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Idoso vai ao seu sepultamento no Piauí para comprovar que não morreu

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Família se engana e vela vítima de acidente como sendo parente sumido.
Com erro, aposentado pôde rever os filhos depois de 20 anos longe deles.

G1

O aposentado Manoel Romão, de 67 anos, após ter sua morte oficialmente declarada, surpreendeu a todos ao chegar vivo no que deveria ser o seu sepultamento, no fim da tarde desse sábado (26). Isso aconteceu após ele ter sido reconhecido como sendo um ciclista que morreu atropelado na BR-343, próximo a cidade de Piripiri, Norte do Piauí, por volta das 4h da sexta-feira (25).

Manoel Romão acompanhado dos filhos que não via há muitos anos (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Manoel Romão acompanhado dos filhos que não via há muitos anos (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

confusão partiu dos próprios familiares de Manoel Romão, que estava sumido há três dias. Após o procurarem por toda cidade, os parentes foram informados sobre uma vítima de um acidente, cujo corpo estava sem identificação no hospital da cidade e que tinha as mesmas características dele.

O engano só foi desfeito, poucos minutos antes do sepultamento, quando um amigo de Romão disse o ter visto na Zona Rural do município. Ao descobrir o erro, familiares tentarem devolver o corpo, quando só então parentes da real vítima encontraram e revelaram o nome da pessoa que estava sendo velada, que foi identificada como Eliomar Moreira Félix

O engano
Francisca Maria Oliveira, irmã de Romão, conta como tudo aconteceu e acrescenta que o fato foi uma grande coincidência. Já que a vítima parecia com ele e estava com roupas similares.

Familiares e amigos no dia do sepultamento (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Familiares e amigos no dia do sepultamento (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

“Meu filho e outro parente nosso foram até o hospital e acharam a pessoa muita parecida com ele. Disseram que estava com a mesma cor do calção e com uma bicicleta igual a que ele utilizava. Como o rosto estava um pouco desfigurado e era difícil de reconhecer pela face, acreditamos que podia ser ele mesmo e começamos os procedimentos para velar o corpo”, disse Francisco Maria Oliveira, irmã do aposentado.

Manoel Romão foi recebido com alegria pela família (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Manoel Romão foi recebido com alegria pela família (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Após ser reconhecido o corpo, ela contou que o médico de plantão do hospital orientou que família buscasse o translado do corpo para a realização de exames cadavéricos no Instituto de Medicina Legal (IML) da cidade de Teresina.

“Novamente, meu filho e outros parentes viajaram com o corpo na tarde de sexta-feira, dia 25, para o IML, mas acabaram se esquecendo de registrar o caso na polícia daqui e tiveram que registrar a denúncia na Central de Flagrantes de Teresina. Depois de tudo isso, conseguiram trazer o corpo de volta, na madrugada do dia seguinte, com todos os papéis para o sepultamento”, contou Francisca.

Francisca Oliveira disse que o velório do irmão aconteceu durante a madrugada de sábado (26), com a presença de vários familiares e amigos, mas revela que todos se questionavam ao ver o corpo. “A maioria das pessoas ficaram em dúvida se era ele mesmo, mas devido as circunstâncias e características, além do fato do corpo estar com hematomas do acidente, se conformaram”, destacou.

Durante o velório, a irmã conta que ligou para os filhos de Manoel Romão para que eles viessem do Rio de Janeiro, antes do sepultamento. “Ele tem seis filhos, todos trabalham e moram no Rio. No momento, só conseguimos comunicar o fato à dois. O mais velho e a mais nova, que há mais de 20 anos não viam o pai, vieram de avião e conseguiram chegar a tempo do enterro”, declarou.

Surpresa no sepultamento
Durante o ritual do sepultamento, a irmã conta que um amigo da família disse ter visto Romão vivo e que sabia onde ele estava. “Neste momento, os filhos dele e meus filhos foram até o local descrito por essa pessoa e já voltaram abraçados com ele. No cemitério foi uma alegria só, todos correram para lhe abraçar”, descreveu Francisca.

