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Governo entrega ponte que tira Segundo Distrito de Sena Madureira do isolamento
Concretizando o sonho
Um sonho negligenciado por décadas, a ponte de Sena Madureira, que integra o Primeiro e Segundo Distrito da cidade, finalmente saiu do papel. Iniciada há 22 meses, a construção foi entregue, nesta terça-feira, 19, concretizando o anseio da população sena-madureirense.
A obra representa um marco significativo do município, e foi executada pelo Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) e da empresa privada, Cidade.
“Meus pais moram aqui no ramal há 70 anos, numa comunidade que há décadas vinha sendo ilhada, e hoje, graças a Deus, e ao governador Gladson Cameli, alcançamos essa conquista, que não tem preço”, relatou Gerbson Santana, morador do ramal Mário Lobão.
O trajeto entre Primeiro e Segundo Distrito era feito via terrestre, pela BR-364, ou por catraia, atravessando o rio, e agora, com a nova construção, o caminho entre os distritos é interligado por 12 metros de ponte.
“Isso aqui é compromisso em mudar a vida das pessoas. O trabalho conjunto entre Estado, prefeitura e a Assembleia Legislativa foi o que tornou a realização desse sonho da população possível”, afirmou o governador Gladson Cameli.
O investimento para essa obra histórica foi de R$ 36 milhões, provenientes de recursos próprios do Estado, em que R$ 20 milhões foram destinados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AC) para esse investimento.
“Nossos esforços agora vão se direcionar para a próxima grande obra no município, o hospital João Câncio Fernandes. Nosso objetivo é entregar o quanto antes, essa construção tão importante para a população sena-madureirense”, continuou o governante.

Ponte é uma das grandes construções que constavam no plano de governo da gestão Cameli. Foto: Pedro Devani/Secom
Mais de 2500 pessoas vão ser beneficiadas com a ponte sobre o Rio Iaco, que vai facilitar o ir e vir no dia a dia.
“O governo é um grande parceiro, e dar o direito de ir e vir ao povo é uma dádiva. A partir de agora, o desenvolvimento de Sena Madureira, com certeza, vai crescer muito mais”, disse, emocionado, o prefeito do município, Mazinho Serafim.
Na ocasião, foi assinada também a ordem de serviço da pavimentação asfáltica e dispositivo de drenagem do Ramal do Adolar, com implementação de ciclovia. Os recursos são provenientes de emendas do senador Márcio Bittar.
Também estiveram presentes na inauguração secretários e presidentes de autarquias do Estado e do município.
- Prefeito Mazinho Sefarim pontuou que a parceria entre governo e prefeitura vem colhendo bons frutos. Foto: Neto Lucena/Secom
- Senador Márcio Bittar falou sobre o compromisso do Estado em cumprir as promessas e beneficiar os municípios do interior. Foto: Neto Lucena/Secom
Uma ponte esperada por décadas
Carlos D’Ávila, morador de Sena, conta que em seus 61 anos de vida, via o povo sofrer com a travessia no Rio Iaco.
“Foi prometido e foi cumprido. Há anos a população sofria sem essa ponte, e agora o governador Gladson honrou seu compromisso, entregando essa obra que vai mudar a nossa vida”, afirmou o servidor público.
A nova ponte foi entregue em menos de dois anos após o início da obra. Durante o empenho, cerca de 90% da mão de obra utilizada na construção foi realizada por moradores do município.
“Antes eu só atravessava para o Primeiro Distrito de catraia, que era inseguro. Com a ponte, temos segurança e atravessamos com facilidade entre os dois distritos”, contou Maria Freire, moradora do bairro São Francisco, no Segundo Distrito da cidade.
- Carlos é servidor público e morador de Sena há 61 anos. Foto: Neto Lucena/Secom
- Para Maria, a conclusão da obra significa mudança de vida. Foto: Neto Lucena/Secom
Uma obra dessa envergadura proporciona diversas mudanças na cidade, uma delas, que será vista em breve é a geração de emprego e renda.
Lucas Guimarães representou o presidente do Deracre, Sócrates Guimarães, seu pai, e reforçou o trabalho dessa gestão em cuidar das pessoas.
