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Governo do Acre vai gastar R$ 4,5 milhões em serviços de microempresa na fábrica de camisinhas
O contrato com a microempresa terá vigência por 12 meses, a partir da data da assinatura, o que representa um valor mensal ligeiramente acima de R$ 380 mil.

Tião Viana durante visita à fábrica de camisinha/Foto: Secom
Regis Paiva Com informações do Sebrae
O governo do Estado do Acre, por intermédio da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) publicou nesta quarta-feira (31) um extrato de contrato onde consta a contratação de uma microempresa para prestar serviços junto a Fábrica de Preservativos Masculinos Xapuri (Natex) durante um ano e por R$ 4,56 milhões.
O extrato do contrato Nº 09/2018 revela que a microempresa vai prestar os serviços nas áreas de centrifugação de látex, fabricação, lavagem, centrifugação e secagem de preservativos, teste elétrico de preservativos, embalagem primária de preservativos.
Ou seja, a empresa contratada vai realizar toda a etapa de produção da fábrica, operando os equipamentos até o produto final. Com isso a Funtac e o governo do Estado terceirizam os serviços daquele que já foi considerado um dos projetos salvadores da economia estadual – e hoje prestes a ser vendido por muito menos que o investido.
O contrato com a microempresa terá vigência por 12 meses, a partir da data da assinatura, o que representa um valor mensal ligeiramente acima de R$ 380 mil.
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A questão ainda não explicada é se a empresa Natex é lucrativa ou se os recursos saem da conta do Estado.
Micro empresa com faturamento milionário?
Mas a questão não se limita ao valor pago mensalmente para a empresa gestora do questionável investimento público na fábrica de camisinhas, mas também para o fato da Funtac estar contratando com os benefícios de microempresa uma instituição com faturamento milionário.
Além dos R$ 4,56 milhões previstos para serem pagos em parcelas mensais de R$ 380 para fazer a empresa produzir, durante o ano de 2017 a Funtac já pagou para a mesma empresa um valor da casa de R$ 1,6 milhões (R$ 133 mil ao mês pelos mesmos serviços hoje contratados por bem mais que o dobro.
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Os dados do primeiro contrato estão disponíveis na página 41 do Diário Oficial do Estado do Acre (DOE), edição do dia 08 de fevereiro de 2017 (extrato do contrato Nº 002/2017; nº PA 0000654-6/2017).
Mais de 4,4 vezes o teto para microempresa
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), microempresa é aquela que “aufira em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00”. Ou seja, somente no ano de 2017 a microempresa contratada pela Funtac teve um faturamento 4,4 vezes acima do teto legal de enquadramento.
De acordo com o Sebrae, se a receita bruta anual for superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior é R$ 3.600.000,00, a sociedade será enquadrada como empresa de pequeno porte. A empresa somente não perde este enquadramento se o valor for oriundo de receitas de exportação, o que não é o caso da prestação de serviços.
Ou seja, desde 2017 a empresa contratada pela Funtac já não pode mais ser enquadrada como microempresa e, após a execução do contrato de 2018, cuja majoração foi da ordem de 285%, não poderá sequer ser enquadrada como pequena empresa.
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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.
A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.
O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.
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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.
Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.
Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.
A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.
Atualizacão
Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.
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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento
Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada
A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.
Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.
— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.
O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada
Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.



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