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Governo do Acre entrega mais de 600 títulos definitivos em Rio Branco e lança programa Minha Terra de Papel Passado
A espera por um título definitivo de propriedade chegou ao fim para 671 famílias de 22 bairros de Rio Branco. Nesta sexta-feira, 3, o governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), realizou a entrega dos documentos aos moradores e fez ainda o lançamento programa Minha Terra de Papel Passado.

Governo do Estado fez a entrega de 671 títulos definitivos de propriedade nesta sexta. Evento também foi marcado pelo lançamento do Programa Minha Terra de Papel Passado. Foto: Marcos Vicentti/Secom
A regularização fundiária urbana avançou muito na gestão do governador Gladson Cameli. Presente ao evento realizado na Escola Estadual Pedro Martinello, no bairro Montanhês, o chefe do Poder Executivo reafirmou o compromisso de continuar trabalhando para que mais pessoas tenham acesso ao título definitivo.
“Isso é cidadania, e temos procurado desburocratizar a emissão desses documentos, para que o nosso povo seja beneficiado. A partir de hoje, quase 700 famílias são de fato e de direito proprietárias de seus imóveis”, afirmou.

A regularização fundiária urbana tem avançado na gestão do governador Gladson Cameli. Foto: Marcos Vicentti/Secom
Além de contribuir com a prefeitura na gestão ambiental da cidade, por meio da identificação do titular de direito dos lotes, e na arrecadação, por meio do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a regularização possibilita ainda a inclusão dessas famílias em programas de acesso a crédito para melhoramento de moradias. Somente nesta ação, o Estado investiu mais de R$ 1,2 milhão.
“A política pública de regularização fundiária é um compromisso do governo do Estado com as famílias acreanas. Tenho certeza de que muitos outros títulos definitivos serão entregues nos próximos anos”, afirmou a vice-governadora Mailza.

Dona Francisca de Mesquita foi uma das contempladas com o documento. A aposentada recebeu o título definitivo das mãos do governador Gladson Cameli. Foto: Marcos Vicentti/Secom
Uma das contempladas com o documento foi Francisca de Mesquita. Moradora do Montanhês há duas décadas, a aposentada comemorou. “Eu esperava há muito tempo por esse título. Graças a Deus, consegui receber e estou muito feliz”, disse.
Minha Terra de Papel Passado
Dando continuidade à regularização dos imóveis urbanos, o governo estadual também lançou, durante o evento, o programa Minha Terra de Papel Passado, que, de acordo com a presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, alcançará famílias de todos os municípios acreanos.

De acordo com a presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, três mil títulos definitivos serão entregues nos cem primeiros dias de governo. Foto: Marcos Vicentti/Secom
“A nossa meta inicial nesses cem primeiros dias de governo é fazer a entrega de três mil títulos definitivos. Conforme nos orientou o governador Gladson Cameli, vamos trabalhar muito para atender a necessidade da população”, frisou.
A cerimônia contou com a participação do secretário de Governo, Alysson Bestene; do secretário de Saúde, Pedro Pascoal; do presidente do Tribunal de Justiça em exercício, desembargador Luís Camolez; dos senadores Alan Rick e Marcio Bittar; dos deputados federais Eduardo Velloso e Ulysses Araújo; dos deputados estaduais Afonso Fernandes, André Vale, Fagner Calegário, Manoel Moraes e Michelle Melo; e do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom; entre outras autoridades.
- Foto: Marcos Vicentti/Secom
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Policial penal é condenado a 19 anos e 10 meses de prisão por homicídio em Rio Branco
Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto perdeu o cargo público e deverá cumprir pena em regime fechado; defesa anunciou que vai recorrer.
O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato do jovem Wesley Santos. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (17) pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.
Além do homicídio, o réu também foi responsabilizado pelos crimes de lesão corporal e importunação sexual contra Rita de Cássia. O juiz Ricardo Wagner determinou o imediato cumprimento da pena em regime fechado e a perda do cargo público do condenado.
O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho de 2025, durante uma briga no Parque de Exposições. A defesa, representada pelo advogado Wellington Santos, já adiantou que irá recorrer da decisão.