- Lucas, filho do presidente do Deracre, levou as palavras do pai, Sócrates Guimarães. Foto: Neto Lucena/Secom
- Gleiton é mototaxista há 20 anos e afirma que agora tudo vai melhorar. Foto: Neto Lucena/Secom
“Esse é mais um compromisso cumprido do governador Gladson Cameli. Mais de 2500 pessoas vão ser diretamente beneficiadas com a ponte. O Deracre executou essa obra com empenho e dedicação para entregar o quanto antes”, afirmou Lucas.
“Sou mototaxista há vinte anos. Essa ponte vai melhorar o nosso serviço, pois antes tínhamos que dar a volta pela BR-364 para chegar ao Segundo Distrito. O valor da corrida era maior, e agora vamos poder cobrar um preço justo”, declarou Gleiton Leite.
Ponte Frei Paolino Baldassari
A ponte sobre o Rio Iaco que liga os dois distritos do município leva o nome do servo da Ordem de Maria, Paolino Baldassari que durante décadas contribuiu, como pároco da igreja católica, para avanços sociais e espirituais na cidade.

Ponte Frei Paolino possui iluminação noturna, para garantir o tráfego durante a noite. Foto: Pedro Devani/Secom
Nascido em Bologna, na Itália, Paolino Baldassari dedicou mais de 40 anos de sua vida à cidade de Sena Madureira.
Dedicado à causa social, o frei contribuiu para a comunidade sena-madureirense, durante viagens missionárias no interior do município, por meio da medicina da floresta, a qual aprendeu com os povos tradicionais amazônicos, e também com missas, as “desobrigas”, missões religiosas e do seu compromisso clerical com a população da cidade.
O que disseram
“É um dia histórico de conquistas em que pontes são construídas, tirando um povo sofrido do isolamento” – Presidente da Câmara de Vereadores de Sena Madureira, vereadora Ivoneide Bernardino.
“A exemplo de Orleir, que tirou sena do isolamento com a BR-364, o nome do governador Gladson entra para a história. O povo do Segundo Distrito de Sena foi tirado do isolamento. Parabéns ao Estado” – deputado federal, Gerlen Diniz.
“Os deputados tem se empenhado na Casa do Povo para realizar o sonho antigo do povo sena-madureirense” – deputado estadual Luiz Gonzaga
“Essa é uma obra histórica para Sena Madureira, quero agradecer ao governador Gladson por ter tido esse olhar sensível para essa cidade com uma história tão rica e importante para o Acre” – senador Márcio Bittar
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Violência doméstica em Epitaciolândia termina com ameaças e acidente de trânsito
Homem teria ameaçado ex-esposa com tijolo e se jogou encima do veículo; vítima registrou ocorrência na delegacia.
Um caso de violência doméstica foi registrado na tarde desta segunda-feira (3). O fato teria ocorrido na Rua Capitão Pedro de Vasconcelos, no bairro Aeroporto, em Epitaciolândia. A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas, ao chegar ao local, descobriu-se que o incidente estava relacionado a uma agressão doméstica.
Segundo relatos de populares, o autor da agressão identificado como Sandeson Kleito Gabriel, teria tentado jogar um tijolo no para-brisa do carro de sua ex-esposa, com a intenção de atingi-la. Ao perceber a ameaça, a mulher avançou com o veículo em direção ao agressor, que se ficou sobre o capô e foi carregado por vários metros até cair na rua. O Homem sofreu uma lesão na cabeça e arranhões pelo corpo devido à queda.
Após o ocorrido, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar o fato. A guarnição policial também se deslocou até o local para a confecção do boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado, e Andeson foi levado ao hospital para ser medicado e ficou em observação até ser liberado.
O caso foi registrado como violência doméstica contra a mulher conforme o ART. 147 do CPB e as autoridades reforçam a importância de denunciar essas situações para garantir a segurança.
Veja vídeo abaixo:
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Serial Killer: Criminoso de alta periculosidade que escapou do presídio Urso Branco, em Porto Velho, continua foragido
João Luiz da Silva Filho, condenado a 22 anos por homicídio, estava em regime de cela livre e fugiu durante trabalho externo; polícia pede ajuda da população.
