Cotidiano
Governo do Acre anuncia participação na COP 29, no Azerbaijão: ‘apresentar projetos para preservação das nossas florestas’
Gladson Cameli anunciou nesta quinta-feira (7) através de suas redes sociais que uma comitiva deve participar do evento, que inicia na próxima segunda-feira (11).

Governador participa junto com sua comitiva da COP 29, no Azerbaijão. Foto: Marcos Vicentti/Secom
Por Hellen Monteiro, g1 AC/Rio Branco
O governador do Acre, Gladson Cameli, confirmou nesta quinta-feira (7), através de suas redes sociais que participará da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) de 2024 acontecerá de 11 a 24 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão.
Gladson lembrou que desde 2019, o Acre tem se esforçado para diminuir seus índices de desmatamento e queimadas no estado. “Por isso iremos prestar contas das ações executadas e apresentar projetos para o avanço da preservação das nossas florestas. Estamos confiantes no trabalho que estamos executando e prontos para novos desafios que precisamos vencer”, declarou governador.
O governador mencionou ainda sobre os eventos climáticos severos, como enchentes e mais recentemente a seca severa que o estado tem sofrido.
“Então nesse cenário, tudo indica que o mundo entrará num período de aquecimento global até o final desta década. Por isso, o principal tema a ser debatido na COP 29 é a definição de uma nova meta de financiamentos de ações contra a mudança do clima”, afirma ele.
Participação do Acre
A comitiva, liderada pelo governador será composta pelo secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, a secretária de Povos Indígenas, Francisca Arara, o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Jaksilande Araújo e a coordenadora do Programa REM Acre na Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Marta Azevedo.
Também irão ao evento o secretário de Turismo e Empreendedorismo, Marcelo Messias, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC), Charles Santos, a secretária de Comunicação, Nayara Lessa e o coordenador da Casa Civil, Ítalo Medeiros.
Com o tema Acre+ resiliente na COP29, a comitiva abre sua participação no painel que irá tratar sobre financiamento climático e sistema de REDD+ Jurisdicional, no espaço do Consórcio Interestadual Amazônia Legal (CAL), na terça-feira (12).
O painel apresentará a capacidade do Estado em captar e executar recursos nacionais e internacionais para o financiamento climático. O Acre é reconhecido como referência, por já ter firmado cooperação internacional com a Alemanha e o Reino Unido para implementação do Programa REM, em execução desde 2012.
Ao longo da programação, a comitiva também foi convidada a integrar o painel “Amazônia solução climática: mecanismos financeiros para catalisar um futuro sustentável”, em que serão debatidos os caminhos para o financiamento e estratégias para a Amazônia.
Outra importante participação será no painel sobre mudanças climáticas e estratégias de enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas. O governador Gladson Cameli apresentou ao governo federal, no primeiro semestre de 2024, o Plano Emergencial de Adequação às Mudanças Climáticas.
A iniciativa, pioneira entre os estados brasileiros, prevê uma série de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas, que têm causado enchentes e secas severas no estado, ameaçando vidas e destruindo infraestruturas urbanas e rurais.

COP29 inicia na segunda-feira (11), no Azerbaijão. Foto: REUTERS/Aziz Karimov
COP 29
A COP29 é 29ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.
A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer “Conferência das Partes”, uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU no início da década de 1990.
O tratado, chamado de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático da Terra, cada vez mais evidente nos últimos meses.
Esse ano, por exemplo, pela 1ª vez, foi confirmado que o aumento da temperatura global ultrapassou 1,5 ºC ao longo de um ano inteiro (o período de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024).
Aliado a isso, segundo o observatório europeu Copernicus, o mundo vem batendo recordes de calor com uma frequência cada vez maior.

Com o tema Acre+ resiliente na COP29, a comitiva abre sua participação no painel que irá tratar sobre financiamento climático e sistema de REDD+ Jurisdicional, no espaço do Consórcio Interestadual Amazônia Legal (CAL)
Comentários
Cotidiano
Ministério Público investiga crime racismo contra jogador do Galvez

Foto: Reprodução
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, investiga o caso de racismo contra um jogador do Galvez Esporte Clube.
O episódio foi registrado durante a partida contra o Santa Cruz na última terça-feira, 17, pelo Campeonato Acreano Sub-20, no Estádio Florestão em Rio Branco.
Segundo a Diretoria do Galvez, Erick Rodrigues da Silva sofreu ataques racistas praticados por um jogador do time rival, o que foi registrado pelo árbitro na súmula oficial do jogo.
A Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania instaurou um procedimento investigatório criminal e expediu ofício à Polícia Civil solicitando informações sobre o caso, entre outras providências.
No decorrer da investigação, o MPAC pretender reunir elementos de provas para que, sendo comprovado o crime de racismo, sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis.
Agência de Notícias do MPAC
Comentários
Cotidiano
Iapen tenta capturar presos que fugiram do Complexo Penitenciário de Rio Branco