Mesmo com toda confusão, Francisca diz que está feliz, apesar de lamentar a morte da outra pessoa. “Ele tem uns problemas psicológicos e ainda gosta de beber. Costuma sair e demorar até um ou dois dias para voltar, mas sempre vamos atrás dele e saber que está tudo bem”, declarou.

Aposentado Romão disse que se sentia mais vivo do que nunca (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Aposentado Romão disse que se sentia mais vivo do que nunca (Foto: Sílvio Vieira / Cliquepiripiri)

Apesar do susto da família, ela acrescenta que há um lado bom em toda história. “Os filhos dele, que não o viam há tanto tempo, puderam matar a saudade dele e de toda família. Eles já voltaram neste domingo, dia 27, para suas cidades, com o coração mais tranquilo”, disse a tia.

Sobre como o irmão reagiu ao chegar no seu próprio enterro, ela declarou que Romão ficou surpreso e brincou dizendo que estava mais vivo do que nunca. “Ele ficou feliz com todo carinho que recebeu e também por ver os filhos. Voltou para casa, mas na manhã deste domingo, o teimoso já saiu de novo e não sei pra onde foi”, revelou a irmã Francisca.

De acordo ela, a família vai procurar na segunda-feira (28) uma forma para cancelar os documentos que oficializaram a morte de Manoel Romão.

Caso de Polícia
A “falsa morte” do aposentado foi registrada na Delegacia Regional de Piripiri. O delegado da cidade não foi encontrado pela equipe de reportagem do G1 Piauí para comentar o caso.

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Austrália: tiroteio deixou 16 mortos e 40 feridos, incluindo policiais

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Um dos suspeitos morreu e o outro foi detido. Tiroteio aconteceu durante evento judaico na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália

O tiroteio que terminou com 16 mortos na Austrália, durante uma celebração do festival judaico de Hanukkah, neste domingo (14/12), na praia de Bondi, em Sydney, também deixou 40 feridos, incluindo dois policiais e uma criança.

Dois homens atiraram e mataram 15 pessoas que comemoravam a data no local. Um dos suspeitos morreu e o outro foi detido em estado crítico.

Durante uma coletiva de imprensa, o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou o evento como um “incidente terrorista”. Segundo ele, a polícia investiga se há um terceiro suspeito envolvido e informou que os feridos foram levados para diversos hospitais de Sydney.

“O estado de saúde desses agentes e dos demais feridos é grave”, afirmou Lanyon.

Entre os mortos, está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, noticiaram os jornais britânicos The Guardian e BBC News. Um israelense também morreu durante o ataque.

As autoridades australianas não confirmaram oficialmente que o ataque teve como alvo específico a comunidade judaica, mas o chefe da Associação Judaica da Austrália classificou o ocorrido como “uma tragédia que era totalmente previsível”.

O Itamaraty disse que, até o momento, não há informação sobre brasileiros atingidos.

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Bolsonaro faz ultrassom e médicos recomendam cirurgia, diz advogado

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De acordo com advogado do ex-presidente, foram identificadas duas hérnias inguinais e Bolsonaro terá que passar por cirurgia para tratamento

Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por exames de ultrassonografia na tarde deste domingo (14/12) na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. De acordo com a defesa do ex-mandatário, foram identificadas duas hérnias inguinais e a equipe médica recomendou que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico.

“Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico, a única forma de tratamento definitivo para o quadro”, disse o advogado João Henrique de Freitas pelas redes sociais.

Nesse sábado (13/12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a entrada de um médico com aparelho ultrassom portátil na cela onde Bolsonaro cumpre pena, para a verificação da existência de hérnia inguinal bilateral. A permissão foi requerida pelos advogados do ex-presidente na última quinta-feira (11/12).

A hérnia inguinal é o deslocamento de uma parte do intestino ou de tecido abdominal por uma abertura na região da virilha. Ela costuma causar um inchaço local e pode provocar dor ou desconforto, principalmente ao esforço.

Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF, na capital federal. Ele começou cumprindo prisão preventiva em regime fechado no local por causa dos episódios da vigília e da tornozeleira. Após o trânsito em julgado do processo, em 25 de novembro, sobre a trama golpista, Jair Bolsonaro passou a cumprir a sentença em regime fechado.