João Luiz da Silva Filho, de 53 anos, criminoso de alta periculosidade, fugiu do presídio José Mário Alves, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), nesta sexta-feira (28). Condenado a 22 anos de prisão por homicídio e com histórico de reincidência, João Luiz estava no sistema de cela livre e fugiu quando saiu do presídio Vale do Guaporé para trabalhar no Urso Branco.
As autoridades estão em alerta e pedem a colaboração da população para localizar o fugitivo. Quem tiver informações sobre o paradeiro de João Luiz deve entrar em contato imediatamente com a polícia pelos números 190 ou 197.
A fuga reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas no sistema prisional, especialmente para criminosos considerados de alta periculosidade. A população deve redobrar a atenção e evitar qualquer contato com o fugitivo.
Fonte: EuIdeial
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STF, PF e CNJ não sabem quantos juízes são investigados por corrupção e venda de sentenças
R7 pediu dados via LAI para os três órgãos, mas nenhum deles respondeu às demandas com dados de investigados ou condenados
Uma operação da Polícia Federal deflagrada em novembro do ano passado dainvestigação sobre juízes, desembargadores e servidores de sete tribunais de Justiça estaduais ligados a esquemas de corrupção e venda de sentenças no Brasil acendeu o alerta sobre o monitoramento dos envolvidos e a falta de dados a respeito de participação de membros do Judiciário nessas práticas criminosas. Os inquéritos, até o momento, levaram ao afastamento provisório de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. No entanto, faltam dados para diagnosticar se os episódios são parte de um problema isolado ou se atingem outros tribunais e regiões do país.
O R7 realizou reiterados pedidos via Lei de Acesso à Informação para STF (Supremo Tribunal Federal), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e Polícia Federal questionando se os órgãos têm informações sobre o número de magistrados investigados ou condenados por corrupção e venda de sentenças.
O STF, por exemplo, justificou que não tem os dados consolidados e enviou uma lista de 131 mil processos criminais públicos recebidos desde 2019 até o fim de 2024.
A PF disse que “as bases de dados não possuem tal informação sobre investigados/indiciados para consulta”. “Tal informação iria requerer consultar milhares de inquéritos individualmente para obtenção de tal informação, sendo assim inviável o fornecimento dos dados requeridos”, alegou.
O CNJ informou que tem padronizado todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial, “dessa forma, os assuntos cadastrados quando da distribuição dos procedimentos também são padronizados e têm por base as tabelas processuais unificadas”. Contudo, segundo a instituição, “atualmente, não há em referida tabela o assunto venda de sentenças ou algo relacionado como, por exemplo, corrupção e enriquecimento ilícito”.
De todo modo, o Conselho Nacional de Justiça enviou dados sobre as punições aplicadas a magistrados por alguma irregularidade de conduta. O levantamento aponta que 56% das punições envolvem aposentadoria compulsória, considerando o período de 2007 até o fim do ano passado.
Em 2024, por exemplo, o CNJ abriu 5.569 pedidos de providências na corregedoria, 1.734 reclamações disciplinares aos magistrados, 44 revisões disciplinares e 40 processos administrativos disciplinares.
Monitoramento
Em nota, o CNJ disse que mantém “rigoroso sistema de fiscalização e controle da atividade jurisdicional através de múltiplos mecanismos”. “A Corregedoria Nacional de Justiça realiza, sistematicamente, inspeções e correições para apurar o funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais, identificando eventuais irregularidades. O monitoramento é realizado de forma contínua para acompanhar o cumprimento das decisões proferidas e disponibiliza relatórios de conformidade no portal do CNJ”, afirmou.
O órgão destacou que exerce um controle funcional de magistrados dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro, com exceção do Supremo Tribunal Federal. “O Conselho também planeja, coordena e acompanha políticas judiciárias para aprimorar os serviços prestados pelos tribunais.”
