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Governo do Acre trabalha na erradicação da monilíase, doença do cacau e cupuaçu

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Uma fruta endêmica e popular na Amazônia, o cupuaçuzeiro, é utilizado no preparo de sucos, doces e cremes. Além da polpa, suas sementes também são aproveitadas na indústria para a fabricação de chocolate em pó, tabletes e cosméticos. O cupuaçu foi domesticado no estado, dessa forma, passou também a ser plantado e colhido de forma controlada pelo homem, não mais dependendo da natureza para plantio e extração.
Entretanto, desde 2021, o fruto tem sofrido com a monilíase, doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que também atinge o cacau, pertencente ao mesmo gênero vegetal: Theobroma. Disseminada, a praga pode causar até 100% de perda na produção dessas frutas e, embora apresente grande capacidade reprodutiva no ambiente, não atinge os seres humanos.

Uma mancha branca toma conta do fruto contaminado. Foto: Idaf/Arquivo

O governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf-AC) e em parceria com o Ministério da Agropecuária e Meio Ambiente (Mapa), vem buscando mitigar e exterminar os efeitos da praga, para voltar a ser uma área livre da monilíase.

De acordo com a engenheira agronômica e coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, é importante combater o trânsito das frutas contaminadas: “O Mapa declarou no último ano situação de emergência e colocou o Acre em área sob quarentena para a monilíase. A doença pode se espalhar caso haja trânsito de frutos contaminados, pois os esporos do fungo são resistentes no ambiente por meses”.

As áreas urbanas de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, por enquanto, são as únicas do Acre em que se registra a ocorrência da doença. Além desses municípios, contribuem também para a produção: Acrelândia, Rio Branco, Bujari e Senador Guiomard.

É importante combater a praga para evitar perdas de produção no estado. Foto: Idaf/Arquivo

Por decisão do Mapa, todo o estado está proibido de fazer o trânsito de materiais vegetais – frutos e plantas – hospedeiros da praga para outros estados do Brasil.

Entre as medidas adotadas de controle da doença estão a podagem, a coleta de frutos e a aplicação de dessecantes em plantas contaminadas. Essas ações já estão em desenvolvimento, e o Acre permanece como um estado “em quarentena” até que sejam concluídas as medidas de prevenção e erradicação da praga, previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri do Mapa.

A chefe do Departamento Tático de Defesa e Inspeção Vegetal do Idaf, Ligiane Amorim, destaca a importância de combater a doença: “Estamos vivenciando a safra do cupuaçu, um momento ideal para a definição das ações de combate à doença. Vamos realizar a supressão da produção, ou seja, diminuir drasticamente a quantidade de hospedeiros próximos às áreas dos focos, para que o fungo não tenha como se alimentar, se reproduzir e se disseminar pelo restante do estado”.

Ligiane ressalta ainda que, como medida de controle e extermínio da praga, o Idaf  busca manter a população ciente do problema, para evitar maior contaminação. É possível identificar a monilíase por meio da presença intensa de esporos de coloração branco-cremosa sobre a superfície de frutos maduros e, ou mumificados, e também pela ocorrência de frutos com mancha cor de café, com deformações ou manchas verdes. O fungo causa lesões no interior do fruto, e progride para a parte externa, o que ocasiona manchas, necrose e a formação de um pó branco.

O Idaf vem intensificando as ações de educação sanitária como forma de esclarecer à população o problema, e impedir o avanço do fungo no estado. Essas atividades são desenvolvidas com a elaboração de materiais informativos, como folhetos, cartazes, cartilhas, vídeos e spots, além de treinamentos e palestras.

“Com a ajuda e a contribuição da população, fazendo a notificação da doença nas áreas de foco, podemos vencer e erradicar essa doença”, adverte Ligiane Amorim.

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Sesacre aponta números e ações que marcaram a saúde pública do Acre em 2025

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Foto: Reprodução

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) divulgou um balanço destacando números e ações que marcaram a saúde pública acreana ao longo de 2025. De acordo com os dados apresentados, o ano foi caracterizado pela ampliação do acesso aos serviços e pela interiorização dos atendimentos especializados.

Entre os principais resultados, a Sesacre informou a realização de mais de 27 mil atendimentos por meio do programa Saúde Itinerante, que levou serviços de saúde a municípios do interior do estado. Outro dado destacado foi a execução de mais de 12 mil cirurgias pelo programa Opera Acre.

O balanço também aponta a retomada de centros cirúrgicos, ampliação da oferta de exames, fortalecimento da rede hospitalar e avanços considerados históricos na área da oncologia. Segundo a secretaria, houve ainda recorde de atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ao longo do ano.

