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Brasil

Governo Lula não assina documento de 55 países contra ditadura de Daniel Ortega

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante cerimônia no Palácio do Planalto
JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Durante a reunião, na Suíça, o Brasil permaneceu em silêncio sobre a situação dos direitos humanos na Nicarágua

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recusou a assinar um manifesto, feito por 55 países, contra a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. A recusa ocorreu na última sexta-feira (3), durante reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça.

Durante a reunião, o Brasil permaneceu em silêncio sobre a situação dos direitos humanos na Nicarágua e sobre as ações autoritárias e violentas de Ortega. Segundo um grupo de especialistas da ONU, o governo nicaraguense cometeu violações sistemáticas dos direitos humanos que constituem “crimes contra a humanidade”.

No segmento geral, outras cinco nações se pronunciaram, incluindo Israel, Líbia e Somália. Organizações não governamentais e representantes da sociedade civil também tiveram tempo de fala. O Brasil, por sua vez, permaneceu em silêncio.

Diante das críticas, o governo brasileiro anunciou medidas nesta terça-feira (7), a exemplo da que vai abrir as portas do país para cidadãos da Nicarágua que perderam sua nacionalidade após decisão do ditador nicaraguense.

“O governo brasileiro se coloca à disposição para receber as pessoas afetadas por essa decisão nos termos da Lei da Migração brasileira”, disse o embaixador do Brasil na ONU, em Genebra, na Suíça, Tovar da Silva Nunes.

Lula e Ortega

Os presidentes Lula e Ortega são conhecidos de longa data. Durante os primeiros mandatos, o petista se encontrou diversas vezes com o nicaraguense para debater, por exemplo, integração regional. No poder desde 2007, o ditador mandou prender sete de seus opositores antes que a população fosse às urnas, eliminando candidatos que pudessem ameaçar sua vitória.

Durante a campanha eleitoral, Lula minimizou a ditadura instaurada na Nicarágua por Ortega, que está em seu quinto mandato, e comparou a situação com a da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, que completou 16 anos à frente do país europeu. “Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não? Qual é a lógica?”, questionou Lula em entrevista.

Presos políticos

Representantes da ONU relembraram os últimos episódios que envolvem decisões de Ortega, como o caso em que mais de 200 presos políticos, incluindo políticos da oposição e líderes empresariais, foram presos durante a crise política na Nicarágua e, posteriormente, “deportados” para os Estados Unidos, após uma negociação com Washington.

Vários dos presos planejavam concorrer contra o presidente Daniel Ortega nas eleições de 2021. “No mesmo dia, o Judiciário anunciou que essas pessoas tinham sido ‘deportadas’ e que haviam infringido a lei 1.055, sendo, portanto, consideradas ‘traidoras da pátria’. A decisão judicial privou todos os 222 indivíduos de seus direitos civis e políticos”, disse a secretária-geral adjunta para os direitos humanos das Nações Unidas, Ilze Brands Kehris.

A reunião também lembrou que um tribunal da Nicarágua declarou, em fevereiro, 94 opositores do presidente como “traidores da pátria”, retirando a nacionalidade nicaraguense deles e tornando-os inabilitados, de forma perpétua, a exercer cargos públicos. Entre os sancionados, estavam os escritores Sergio Ramírez (vice-presidente do governo sandinista na década de 1980 que era liderado por Ortega), Gioconda Belli, o bispo católico Silvio Báez, os ex-comandantes guerrilheiros Luis Carrión e Mónica Baltodano e a ativista de direitos humanos Vilma Núñez.

Na quinta-feira (2), o grupo de especialistas em Direitos Humanos da ONU sobre a Nicarágua divulgou um documento que menciona execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura e privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país.

“Eles são cometidos de maneira generalizada e sistemática por motivos políticos e constituem crimes de lesa-humanidade de assassinato, prisão, tortura, incluindo violência sexual, deportação e perseguição por motivos políticos”, afirmou um dos especialistas. “A população nicaraguense vive com o temor das ações que o próprio governo pode tomar contra ela”, ressaltou outro.

*Com informações da Agência Estado

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Mulher ganha R$ 1,9 milhão na loteria, larga marido e se casa com amante

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Ex-marido disse estar decepcionado com atitude da ex
Repodução/@AMARINTVHD

Ex alegou que estava junto com a então companheira havia mais de 20 anos e decidiu processá-la para ter metade do dinheir

Um tailandês levou a ex-mulher à Justiça após ela ganhar 300 mil libras (pouco mais de R$ 1,9 milhão) na loteria e pedir divórcio para ficar com seu amante secreto. O caso ocorreu na cidade de Isan, noroeste do país, e foi publicado pelo diário britânico Daily Star.