Novo pedido da defesa

O pedido de ultrassom foi feito depois do ministro do STF dizer que os documentos apresentados pelos advogados para pedir nova cirurgia em Bolsonaro eram antigos e determinar que a PF faça perícia médica oficial, no prazo de 15 dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica. O prazo ainda está correndo.

A defesa do ex-presidente apresentou, em 9 de dezembro, petição na qual pede autorização para que ele realize procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star, em Brasília. Os advogados também pediram que Bolsonaro ficasse no hospital pelo “tempo necessário” para ter recuperação adequada.

Depois da primeira decisão do ministro, a defesa alegou, na última quinta-feira, que “recebeu pedido médico específico e atualizado, subscrito pelo Dr. Claudio Birolini, requisitando, em caráter de urgência, a realização de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda, para constatação de hérnia inguinal bilateral”.

Os advogados ressaltavam na solicitação que o intuito era acelerar e “viabilizar a instrução pericial oficial, fornecendo elementos diagnósticos atualizados sem necessidade de deslocamento”.

O documento solicitava que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli “ingressasse nas dependências da Superintendência da Polícia Federal portando equipamento portátil de ultrassom, a fim de realizar os exames de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda”.

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José Antonio Kast é eleito presidente do Chile

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Ultraconservador José Antonio Kast vence Jeannette Jara no segundo turno e promete endurecer políticas de segurança e imigração

José Antonio Kast foi eleito neste domingo (14/12) presidente do Chile ao vencer o segundo turno das eleições presidenciais contra a candidata de esquerda, Jeannette Jara. O pleito, considerado um dos mais polarizados desde o fim da ditadura militar, confirmou a vantagem apontada pelas pesquisas e sinaliza uma guinada à direita na condução política do país.

O presidente eleito obteve mais de 58,2% dos votos, de acordo com o Serviço Eleitoral (Servel) do país.

Kast assumirá a Presidência em março de 2026 e terá como desafio governar com um Congresso fragmentado, embora agora mais inclinado à direita. O cenário tende a limitar mudanças abruptas e exigirá negociação com forças de centro, o que pode reduzir a margem para a implementação de propostas mais radicais.

Kast foi eleito neste domingo (14/12) presidente do Chile ao vencer o segundo turno das eleições presidenciais contra a candidata de esquerda, Jeannette Jara

Kast e ditadura

A vitória de Kast marca a mais acentuada mudança à direita desde a redemocratização chilena. Durante a campanha, ele defendeu medidas como o envio de militares a bairros considerados críticos, a construção de estruturas físicas na fronteira e a criação de uma força especial voltada à deportação de migrantes em situação irregular.

A relação de Kast com o regime de Augusto Pinochet (1973–1990) esteve no centro da disputa até os últimos dias. No debate final, o então candidato afirmou que avaliaria a redução de penas para militares condenados por violações de direitos humanos, especialmente idosos ou doentes. A declaração gerou críticas de entidades de direitos humanos e reacendeu o debate sobre o período autoritário.

Aos 59 anos, Kast já havia admitido, em ocasiões anteriores, ter defendido a permanência de Pinochet no plebiscito de 1988. Com a vitória, ele se torna o presidente mais identificado com a direita desde o fim da ditadura.

Primeiro turno

No primeiro turno, Kast e Jara terminaram quase empatados. A mudança no cenário ocorreu após o ultraconservador receber o apoio de lideranças influentes da direita, como Johannes Kaiser e Evelyn Matthei. Já Franco Parisi, terceiro colocado, orientou seus eleitores a votarem em branco, mantendo imprevisível o comportamento desse grupo no segundo turno.

Durante a reta final, Kast prometeu expulsar estrangeiros sem documentação em até 90 dias, enquanto Jara acusou o rival de explorar o medo da população e defendeu o conceito de “segurança com humanidade”. A disputa evidenciou dois projetos antagônicos para o país, com diferenças claras em temas como segurança pública, imigração e modelo econômico.

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