A Sesacre mencionou, ainda, a implantação de programas voltados ao atendimento de urgência e à redução da mortalidade, como o Conecta Coração e o AVC – Segundos Importam, voltados para situações críticas em que o tempo de resposta é determinante.

Os dados foram divulgados em um vídeo publicado nas redes sociais da secretaria, que apresenta um resumo das ações realizadas em 2025 e projeta a continuidade das iniciativas para o próximo ano.

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Nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros após fortes chuvas na capita

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Foto: David Medeiros

As fortes chuvas que atingem Rio Branco nas últimas horas provocaram alagamentos em diversos pontos da cidade e elevaram rapidamente o nível do Rio Acre. Entre as áreas mais afetadas estão a Estrada do Calafate, a região da Igreja da Pista do Poço e a Baixada da Sobral, especialmente nos bairros Boa União e Plácido de Castro, onde a água invadiu várias residências.

Durante acompanhamento ao vivo feito pela equipe, foi constatado que, apesar de uma breve trégua na chuva, o volume de água nos rios segue aumentando. Imagens mostram que o nível do Rio Acre se aproxima dos 11 metros e continua em elevação, embora, até o momento, a Defesa Civil Municipal ainda não tenha divulgado boletim oficial atualizado.

Na região da Ponte Metálica, a força da correnteza chamou atenção pelo grande volume de balseiros descendo pelo rio, indicando que a chuva atingiu toda a bacia hidrográfica.

Mesmo diante da situação de risco, moradores dos dois lados do rio aproveitaram a cheia para pescar. Durante a transmissão, duas pescadoras foram flagradas capturando peixes da espécie pintado. Segundo elas, apesar de alguns peixes serem pequenos, a pescaria rendeu o suficiente “para garantir o caldo”.

Outro episódio inusitado chamou a atenção durante a cobertura. Um homem foi visto dormindo sobre um dos pilares da Ponte Metálica, próximo à marca de medição do Rio Acre, onde há registro histórico de até 16 metros. Mesmo com o fluxo intenso de veículos sobre a ponte, o homem permaneceu dormindo tranquilamente, despertando surpresa entre os que acompanhavam a transmissão.

A equipe segue monitorando, em tempo real, os pontos de alagamento pela capital acreana. Novas informações sobre o nível do Rio Acre e ações da Defesa Civil devem ser divulgadas a qualquer momento.

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Governo do Acre entra em alerta total com monitoramento de rios e auxílio a famílias

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Foto: José Caminha/Secom

O governo do Estado do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), emitiu um alerta sobre a intensificação do período chuvoso na região. Nas últimas 24 horas, o volume de precipitação causou uma elevação rápida no nível dos principais mananciais.

Em Rio Branco, o Rio Acre registrou uma elevação rápida, de quase três metros nas últimas 24 horas mobilizando equipes de socorro para prestar assistência imediata às famílias atingidas.

De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, a bacia do Rio Acre vem sendo monitorada, pois o nível das águas está subindo.

“Esta é uma subida muito rápida, provocada pela grande quantidade de chuvas em toda a calha do Rio Acre, desde Assis Brasil até a capital, passando por Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e a área rural de Capixaba”, explicou o Coronel.

Além do Rio Acre, a bacia do Rio Tarauacá também registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de atenção.

Foto: José Caminha/Secom

A preocupação das autoridades não se restringe apenas aos grandes rios. O monitoramento foi estendido aos igarapés que cortam a capital, que costumam transbordar rapidamente e atingir áreas povoadas.

Enquanto as equipes técnicas monitoram os níveis, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Acre vem ajudando moradores como o senhor José Garcia Rodrigues, de 65 anos, que reside em uma área de risco há oito anos.

“A alagação já chegou. Agora vou tirar minhas coisas para levar para a casa da minha filha. Quando a água baixar, eu volto”, conta o aposentado.

Mesmo enfrentando problemas de saúde, ele destaca a importância do apoio que recebe: “Falei com os bombeiros e eles vieram ajudar. Todo ano a gente vai para o Parque de Exposições. Eles carregam as coisas para nós e a gente ajuda como pode”.

O Cel. Batista reforçou que a integração entre o Estado, as prefeituras e o Corpo de Bombeiros é total. O objetivo é garantir que os planos de contingência sejam executados com rapidez caso o nível dos rios atinja a cota de transbordo.

“O Estado está em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais. Estamos preparados para atender as populações que moram em áreas de risco e nas regiões mais impactadas”, garantiu o coordenador.

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