O CNJ explicou que tem competência para investigar denúncias contra magistrados, realizando inspeções, correições e sindicâncias. “O Plenário do CNJ pode determinar, inclusive, o afastamento preventivo de magistrados durante a tramitação de processo disciplinar”, ressaltou a entidade.
“O CNJ prioriza o julgamento de processos relacionados a corrupção, improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública, bem como confere prioridade ao julgamento de ilícitos eleitorais. O CNJ monitora a atuação da magistratura por meio de diversas ferramentas, incluindo dados estatísticos sobre processos e outros indicadores. O Conselho também pode requisitar informações de autoridades fiscais, monetárias e outras autoridades competentes para esclarecer processos. Nos Processos Administrativos Disciplinares, após a fase de instrução, o relator apresenta relatório circunstanciado com proposta de penalidade, quando cabível. O relatório é submetido ao plenário, onde os conselheiros podem acompanhar a proposta do relator ou divergir, sugerindo penalidade diversa”, explicou.
Situação grave
Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, Luciano Da Ros pontua que “o fato de que há juízes alegadamente envolvidos em venda de sentenças é, obviamente, muito grave”.
“Mas, por outro lado, não se pode antecipar culpabilidade, e todos, inclusive os magistrados, gozam de presunção de inocência. Com isso, quero dizer que, apesar das medidas tomadas pela PF, que eu saiba ainda não há condenação em todos esses casos que possam ensejar juízo de culpa. Há que se esperar o andar dos processos, que é lento”, opinou.
O especialista disse que a maioria das punições mais severas gera aposentadorias compulsórias. “Isso ocorre porque juízes, protegidos por suas garantias de independência, somente podem ser efetivamente removidos do Poder Judiciário após serem condenados em processo criminal [e não administrativo] de forma definitiva”, detalha.
Sobre a sensação da sociedade de falta de punição aos juízes, que são aposentados após uma acusação grave, a advogada Mariana Madeira, também professora do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília e ex-assessora de ministro do STF, explicou que essa é a “forma mais severa e efetiva que o CNJ encontra para atribuir essa punição administrativamente, em razão da vitaliciedade, que é uma prerrogativa constitucional prevista para os juízes”.
“Na aposentadoria compulsória, os proventos são pagos de maneira proporcional ao tempo de serviço. Isso não impede, no entanto, que haja maior transparência na divulgação das infrações e punições administrativas como forma de reforçar a credibilidade e a confiança do jurisdicionado, até porque um dos princípios da atuação da administração pública é o da publicidade”, comentou.
Faltam dados
O professor Luciano Da Ros pontuou que é importante saber, caso a caso, quais magistrados, punidos no CNJ, eventualmente tiveram condenações criminais.
“Conheço poucos levantamentos dessa natureza, mas concordo que seria interessante, para fins de monitoramento, o CNJ manter uma base de dados pública e transparente que acompanhasse os desfechos dos processos criminais eventualmente decorrentes dos processos disciplinares”, sugeriu.
Sobre a venda de sentenças, o professor da UFSC reforçou que a situação é grave. “Mas lembro que juízes podem eventualmente ser corruptos de outras formas. Por exemplo, há várias funções administrativas que os tribunais desempenham [contratação de pessoal, construção de prédios, contratação de prestadores de serviço] que também podem estar sujeitas a problemas de magnitude semelhante”, alertou.
Para ele, é preciso mais transparência. “Mas a transparência, por um lado, requer que os dados sejam primeiramente coletados e registrados, algo que eu não sei se ocorre nesse particular, e que esses mesmos dados eventualmente públicos não firam a intimidade, a privacidade e mesmo a reputação, injustamente por vezes, dos acusados.”
Mensagem para a população
Para a professora Mariana Madeira, publicizar as sanções criminais eventualmente atribuídas a juízes corruptos também pode transmitir para a sociedade “a mensagem de que os crimes são rigorosamente punidos e, consequentemente, desestimula a prática de novas infrações penais”.
“Precisa haver um comprometimento de toda comunidade jurídica — advogados, defensores públicos, servidores, promotores — em denunciar irregularidades para que sejam seriamente apuradas, assim como qualquer cidadão que comete crime no país”, afirmou.
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