Acre
Governo do Acre quer redução do funcionamento de hidrelétricas em RO para evitar isolamento
Informação foi confirmada pela governadora em exercício Nazareth Araújo. Estado solicitou ao governo federal e ANA emissão de um comando para que a Usina de Jirau faça vazante e regulação das águas do Rio Madeira.

Governo acreano garantiu que já está se mobilizando para evitar prejuízos de possível enchente e isolamento (Foto: Mariana Areias/Arquivo Pessoal )
O governo do Acre acredita que as hidrelétricas em Rondônia devem reduzir o funcionamento para evitar que o estado acreano volte a ficar isolado com a elevação do Rio Madeira. Em 2014, durante sua cheia histórica, o manancial cobriu trechos da BR-364 e deixou o Acre isolado via terrestre.
A governadora em exercício, Nazareth Araújo, informou que o estado solicitou ao governo federal e à Agência Nacional das Águas (ANA) a emissão de um comando para que a Usina de Jirau faça a vazante e regulação das águas do Rio Madeira.
“Queremos o mesmo tratamento do princípio federativo que garante a valoração e bem-estar da nossa população. Queremos regulação do sistema para que a oferta de energia não prejudique e nem isole o Acre”, disse Nazareth, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (12).
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Nazareth informou que após a enchente histórica do Madeira, em 2014, foi feito o acompanhamento, inclusive pelo Ministério Público Federal, e um estudo acerca da influência das usinas no alagamento.
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“A definição se havia ou não a influência das usinas foi um estudo posterior, inclusive, acompanhado pelo MPF, em Rondônia, para saber se havia ou não influência naquele alagamento do funcionamento do Jirau, o que hoje, infelizmente, ou felizmente, nós já não temos mais essa dúvida”, afirmou a governadora.
A governadora em exercício afirmou ainda que o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), assinou com ela um documento que pede à Presidência da República, em caráter prioritário, uma atenção sobre a situação que os estados vivem atualmente.
Nazareth falou ainda que há uma grande mobilização na Comissão Estadual de Risco para se preparar para um cenário crítico.

Durante cheia histórica, em 2014, Rio Madeira chegou a inutar trechos da BR-364 e isolou o Acre via terrestre (Foto: Pedro Devani/Arquivo pessoal)
Cheia histórica do Madeira e isolamento do Acre
Em 2014, o Rio Madeira registrou sua cheia história, ultrapassando os 19 metros. Por isso, o Acre ficou isolado via terrestre, uma vez que a BR-364 foi inundada. Em abril daquele ano, o governo acreano chegou a decretar calamidade pública.
Na época, os acreanos enfrentaram o racionamento de diversos alimentos nas prateleiras, além de gás de cozinha e combustíveis, o que gerou grandes filas de veículos nos postos. O Estado foi obrigado aimportar alimentos, insumos e outros do Peru por meio da Estrada do Pacífico.
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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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