades de classe com os parlamentares.
Em sua atuação, o SINPECPF não apenas cobrou a rápida aprovação do projeto, como também a inclusão dos servidores administrativos da PF na proposta, em igualdade de condições com os policiais. Os administrativos são responsáveis pelo suporte logístico e burocrático à atividade policial. Atuam em tarefas que vão desde a assistência médico-psicológica aos policiais federais até a montagem de redes de radiocomunicação nas operações policiais.
“Não seria justo deixar os administrativos de fora”, reflete Leilane. “A categoria sofre as mesmas privações que os policiais quando vai atuar nas fronteiras”, ela completa. De acordo com Leilane, a indenização para a categoria administrativa é especialmente importante para evitar que policiais sejam deslocados do combate ao crime para realizar as tarefas de suporte.
“São poucos os servidores que desejam permanecer atuando nas fronteiras. Quando falta pessoal administrativo, a PF desloca policiais para cobrir esses postos. Esse é um dos motivos da precariedade na segurança das fronteiras”, explica Leilane. A sindicalista entende que o pagamento indenização irá mudar esse quadro, garantindo a fixação do efetivo nessas regiões. “Haverá um incentivo extra para o servidor permanecer na região e quem ganha com isso é a segurança pública”.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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