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IBGE: Salário médio das mulheres corresponde a 79,5% ao dos homens

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A grande desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste no mercado de trabalho do país, embora tenha se estreitado ao longo de 2018, mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher.

Conforme o estudo do IBGE, as mulheres receberam salário médio de R$ 2.050 por mês no ano passado, o correspondente a 79,5% do rendimento do trabalho dos homens (R$ 2.579). Essa distância era mais desfavorável no ano anterior, quando estava em 78,3%. Em 2016, a proporção estava em 80,8%.

O rendimento mensal das mulheres era menor porque elas recebiam menos por hora trabalhada e também porque trabalhavam menos horas por semana — neste caso, refletindo a dupla jornada feminina, ou seja, do fato delas trabalharem e também terem, muitas vezes, que dedicar-se ao cuidado de filhos e da casa.

Conforme o levantamento, as mulheres recebiam R$ 13 por hora trabalhada em 2018, o correspondente a 91,5% do recebido por homens (R$ 14,20). Essa diferença era ainda maior em 2017, quando elas recebiam o correspondente a 88,7% do salário masculino por hora.

Além de um salário-hora menor, as mulheres trabalhavam, em média, 4,8 horas a menos do que os homens durante o período de uma semana. O homem trabalhava 42,7 horas semanais, enquanto a mulher, 37,8 horas por semanas. Essa diferença chegou a ser de 6 horas em 2012 e vem se estreitando.

A disparidade existe apesar de as mulheres terem maior nível de instrução. Em 2018, 22,8% das mulheres que trabalhavam tinham ensino superior, ante 18,4% dos homens. Mulheres sem instrução e fundamental incompleto tinham a menor renda média da pesquisa, identificada em R$ 880.

Segundo a pesquisadora Adriana Beringuy, do IBGE, a redução da desigualdade salarial entre homens e mulheres passa por políticas públicas como aumento da oferta de creches e escolas em tempo integral, de forma a dar apoio às mulheres não se afastarem do mercado de trabalho.

“Existem coisas fora do mercado de trabalho que afetam o desempenho profissional da mulher, como afazeres doméstico e cuidado de pessoas. A mulher entra e sai mais do mercado do que os homens, seja por conta de afastamento por gravidez ou porque precisam cuidar de idosos”, exemplifica ela.

Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi acusado de defender que mulheres ganhem menos do que homens porque engravidam e têm direito à licença-maternidade. A afirmação foi feita numa entrevista à apresentadora Luciana Gimenez, na RedeTV!, em 2016. “Eu não empregaria com o mesmo salário. Mas tem muita mulher que é competente… Que é muito mais competente do que homem e que ganha mais do que homem também”, disse Bolsonaro durante o programa.

Militar

O salário médio das mulheres supera a dos homens no ambiente militar, mas está 20% abaixo da renda dos homens dentro das universidades, mostra um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira em que se comemora Dia Internacional da Mulher.

Dos dez grupamentos ocupacionais acompanhados pelo IBGE, as mulheres têm rendimento médio maior do que os homens somente no chamado “membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares”. Elas recebiam R$ 5.338 mensais em 2018, acima dos R$ 5.301 mensais dos homens naquele ano.

Segundo a pesquisadora Adriana Beringuy, do IBGE, isso é explicado pelo fato de as mulheres geralmente ingressarem no setor militar como oficiais. “As mulheres entram já com nível superior. Você vê poucas como cabo, soldado. Elas estão mais presentes como oficiais, principalmente médicas”, disse.

Se a renda média delas é maior, o salário é para poucas. As mulheres representam apenas 13,2% do total de pessoas ocupadas nas forças armadas, polícias militares e bombeiros, segundo o levantamento do IBGE.

O resultado foi uma exceção dentro da pesquisa do instituto. As mulheres em cargos de diretoria e gerência, por exemplo, tinham rendimento médio de R$ 4.435, 71,3% do recebido pelos homens (R$ 6.216). No grupamento de profissionais das ciências e intelectuais, essa razão baixava para 64,8%.

Entre os professores de universidades e do ensino superior, o rendimento das mulheres equivalia a 82,6% do recebido pelos homens. Essa diferença era curiosamente menor entre professores do ensino fundamental — as mulheres recebiam 90,5% do rendimento dos homens.

“No ensino fundamental, existe o piso do salário, o que aproxima a remuneração de homens e mulheres. Além disso, existem mais mulheres inseridas no ensino fundamental como diretoras, inspetoras”, disse Beringuy.

Por Bruno Villas Bôas - Valor online

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Próximo passo do projeto do novo estádio do Flamengo pode levar quatro anos

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Luiz Eduardo Baptista, presidente rubro-negro, detalhou o processo junto à Prefeitura

 

Fonte: CNN

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CBF amplia Série D para 96 clubes a partir de 2026 e Acre terá três representantes

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Competição passa a oferecer seis acessos à Série C e mantém 24 datas no calendário nacional

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o novo calendário do futebol nacional com mudanças significativas nas competições organizadas pela entidade. Entre as principais alterações está a ampliação da Série D do Campeonato Brasileiro, que a partir de 2026 passará de 64 para 96 clubes, além do aumento no número de acessos: seis equipes conquistarão vaga na Série C.

A reformulação beneficia diretamente os clubes que avançaram à segunda fase da Série D desta temporada. Como quatro dessas equipes — Barra-SC, Santa Cruz, Maranhão e Inter de Limeira — já garantiram o acesso, a CBF optou por redistribuir as vagas remanescentes, concedendo quatro vagas extras às federações, com base no Ranking Nacional de Federações, que será divulgado ao final do ano.

Outra novidade é a adoção do Ranking Nacional de Clubes (RNC) como um dos critérios para a definição das vagas na competição. Apesar do aumento expressivo no número de participantes, a Série D manterá o mesmo número de datas, totalizando 24 jogos no calendário.

Com as mudanças, o Acre terá três representantes na Série D de 2026. Pelos critérios de desempenho nos campeonatos estaduais e copas regionais, Independência-AC e Galvez já estão garantidos. A vaga via Ranking Nacional de Clubes ficará com o Humaitá, atualmente o clube acreano mais bem posicionado no ranking da CBF.

A Série D do Campeonato Brasileiro de 2026 está prevista para começar no dia 5 de abril e seguirá até 13 de setembro.

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Chuvas intensas provocam alagamentos em ruas de Rio Branco e deixam capital em estado de atenção

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Volume de precipitação já ultrapassa 70 mm e afeta vias importantes, como a Avenida Maria José de Oliveira

As fortes chuvas que atingem Rio Branco desde a noite de quinta-feira (25) continuam causando transtornos à população. Além da elevação do nível do Rio Acre e de outros mananciais da bacia, as precipitações já provocam alagamentos em diversas ruas da capital, incluindo a Avenida Maria José de Oliveira, principal via do bairro Universitário.

Imagens divulgadas por internautas nas redes sociais mostram a avenida tomada pela água, o que dificulta a passagem de veículos e o deslocamento de moradores da região.

De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão, em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (26), o volume de chuva já ultrapassa 70 milímetros em Rio Branco. Segundo ele, a previsão indica a continuidade das chuvas ao longo do dia, mantendo o município em estado de atenção para a possibilidade de novos alagamentos.

A Defesa Civil segue monitorando a situação e orienta a população a evitar áreas de risco e a acionar os órgãos competentes em caso de emergência.

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