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Acre

Homens acusados de terem emboscado e matado adolescente vão a Júri Popular

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Quando pronunciou os denunciados, magistrada constatou haver comprovação da materialidade do crime e indícios de autoria quanto aos acusados.

Os nove homens acusados de terem emboscado e matado um adolescente de 13 anos de idade no porto Zé Romão, em Sena Madureira, irão a julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Sena Madureira. O Juízo da Vara Criminal da Comarca do Município em questão acolheu o pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), no Processo n°0002905-82.2016.8.01.0011, e pronunciou os acusados por homicídio qualificado.

Na sentença de pronúncia, publicada na edição n°5.908 do Diário da Justiça Eletrônico (fl.80) a juíza de Direito Andréa, que estava respondendo pela unidade judiciária, enumerou as qualificadoras do crime, que deverão ser analisadas pelo Júri: “art. 121, § 2º, incisos I (motivo torpe), III (meio cruel), IV (emboscada) e V (ocultação), c/c art. 29, ambos do Código Penal e art. 2º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 12.850/2013, na forma do art. 69 do Código Penal”, detalhou a magistrada.

Entenda o Caso

O MPAC ofereceu denúncia contra os nove acusados, os apontando como responsáveis pelo crime de homicídio qualificado. É relatado que no início de agosto de 2016, um dos denunciados chamou a vítima para ir até a praça, depois o levou até o Porto Zé Romão, onde os demais acusados aguardavam a vítima em uma emboscada, quando amarraram e mataram o adolescente com facadas e vários tiros e jogaram o corpo no rio Iaco.

Conforme escreveu o Ministério Público, os homens agiram “em concurso de pessoas e união de objetivos entre si, com evidente vontade matar, por motivo torpe, meio cruel, à traição, emboscada ou dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, valendo-se de golpes de faca e disparos de arma de fogo, ceifaram a vida da vítima (…), de 13 anos de idade”.

Segundo o Órgão Ministerial, o crime teve motivo torpe, pois “os denunciados incorreram na prática do crime, em razão de disputa territorial entre facções criminosas atuantes nesta cidade”, anotou o MPAC na peça inicial.

Pronúncia

A juíza de Direito Andréa Brito quando recebeu o pedido de pronúncia e decidiu pelo julgamento dos nove acusados ao Júri Popular, explicou que “na decisão de pronúncia, é vedada ao juiz a análise aprofundada do mérito da questão, tendo em vista ser esta a atribuição primordial dos integrantes do Conselho de Sentença do Júri Popular”.

Quando pronunciou os denunciados, a magistrada constatou haver comprovação da materialidade do crime e indícios de autoria quanto aos homens, por meio dos depoimentos e das investigações feitas por meio de interceptação telefônica pelas autoridades policiais.

“De mais a mais, as investigações, em especial as provas produzidas por interceptação telefônica demonstram, a princípio, o envolvimento de todos os acusados não apenas em facção criminosa, mas também no crime que culminou no assassinato de João Vítor, havendo indícios de que todos estavam no local do crime, no momento em que a vida da vítima fora ceifada”, afirmou a juíza de Direito.

Mesmo sete dos acusados tendo negado participarem do assassinato do adolescente, a magistrada compreendeu existir indícios de autoria dos nove homens quanto ao crime. Assim, a juíza os pronunciou pela prática do crime de homicídio, que foi qualificado por motivo torpe, embosca, meio cruel e ocultação de cadáver.

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Acre

Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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