Deixado pela mulher, Narin, um homem de 47 anos iniciou um processo judicial para conseguir metade da bolada que ela ganhou.

O agora ex-marido disse estar arrasado e decepcionado com sua companheira de 20 anos, já que ela se mudou e se casou com outro homem dias antes de ele retornar de uma viagem a trabalho.

O homem argumenta ainda que a ex-companheira o largou do nada em 25 de fevereiro, sem explicações, e tentou esconder o prêmio que ganhou na loteria, mas que as próprias filhas revelaram a notícia ao pai.

“Estou desapontado. Não esperava que minha esposa de 20 anos fizesse isso comigo. Eu só tinha 60 mil baht [cerca de R$ 9.000] restantes em minha conta bancária porque eu dava dinheiro a ela todos os meses. Quero pedir Justiça e o dinheiro que mereço”, afirmou Narin.

A ex-mulher, chamada Chaweewan, contesta as alegações e afirma que o casal já havia se separado havia muitos anos, por meio de um telefonema. Narin, no entanto, diz que ele estava viajando a trabalho para a Coreia do Sul, com o intuito de pagar uma dívida familiar.

Os dois nunca se casaram formalmente, mas o advogado afirma que o ex-marido revoltado tem direito à metade dos ganhos de sua esposa e que os membros da família poderão confirmar seu relacionamento de longo prazo.

 

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Bolsonarista é morto a tiros após discordar de petista durante bebedeira no MT

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O bolsonarista Valter Fernando da Silva, 36, foi morto com dois tiros em um bar após uma discussão com um petista na noite de domingo (19), no distrito da Selma, em Jaciara (144 km ao sul de Cuiabá). O responsável pelo homicídio foi identificado como Edno e está foragido.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada às 20h40 para atender uma denúncia de homicídio em um bar.

Ao chegar no local, o proprietário do bar relatou que ambos estavam fazendo uso de bebida alcoólica até que em determinado momento começaram a discutir por política.

Valter defendia o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que fez com que Edno efetuasse os disparos. Após cometer o crime ele fugiu rumo ignorado. Em rondas os policiais encontraram somente o veículo do assassino.

A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi acionada para análise da ocorrência e liberação do corpo, que foi posteriormente encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Por Gazeta Digital

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Gastos de Lula com Bolsa Família e seguro-desemprego aumentam expectativa de déficit para R$ 125 bi

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Previsão consta num relatório do Senado; para analistas, o novo arcabouço fiscal (regras de gastos públicos) pode mudar o cenário

Despesas elevaram a projeção de déficit primário para 2023 de R$ 118,3 bi para R$ 125 bi
MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL – 02/01/2020

O aumento nas despesas com o Bolsa Família, o seguro-desemprego e a recém-anunciada expansão do abono salarial aumentaram a projeção de déficit primário para 2023 de R$ 118,3 bilhões (1,1% do PIB) para R$ 125 bilhões (1,2%). Os dados constam no novo relatório de acompanhamento da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

O aumento no cenário das despesas pela IFI ficou em 0,1 ponto percentual do PIB em 2023 e 0,2, em 2024. De acordo com a análise, para manter a dívida estável ao nível de 2022, seria necessário um superávit primário de 1,5% do PIB. O índice está distante da projeção, que é de déficit de primário de 1,4% do PIB.

Para mudar esse cenário, analistas acreditam no potencial prometido pelo novo arcabouço fiscal (regras de gastos públicos que vão substituir o teto de gastos em vigor desde o governo do ex-presidente Michel Temer).

Com o Bolsa Família, o Executivo estabeleceu o valor mínimo de R$ 600 por família cadastrada, além de um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos e R$ 50,00 extras para cada dependente entre 7 e 18 anos e para gestantes.

Com relação ao abono salarial e ao seguro-desemprego, um novo processamento promovido pela Dataprev, responsável pela gestão da Base de Dados Sociais Brasileira, possibilita que mais de 2,7 milhões de trabalhadores ainda possam ter direito aos benefícios.

Arcabouço fiscal

As projeções consideram a atual regra do teto de gastos. O relatório indica que falta clareza “quanto às fontes de financiamento e o impacto potencial das medidas anunciadas em janeiro pelo Ministério da Fazenda”.

A forma como esses gastos serão acomodados e o esperado anúncio de uma nova âncora fiscal podem influenciar a credibilidade do regime fiscal do país.

Trecho do relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado

O arcabouço fiscal é o conjunto de regras que determinam como o governo federal pode gastar as verbas do Orçamento de forma a garantir que a União mantenha a capacidade de honrar seus compromissos.

A expectativa é que as novas regras sejam apresentadas pela equipe econômica do Executivo ainda nesta semana. Antes, o ministro Fernando Haddad se reunirá com líderes no Congresso e economistas para alinhar a proposta, conforme solicitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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