Foto: Zayra Amorim/Iapen
O governo do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), divulgou nesta quinta-feira, 19, uma nota pública sobre as medidas adotadas para recapturar os nove presos que escaparam do Complexo Penitenciário de Rio Branco nas primeiras horas da manhã. Os presos pertenciam à ala do pavilhão P.
De acordo com o presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, todas as forças de segurança do Estado estão mobilizadas nas buscas. A Polícia Penal lidera a operação, com apoio das demais instituições da Segurança Pública. Além das ações em solo, uma aeronave também está sendo empregada para auxiliar na localização dos foragidos.
A lista com os nomes dos presos foragidos foi oficialmente divulgada pelo Iapen. São eles: Arthur Carvalho Gomes, Carlos Vitor de Castro Cardoso, Davi Castro de Souza, Francisco Guimarães Santana, Geovane Costa Almeida, Isaquiel Martins de Souza, Johnatan Silva Magalhães, Natanael do Nascimento Salgueiro e Ozeias Paulo Germana Ferreira.
NOTA PÚBLICA:
O governo do Estado, por meio do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), informa que foi identificada a fuga de nove presos do pavilhão P da Divisão de Estabelecimento Penal de Recolhimento Provisório, no Complexo Penitenciário de Rio Branco, por volta de 6h da manhã, nesta quinta-feira, 19.
Estão foragidos:
Arthur Carvalho Gomes
Carlos Vitor de Castro Cardoso
Davi Castro de Souza
Francisco Guimarães Santana
Geovane Costa Almeida
Isaquiel Martins de Souza
Johnatan Silva Magalhães
Natanael do Nascimento Salgueiro
Ozeias Paulo Germana Ferreira
A Polícia Penal, bem como as demais forças de segurança, vem empregando todos os esforços na tentativa de realizar a captura dos foragidos, inclusive com emprego de aeronave.
Marcos Frank Costa
Presidente do Iapen
Comentários
Cotidiano
Mortes de trabalhadores em caixa d’água durante manutenção em condomínio são investigadas pelo MPT
Superintendente do MPT, Leonardo Lani, disse que já foi solicitada à chefia dos auditores fiscais uma ordem de serviço de investigação de acidente de trabalho para apurar se houve negligência por parte da empresa

Ruan Roger e Diony Magalhães morreram ao fazerem manutenção em caixa d’água em Rio Branco. Foto: Arquivo pessoal
O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um procedimento investigatório para apurar se houve negligência nas mortes de dois trabalhadores na caixa d’água do Condomínio Via Parque, em Rio Branco, na última quinta-feira (12).
O órgão informou que a apuração ‘está em fase inicial com foco na análise das circunstâncias do fato e na determinação da responsabilidade jurídica dos envolvidos’. A reportagem tentou contato com a Empresa Pimentel Engenharia, a qual os trabalhadores prestavam serviço, mas até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.
Ruan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22, morreram de asfixia seguida de afogamento no reservatório. José Coutinho sobreviveu ao acidente e contou à Rede Amazônica Acre como conseguiu sair do tanque.
O superintendente destacou ainda que, de acordo com a lei, toda empresa deve fazer uma avaliação preliminar de riscos e, em caso de identificação de alguma irregularidade, deve providenciar um Programa de Gerenciamento de Riscos, elaborado por um profissional da área de saúde e segurança do trabalho.
“No caso do acidente no condomínio, deveriam ter sido observados especialmente duas normas regulamentadoras: a NR-33, que trata de trabalho em espaços confinados, e a NR-35, sobre trabalho em altura”, explicou.
Trabalhadores não usavam EPI
O pintor que sobreviveu ao acidente, José Coutinho, confirmou que eles estavam sem Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento do acidente. De acordo com ele, a suspensão do uso se deu por conta das más condições do material entregue.
O major do Corpo de Bombeiros, Dyego Vieira, que ajudou no resgate aos corpos, relatou que as vítimas não usavam EPI dentro do reservatório.
“Não tinham os equipamentos necessários, inclusive, de proteção individual. Vale ressaltar aqui que é de extrema importância. Não identificamos no local o uso desses equipamentos, as vítimas não estavam usando o equipamento de proteção respiratória”, disse.

José contou como acidente aconteceu. Foto: Reprodução
Empresa contestou versão
A Empresa Pimentel Engenharia, que prestava o serviço para o condomínio,havia afirmado que foram fornecidos aos trabalhadores todos os equipamentos de segurança. A empresa disse também que havia um engenheiro fiscal presente na obra e que os trabalhadores foram devidamente orientados.
Sobre a informação dada pelo trabalhador sobrevivente de que os equipamentos estavam em más condições, a empresa nega e disse que os equipamentos passavam por manutenção regular.
Você precisa fazer login para comentar.