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Idaf adota medidas para controlar ferrugem asiática da soja no Acre

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O Idaf poderá autorizar a semeadura fora desse período mediante apresentação de justificativas técnicas, desde que acompanhadas de um plano de prevenção e controle fitossanitário.

Ferrugem asiática é a praga mais destrutiva da sojicultura, causando desfolhamento da planta. Foto: Embrapa/Reprodução

O Governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), publicou uma portaria nesta quarta-feira, 30, que dispõe sobre medidas fitossanitárias para a prevenção e controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) no Estado.

Entre as principais medidas estabelecidas, destaca-se a implementação do vazio sanitário vegetal para a cultura da soja, que determinará um período mínimo de 90 dias sem a presença da cultura ou de plantas voluntárias no campo, compreendido entre 22 de junho e 20 de setembro de 2024. O objetivo é reduzir o inóculo do fungo responsável pela doença, que tem causado sérios danos à agricultura.

Os produtores são responsabilizados pela erradicação de plantas voluntárias de soja (guaxas ou tigueiras) por meio de métodos químicos ou mecânicos. A portaria também proíbe a manutenção de plantas vivas de soja durante o período de vazio sanitário, exceto em casos excepcionais autorizados pelo Idaf.

A semeadura da soja deve ocorrer dentro do calendário estabelecido, que vai de 21 de setembro de 2024 a 8 de janeiro de 2025. O Idaf poderá autorizar a semeadura fora desse período mediante apresentação de justificativas técnicas, desde que acompanhadas de um plano de prevenção e controle fitossanitário.

Além disso, a portaria estabelece a obrigatoriedade do Cadastro Anual das Propriedades e Unidades de Produção (UP) pelos proprietários, arrendatários ou ocupantes de áreas plantadas com soja, a ser realizado até 15 dias após a semeadura. O não cumprimento das normas estabelecidas implicará em penalidades conforme a legislação vigente.

Produção de soja e milho no Acre bateu recorde de produtividade. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Ações para proteger produção de soja no Acre realizadas em 2023

De acordo com a publicação do ano passado pela Agropecuária Brasileira – Evolução, Resiliência e Oportunidades, editada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o agronegócio do Acre bateu recordes de produtividade e se destacou em nível nacional; as safras de milho e soja são as maiores dos últimos 30 anos. O volume saltou de 61,3 mil toneladas no início da década de 1990 para 178,6 mil toneladas em 2022. A área plantada é estimada em 11,9 mil hectares ano passado.

Em setembro, o Idaf, em conjunto com o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, anunciou o calendário oficial de semeadura do grão para a safra de 2023/2024. A medida visava proteger a produção e manter a saúde das plantações em todo o estado.

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, em julho de 2023, a Portaria nº 840, que estabelecia os calendários de semeadura de soja referente à safra 2023/2024 para 21 unidades da Federação.

Já em dezembro, foi realizado o cadastro de propriedades produtoras e a vigilância constante das áreas por auditorias fiscais estaduais do Idaf. Na matéria, foi informado que a cultura da soja foi implantada com sucesso nas safras de 2023 e 2024, abrangendo uma extensão de 300 hectares de campo e sem registros de infestações por pragas.

Desta forma, o Idaf adverte que plantios realizados fora da janela de semeadura podem favorecer o desenvolvimento da ferrugem asiática da soja, devido ao cultivo da cultura na safrinha.

O cultivo de lavouras em sequência e na mesma área, ou seja, soja plantada sobre soja, acarreta o aumento de aplicações com fungicidas e, consequentemente, acelera a perda de eficiência de produtos utilizados para controlar a doença, promovendo a disseminação danosa do fungo às propriedades produtoras.

Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre realiza constantes monitoramentos para detectar possíveis ameaças. Foto: cedida

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Gestores do Acre debatem diretrizes sobre consultas públicas para implementação de programas de REDD+

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O objetivo do encontro é colher contribuições, de forma ampla e participativa, para definição das diretrizes  e recomendações, que serão incorporadas como sugestões à minuta de resolução das Consultas Livres Prévias e Informadas (CLPI)

Gestores e técnicos debatem diretrizes sobre consultas públicas para implementação de programas de REDD+. Foto: cedida

Gestores do governo do Acre participaram da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) de Salvaguardas da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+), presidido pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília (DF).

A presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Jaksilande Araújo, e o secretário de Meio Ambiente (Sema), Leonardo Carvalho, participaram da etapa de construção metodológica da minuta da resolução para Consulta Livre Prévia e Informada (CLPI).

O objetivo do encontro é colher contribuições, de forma ampla e participativa, para definição das diretrizes  e recomendações, que serão incorporadas como sugestões à minuta de resolução das Consultas Livres Prévias e Informadas (CLPI).

“Nesses dois dias estivemos à frente dessas discussões técnicas com uma série de representantes que fazem parte do GTT e pudemos avançar nas discussões para que depois,  seja colocado em plenário para a deliberação”, destaca Leonardo Carvalho.

A minuta irá nortear as etapas para implementação de programas de REDD+ e projetos de carbono florestal para adesão à Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+) em terras públicas ocupadas por povos indígenas e comunidades tradicionais. O evento teve início na terça-feira, 28, e encerrou nesta quarta-feira, 29.

“Foi um momento muito importante, no qual pudemos debater amplamente sobre as diretrizes e elaboração dessa minuta, especialmente nesse momento que o Estado do Acre está conduzindo um processo das consultas públicas para revisão e atualização da repartição de benefícios do nosso sistema de REDD+ jurisdicional. Uma oportunidade impar de estarmos alinhados com as diretrizes nacionais”, ressalta Jaksilande Araújo.

Contribuições serão incorporadas a minuta de resolução e submetida, ao plenário, para a deliberação. Foto: cedida

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Fechados há mais de cinco anos, Teatrão, Tentamen e Biblioteca da Floresta seguem em obras em Rio Branco

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‘Está fazendo muita falta’, diz bailarina sobre espaços de cultura, memória e patrimônio material da capital acreana. Fundação Elias Mansour afirma que os três prédios devem ser entregues à população até dezembro deste ano

Sede da Tentamen está fechada há anos. Foto 1: Seronilson Marinheiro/Rede Amazônica Acre. Foto 2: Aline Nascimento

Importantes espaços de cultura, memória e patrimônio material de Rio Branco, o Teatro Plácido de Castro, a Tentamen e a Biblioteca da Floresta seguem fechados ao público há mais de cinco anos.

A situação é lamentada por artistas e moradores da capital que ressaltam que os locais foram testemunhas de histórias, transformações da cidade, e palco de diversas manifestações culturais. Procurado pela Rede Amazônica Acre, o presidente da Fundação Elias Mansour, Minoru Kinpara, disse que as obras devem ser entregues ainda em 2025.

No caso da Sociedade Recreativa Tentamen, as obras de restauração e reforma foram iniciadas ainda em 2022. Já as recuperações do Teatrão e da biblioteca foram anunciadas em abril e julho do ano passado respectivamente.

Fundada em 11 de abril de 1924 pelo Dr. Mário de Oliveira, a Tentamen foi palco de festas, formaturas, jantares, bailes de Carnaval e diversos outros eventos da sociedade acreana durante a maior parte do século XX. O local era frequentado por seringalistas, autoridades, comerciantes, além dos próprios seringueiros.

O espaço era o principal local de festas, lazer e encontros na capital acreana. Foi no grande salão de madeira que diversos casais se conheceram, namoraram e construíram algumas das famílias acreanas.

Tentamem em Rio Branco está fechada há mais de anos. Foto: Divulgação

Atriz, bailarina e diretora, Regina Maciel reclama da demora para a conclusão das restaurações e disse que os locais são essenciais para a cultura e patrimônio histórico da capital acreana.