O policial penal Raimundo Nonato foi condenado a 19 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Wesley Santos da Silva
Relembre o caso
O crime aconteceu em agosto deste ano durante a última noite da Expoacre. Após ouvirem os tiros, policiais militares que estavam no Parque de Exposições dirigiram-se ao local para atender à ocorrência. Ambas as vítimas receberam atendimento médico; entretanto, o homem não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito.
Durante audiência de custódia realizada no dia seguinte ao crime, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. Contudo, a decisão proferida na época resultou na concessão de liberdade provisória ao acusado.
O MPAC recorreu e obteve em segunda instância a decisão favorável para o policial penal responder ao processo em prisão preventiva. O recurso foi assinado pelo promotor de Justiça substituto Lucas Bruno Iwakami. Também atuaram no processo, a procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo e o promotor de Justiça Carlos Pescador.
O policial penal Raimundo Nonato Veloso se apresentou em uma delegacia. Logo depois foi encaminhado para uma cela do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE).
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Quadrilha Espalha Brasa recebe título de Patrimônio Histórico Cultural do Acre
Em uma noite marcada por emoção e reconhecimento, a quadrilha junina Espalha Brasa recebeu oficialmente, nesta quarta-feira (18), o título de Patrimônio Histórico Cultural do Estado do Acre. A honraria foi entregue pelo deputado estadual Pedro Longo, em cerimônia realizada em Epitaciolândia, que contou com a presença do prefeito Sérgio Lopes, além de amigos, artistas e brincantes das juninas do Alto Acre.
O reconhecimento coroa a trajetória de uma das quadrilhas mais antigas da região, fundada em 2004 por Flabe Junior Coimbra, Roniere Almeida e Luiz Carlos Nunes, que desde o início assumiu a missão de valorizar as tradições juninas e fortalecer a cultura popular nordestina em Brasiléia e em todo o Alto Acre.
Ao longo de seus 20 anos de história, a Espalha Brasa esteve presente em festivais emblemáticos, como os arraiais de Brasiléia, do Alto Acre e o consagrado Arraial Cultural de Rio Branco, além de levar sua alegria a municípios vizinhos e até mesmo à cidade de Cobija, na Bolívia. Um dos momentos marcantes foi o prêmio de Melhor Ator em Destaque, conquistado por Luiz Carlos Nunes no tradicional casamento junino – símbolo do talento e da dedicação de seus brincantes.
Nos últimos anos, o grupo vem passando por um processo de resgate e fortalecimento, apoiado por leis de incentivo do Governo do Estado e do Governo Federal, como a PNAB, além da mobilização de amigos, artistas, brincantes e fundadores. A quadrilha também conta com o suporte da Associação de Arte e Cultura do Alto Acre e da ex-brincante e produtora cultural Enage Peres, que iniciou na junina em 2010 e desde então tem se dedicado a manter a memória e a identidade do movimento.
Atualmente, a Espalha Brasa é coordenada por Nizo Filho, que conduz o processo de revitalização junto a alunos da rede pública de ensino de Brasiléia, envolvendo jovens e garantindo a continuidade dessa tradição cultural para as novas gerações.
O título entregue à Espalha Brasa se soma a outras duas juninas do Alto Acre a Quadrilha Tradição e a Quadrilha Luar do Alto Acre que também foram reconhecidas como Patrimônio Histórico Cultural do Acre. Juntas, essas expressões artísticas representam a força da cultura junina da fronteira, reafirmando o papel das quadrilhas como espaços de identidade, pertencimento e resistência cultural.
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Animais e carga de ovos retidos em Assis Brasil a quase duas semanas mostra descaso do governo federal
Falta de fiscais do MAPA ameaça vida de lhamas e alpacas, além de inviabilizar exportação de ovos fecundados
A cidade de Assis Brasil, na tríplice fronteira do Acre, enfrenta uma grave situação envolvendo a retenção de animais vivos e cargas alimentícias há quase duas semanas. A burocracia e a falta de fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) podem resultar em prejuízos superiores a R$ 300 mil para pequenos empresários da região.
Segundo relatos, 12 lhamas e alpacas estão confinadas em uma carreta há cerca de 15 dias, em condições precárias, sem espaço adequado e expostas a fezes, urina e vermes. O atraso na liberação dos documentos necessários para exportação ameaça a sobrevivência dos animais.

Animais estão convivendo em um espaço inadequado entre fezes, urina e tapurus.
No mesmo posto fiscal, permanece parada uma carga de ovos fecundados avaliada em aproximadamente US$ 25 mil (R$ 160 mil). O empresário Pablo Cardoso, que atua no setor de importação e exportação, afirma possuir toda a documentação exigida, incluindo a Guia de Trânsito Animal (GTA), mas foi informado de que a liberação só poderia ocorrer por via aérea — medida considerada inviável devido aos altos custos.

Caminhões com cargas de ovos fecundados, considerados cargas vivas estão impedidos de passar para o Peru por falta de fiscais do MAPA.
De acordo com Cardoso, a liberação depende da presença de um fiscal do MAPA, que teria de se deslocar de Alvorada do Oeste (RO) até Assis Brasil. Ele acrescenta que em Rio Branco, a 330 km da fronteira, há servidores do órgão que poderiam realizar o serviço, mas não houve designação até o momento.

Caminhões com cargas de ovos fecundados, considerados cargas vivas estão impedidos de passar para o Peru por falta de fiscais do MAPA.
A situação, que pode levar à morte dos animais e à perda da carga de ovos, foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF), que foi acionado para intervir com urgência.
Enquanto isso, os empresários e produtores locais alertam para os impactos econômicos e denunciam os riscos de maus-tratos aos animais em razão da demora na liberação.
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