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Acre

Inclusão x restrição: como escolas do Acre lidam com o uso de celulares por alunos nas salas de aula

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Projeto de lei que proíbe aparelhos em escolas públicas e privadas foi aprovado em comissão da Câmara dos Deputados. Na capital, escolas divergem entre adoção de celulares como ferramenta e a utilização de um “cofre” onde alunos deixam telefones durante as aulas.

Escolas da capital acreana divergem entre restrição e inclusão de celulares. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Lucas Thadeu, BDAC, g1 AC /Rio Branco

O uso de smartphones em sala de aula é um tema debatido pelo mundo todo e que divide opiniões. Um projeto de lei que trata do tema foi aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para o senado. Se aprovado, o uso dos aparelhos será proibido nas escolas públicas e privadas de todo o país.

A Unesco, a Agência de educação, Ciência e Cultura da ONU, afirmou que há evidências de que o uso excessivo de telefones celulares está relacionado a um desempenho educacional reduzido e que altos níveis de tempo de tela têm um efeito negativo na estabilidade emocional dos estudantes.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que “é preciso dar limites” para crianças e adolescentes no uso de celulares. Na reunião ministerial do g20, ele confirmou que é consenso no MEC a necessidade de vetar os aparelhos nas escolas, principalmente em sala de aula.
Para o diretor do Colégio Acreano, em Rio Branco, Thiago Valle, a questão deve ser discutida com ponderação, pois a tecnologia pode ser uma aliada na sala de aula. Ele é contra a proibição completa dos aparelhos, mas crê que deve ser procurado um ponto em comum para evitar excessos.

“A questão do uso do celular para fins pedagógicos é algo que a gente não vai conseguir retroceder. Educação e tecnologia deverão caminhar juntos nos próximos anos, décadas e séculos. Não vai existir educação sem tecnologia, da mesma forma que não existe tecnologia sem educação. Então, talvez proibir completamente o uso do celular dentro da escola seja um retrocesso. O que precisa acontecer é a gente encontrar um ponto em comum, onde o celular e, onde o ensino em si possam caminhar juntos e gerar frutos”, avalia.

Secretaria acompanha tramitação

Diretor ressalta importância da tecnologia como aliada na educação de jovens. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A Secretária de Educação do Acre (SEE) não recomenda a proibição do uso de celulares em sala de aula, e defende o fortalecimento do uso de tecnologias educacionais durante a implantação do novo ensino médio, que devem ser utilizadas para o aprimoramento do ensino. Entretanto, a gestão escolar tem autonomia para apresentar orientações quanto ao uso.

À Rede Amazônica Acre, a SEE a secretaria disse que acompanha a tramitação do projeto de lei n.º 104/2015, bem como tem participado ativamente das discussões juntamente com as secretarias de outros estados.

Caso o PL seja aprovado, o MEC ainda irá trabalhar numa orientação unificada para os estados. A pasta também ressaltou que o Acre não possui nenhum tipo de regulamentação em vigor sobre o tema expedida pelo conselho estadual de educação, por exemplo, órgão responsável por normatizar e orientar o funcionamento das redes de ensino.

Restrição

Escola criou “porta-celulares” onde aparelhos depositados por alunos ficam trancados. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Ao contrário do Colégio Acreano, a gestão da Escola José Rodrigues Leite, em consenso com pais e professores, implementou o uso de um porta-celulares, onde os aparelhos ficam trancados e são liberados apenas no intervalo e na saída.

De acordo com a diretora da unidade, Simone Cunha dos Santos, os estudantes depositam os aparelhos no espaço e guardam de acordo com os números da chamada. Os inspetores lacram os porta-celulares, que só são abertos no horário de intervalo de cada turno.

“Eles vão para o intervalo, podem utilizar [o celular] sem nenhum problema e quando retornam para a sala após o intervalo todo, novamente colocam as caixinhas no seu número, mas as pessoas trancam e abrem novamente no final do dia”, explica.

Para o coordenador pedagógico da escola, a iniciativa melhora o rendimento escolar dos alunos. O professor Paulo Botelho relata que a restrição do acesso aos celulares permitiu que os estudantes se concentrassem mais, o que, consequentemente, aumentou as notas.

“Nós percebemos essa mudança significativa em relação ao desempenho dos alunos. Eles tiveram uma melhora realmente em relação a notas, porque eles passaram a prestar realmente mais atenção nas aulas, a se concentrar mais”, avalia.

E o que pensam os estudantes sobre isso? Para Eduardo Vitor, a medida causou não somente uma melhora da concentração, como também eliminou a possibilidade de os alunos recorrerem à inteligência artificial para pesquisas.

Ele diz que a prática estava se tornando um costume, e que a proximidade constante dos aparelhos acabava sendo uma distração.

“Antes, alguns alunos pegavam e utilizavam da inteligência artificial para conseguir as respostas em sites para responder às questões discursivas. E hoje a gente não tem isso. A gente consegue aprimorar mais a leitura e o aprendizado dos alunos que acaba aqui ajudando nessa leitura de livros e buscando dentro da biblioteca”, conta.

Inclusão

Enquanto nada é definido, o diretor Thiago Valle considera que a conscientização sobre o uso de aparelhos celulares na sala de aula tem que partir tanto da instituição de ensino, quanto das famílias.

“Orientação aos alunos e aos pais é conscientização de que a hora de aula é hora de aula. Hora de conversar no celular, é hora de conversar no celular. É fácil? Não. A gente consegue 100%? Também não. A gente planta a ideia diariamente. Lógico que quando sai da escola, se não houver um reforço desse estímulo, ele vai se perdendo, vai se tornando cada vez mais difícil. Então a escola tem que ficar ali martelando, mas em casa essa ideia também precisa ser plantada e replantada todo dia”, acrescenta.