“Então, aquele espaço ali faz muita falta para toda a cidade, mas principalmente para quem mora ali no Segundo Distrito. Porque nós que moramos ali é que frequentamos aquele espaço. Então, está fazendo muita falta. Eu gostaria muito que o governo realmente agilizasse. Também é [importante] para classe teatral, para o movimento de dança, […]”, lamentou.

Com funcionamento suspenso desde 2019, Biblioteca da Floresta foi atingida por incêndio em 2022. Foto 1: Seronilson Marinheiro/Rede Amazônica Acre. Foto 2: Duaine Rodrigues / G1

Na Biblioteca da Floresta, localizada no Parque da Maternidade, que já foi considerada referência e um dos espaços públicos mais bonitos do estado, a situação não é diferente. O prédio, com traços da cultura indígena e que mistura arquitetura moderna com as construções típicas da Amazônia, está fechado desde 2019.

O espaço foi inaugurado em 2007, na gestão do ex-governador Binho Marques (PT), e abrigava exposições permanentes sobre povos indígenas do Acre, Zoneamento Ecológico-Econômico, um salão dedicado ao líder seringueiro Chico Mendes e um espaço para exposições temporárias.

Além de um acervo de livros sobre ecologia e outros assuntos relacionados ao desenvolvimento florestal e meio ambiente.

Com funcionamento suspenso desde 2019, Biblioteca da Floresta foi atingida por incêndio em 2022. Foto: Reprodução

Em maio de 2022, o edifício pegou fogo e parte do acervo da biblioteca chegou a ser destruído. Dois meses depois o Ministério Público Federal (MPF) apresentou ao procurador-geral de justiça do Ministério Público Estadual (MP-AC), um pedido para que o governo do estado tomasse medidas urgentes de intervenção para preservação do patrimônio e restabelecimento do local.

Em abril de 2024, o governador Gladson Cameli assinou ordem de serviço para a recuperação, mas nove meses depois o serviço ainda não foi concluído.

Construído em 1990, o Teatro Plácido de Castro é para muitos artistas o espaço que mais faz falta. O espaço, com capacidade para receber um público de até 495 pessoas é um dos maiores da capital acreana e já recebeu grandes nomes da música brasileira como Milton Nascimento, João Donato e Paulinho da Viola.

Artistas de todo o Acre e diversos estados brasileiros também já se apresentaram no espaço que já abrigou festivais de teatro, música, literatura e exposições de artes visuais.

Teatro Plácido de Castro, conhecido como Teatrão. Foto: Seronilson Marinheiro

Kinpara, que preside o órgão responsável pela administração dos espaços, ao ser questionado sobre os atrasos na execução e entrega das revitalizações e reformas disse que os três prédios restaurados devem ser entregues à população até dezembro deste ano.

“O Teatrão está em obras, a todo vapor, e esse ano o nosso governador vai entregar. Um espaço tão importante para a nossa cultura. A obra também da Biblioteca da Floresta está em andamento, vai acelerar mais ainda e a obra da Tentamen, que já está algum tempo parada, nós insistimos bastante com a empresa que estava trabalhando lá, mas ela não deu os resultados que nós esperávamos”, argumentou.

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VideoAutônomo ajuda bicho-preguiça a atravessar trecho da Estrada do Pacífico

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O autônomo Thiago Damasceno compartilhou um vídeo neste domingo em suas redes sociais no qual aparece ajudando um bicho-preguiça a passar de um lado a outro da rodovia, na altura do km 4 da Estrada do Pacífico, local mais conhecido como polo. Ele estava retornando para o município de Brasileia, onde mora, quando se deparou com o animal às margens da estrada e desceu do carro para transportá-lo.

Damasceno disse que encontrar animais saindo das matas e chegando próximo às estradas e até na cidade têm sido um fato constante. Além do bicho-preguiça, ele já encontrou capivaras (veja vídeo), na rua Rui Lino, parte movimentada em Brasileia, e muitas cobras na Estrada do Pacífico. “Tirei as capivaras da rua e fiz o acompanhamento até a parte segura”, conta o autônomo alertando que, nessa época do ano, é possível encontrar muita cobra ao longo da rodovia, inclusive jiboias.


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