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Acre

CarnavAssis 2025 promete agitar a tríplice fronteira nos dias 16, 17 e 18 de maio

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A cidade de Assis Brasil já está em clima de festa com a chegada do CarnavAssis 2025, o carnaval fora de época mais animado da tríplice fronteira. O evento acontece nos dias 16, 17 e 18 de maio, com uma programação recheada de atrações locais, regionais e nacionais.

Entre os destaques, está a presença da banda Lambasaia, conhecida como “o cafajeste da lambada”, que promete arrastar uma multidão com seus sucessos dançantes. Além dela, outros nomes como Jadson Santos, Ferdiney Rios, Banda Arregaçaê, Trio Furacão, Nathália Azevedo, Sandra Melo, Roger & Banda e Adriel dos Teclados também fazem parte da programação.

DJs como DJ Black Júnior, JKS, DJ Herber Renan, DJ Thiago Parédao e DJ Thiago Rodrigues vão garantir a animação nas pick-ups durante os três dias de festa.

Com o apoio do Governo do Acre, SEBRAE e da Prefeitura de Assis Brasil, o CarnavAssis 2025 é mais do que um evento cultural — é uma celebração da diversidade, da alegria e da união dos povos da fronteira.

A estrutura contará com segurança reforçada, praça de alimentação, área para os blocos carnavalescos e espaço para toda a família curtir com tranquilidade.

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Acre

Acre registra apenas três focos de incêndio em abril, aponta levantamento

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Acre registrou apenas três focos de incêndio em abril de 2025, segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado nesta segunda-feira (05). O número representa apenas 0,18% dos 1.641 focos de queimadas identificados em todo o Brasil no mesmo período.

Com esse resultado, o estado ficou na penúltima posição do ranking nacional, à frente apenas do Rio de Janeiro, que teve 1 foco de incêndio, e ao lado de Amapá e Distrito Federal, que não registraram nenhum foco no mês.

O dado contrasta com os números de estados como a Bahia, que lidera o ranking com 331 focos (20,17%), seguida por Mato Grosso (222) e Rio Grande do Sul (160). Juntos, os três estados respondem por mais de 43% das ocorrências de queimadas no país em abril.

 

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Acre

Bocalom participa do Conexão Amazônia, evento que reúne mais de 100 participantes no Acre e fortalece acesso a incentivos federais

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Rio Branco (AC) – O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom participa, nesta segunda-feira (5), da abertura da etapa Acre do programa Conexão Amazônia, evento promovido pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e conta com participação de gestores, parlamentares, empreendedores, estudantes, agricultores e representantes da sociedade civil. O evento ocorre em dois dias, na Universidade Federal do Acre (Ufac) e na sede da Associação dos Municípios do Acre (Amac).

O objetivo é apresentar e debater instrumentos de fomento ao desenvolvimento regional, especialmente os incentivos fiscais oferecidos pela Sudam e os recursos disponíveis por meio do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

O chefe do executivo municipal reforçou a importância de aproximar os municípios das políticas federais. “As prefeituras são responsáveis pela ponta, onde tudo acontece. A Sudam tem ferramentas importantes que podem atrair investimentos e apoiar quem está no município gerando emprego e renda”, declarou.

Durante a abertura, a diretora de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudam, Jorgiene Oliveira, destacou que o programa busca construir uma agenda com base no diálogo com os territórios. “Queremos ouvir quem vive na Amazônia. A Sudam oferece incentivos fiscais que permitem redução de até 75% no imposto de renda para empresas instaladas aqui, além de recursos do FNO e FDA. Estamos aqui para mostrar esses mecanismos, mas também para escutar e levar as contribuições da região para as políticas nacionais”, explicou.

Ela afirmou ainda que, após as visitas aos nove estados da Amazônia Legal, será elaborado um documento consolidado com as propostas dos territórios, a ser apresentado na próxima Conferência do Clima da ONU (COP).

O deputado federal Eduardo Velloso, que articulou a realização do evento no estado, destacou o engajamento do público local. “No Amapá tivemos 45 participantes, em Rondônia foram 28, e aqui no Acre ultrapassamos 100. Mobilizamos federações, agricultores, estudantes da Ufac e representantes da sociedade civil. Isso mostra o interesse em conhecer e acessar essas oportunidades”, disse.

Programação: painéis, oficinas e escuta ativa
Dia 1 – 05 de maio | Ufac
08h30 – Mesa de Abertura
10h30 | Painel 1 – Captação de Recursos para Municípios Amazônicos (Roberto Carlos – Sudam)
14h00 | Painel 2 – Cadastro Nacional da Agricultura Familiar e CAF 3.0 (Ministério do Desenvolvimento Agrário)
15h00 | Painel 3 – Diretrizes e Prioridades para FNO e FDA (Benedito Caldas – Sudam)
16h00 | Painel 4 – Estímulos Fiscais e Financeiros para Atração de Investimentos (Wanderley Lopes, Túlio Barata e Jorge Valente – Sudam)

Dia 2 – 06 de maio | Amac e Ufac
08h às 13h | Plenária – Construção de propostas para FNO e FDA
08h às 14h e 14h às 18h | Oficina 1 (Amac) – Transferegov: Atos preparatórios à celebração de convênios
08h às 12h e 14h às 18h | Oficina 2 (Ufac) – Capacitação sobre o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF)

Serviço
*Evento: * Conexão Amazônia – Etapa Acre
*Realização: * Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam)
Apoio: Governo Federal, Universidade Federal do Acre (Ufac), Associação dos Municípios do Acre (Amac)
Local: Ufac e Amac – Rio Branco (AC)
Datas: 5 e 6 de maio de 2025

 

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