Acre
Governo atrasa início de obras para construção de UPA em Epitaciolândia
Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) no valor de R$ 2,2 milhões está com dois anos de atraso e parte do dinheiro já foi liberado para o Estado desde 2013

Governador do Acre, Sebastião Viana (PT), já deveria ter assinado ordem de serviço para início das obras desde 2013 – Foto: internet
Alexandre Lima, de Brasiléia/Acre
Uma Portaria do Ministério da Saúde, sob o número 342/GM/MS, do mês de março de 2013, dão conta da liberação do processo de seleção dos municípios para que dessem início do cadastro e consequentemente, a construção e ampliação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nas respectivas cidades.
Na época, o estado do Acre foi selecionado com dois municípios, Rio Branco e Epitaciolândia. Sendo que a Capital construiu todas as unidades possíveis em vários bairros, onde está beneficiando centenas de munícipes com atendimento aprazível em várias áreas da saúde diariamente.
Nos seus 23 anos de emancipação, os epitaciolandenses nasceram na cidade vizinha de Brasiléia. Fato esse que gera revolta entre os moradores por não ter um local para levar suas gestantes, a não ser, o velho e sucateado hospital Raimundo Chaar.
O hospital regional que já deveria ter sido construído em Brasileia e estar funcionando, está ao menos com dois anos de atraso na sua construção e poderá custar mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos, sem uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), fazendo com que os pacientes com traumas graves sejam levados à capital continuamente.
A cidade de Epitaciolândia em questão, foi agraciada com o valor de R$ 2,2 milhões para que fosse construída uma UPA em Março de 2013. Sendo que a primeira parcela de R$ 220 mil reais já foi liberada para o Governo do Estado e nada ainda foi feito.
Importante lembrar que o Município já disponibilizou uma área sem ônus para que fosse construído a unidade de Saúde tão desejada . Caso não seja dada o início das obras, o dinheiro terá que ser devolvido e Epitaciolândia continuará sem sua UPA.
A exemplo da cidade vizinha de Brasiléia, o Governo do Acre deixou voltar quase R$ 1,5 milhões de reais para que fossem erguido a Biblioteca, além da reforma e ampliação do Parque Centenário, levando a crer que o governo do Estado não liga para as cidades que perdeu nas últimas eleições municipais e tem virado às costas.
Em conversa com assessoria da Secretaria de Saúde do Estado, disse que a obra da UPA ainda está dentro do prazo, podendo ser iniciada até o final do ano corrente. Confirmou que o município concedeu a concessão do terreno mas, não enviou os documentos oficializando a entrega.

Obra avaliada em R$ 2,2 milhões, já teve R$ 220 mil repassados para o Estado para que desse início dos trabalhos em 2013.
Direito de Nascer – Em abril de 2013, a ex-secretária de Saúde, Suely Melo, anunciou a construção da UPA com uma Maternidade e assegurou que toda documentação necessária para dar início a licitação e assinatura da ordem de serviço, seria feita “nos próximos dias”.
Por falta de vagas no Cemitério os munícipes de Brasileia são sepultados em Epitaciolândia, e por falta de uma maternidade, os munícipes de Epitaciolândia nascem em Brasileia.
Se em Cruzeiro do Sul as obras da UPA estão paralisadas há quase um ano, em Epitaciolândia, a situação ainda é mais vexatória.
Segundo o prefeito André Hassem, os recursos de R$ 2,2 milhões destinados à construção de uma Unidade de Pronto Atendimento no município podem voltar por falta da ordem de serviço que deveria ter sido dada pelo governo do estado.
“Será que o município de Epitaciolândia vai perder uma UPA por falta de uma ordem de serviço?”, questionou o prefeito durante encontro da AMAC, em Rio Branco.
Cruzeiro do Sul – A placa colocada do lado de fora da área onde está sendo construída a UPA – nas proximidades do Porto do Buraco – informa que “não há vagas”, e não há mesmo, o canteiro não ver empregados desde agosto do ano passado. Desde que a empresa decretou falência, vem servindo de abrigos para marginais e até para o tráfico de drogas.
No dia em que anunciou os investimentos, o governador Sebastião Viana garantiu que a Unidade ficaria pronta com a capacidade de fazer pequenas cirurgias e atender estrategicamente 500 pessoas por dia, dos bairros Várzea, Telégrafo, Remanso, Cobal e Miritizal.
Colaboração: ac24horas.com
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Aleac vota nesta quarta-feira Orçamento de 2026, estimado em R$ 13,8 bilhões
Projeto representa aumento de 13,63% em relação a 2025 e será apreciado em sessão que encerra o ano legislativo; dezenas de outras matérias também estão na pauta

LOA de 2026 e dezenas de projetos serão votados na reta final de trabalhos na Aleac. Foto: captada
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) encerra suas atividades de 2025 nesta quarta-feira (17) com a votação de dezenas de projetos, entre eles a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, estimada em R$ 13,8 bilhões – aumento de 13,63% em relação ao ano anterior. Do total, R$ 9,3 bilhões são de recursos próprios do estado e R$ 4,4 bilhões vêm de outras fontes.
A LOA será analisada exclusivamente pela Comissão de Orçamento e Finanças antes de seguir para o plenário. Os projetos foram encaminhados às comissões conjuntas nesta terça-feira (16) e devem ser votados em sessão única, marcando o fim do ano legislativo na Casa.
Detalhes do orçamento 2026
- Total: R$ 13,8 bilhões
- Aumento: 13,63% em relação a 2025
- Recursos próprios: R$ 9,3 bilhões
- Outras fontes: R$ 4,4 bilhões
Tramitação
- Encaminhamento: Projetos vão às comissões nesta terça-feira (16)
- LOA: Apreciação exclusiva pela Comissão de Orçamento e Finanças (COF)
- Votação final: Todos os projetos devem ser votados na quarta-feira (17)
A sessão final do ano é crucial para garantir a continuidade de serviços públicos em 2026, especialmente em ano pré-eleitoral. A aprovação da LOA dentro do prazo é essencial para evitar contingenciamentos e garantir planejamento adequado das ações governamentais no próximo ano.

O deputado Tadeu Hassem, presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), conduziu a audiência pública que discutiu a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 na Assembleia Legislativa do Acre. Foto: captada
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Brasiléia recebe carreta do Agora Tem Especialistas com atendimentos de ginecologia e mastologia até sexta-feira
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral

Secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou fortalecimento da saúde da mulher. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
Para reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso da população ao atendimento especializado, a carreta do programa Agora Tem Especialistas chega a Brasileia por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em parceria com Ministério da Saúde e os Municípios da Regional do Alto Acre.
A cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã de segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, local onde a carreta realizará atendimentos até sexta-feira, 19, retornando em 6 de janeiro e seguindo até o dia 30 do mesmo mês.
Durante a abertura, a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou que a ação fortalece o cuidado com a saúde da mulher e garante a presença de especialistas mais próximos da população. “Essa carreta representa um avanço importante, porque leva atendimento especializado em saúde da mulher para Brasileia e também para os municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Assis Brasil. É uma iniciativa que reduz a espera por exames e aproxima o serviço de quem mais precisa”, afirmou.
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral. Apenas pacientes que já estavam cadastradas e foram pré-agendadas pela Regulação Estadual de Saúde serão atendidas no local.

Cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã desta segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
A coordenadora do grupo condutor do Estado e do programa Agora Tem Especialistas, Érika Oliveira, ressaltou que a iniciativa assegura atendimento digno e oportuno às mulheres da região. “Evitando deslocamentos até a capital, levamos a saúde até a população, garantindo acesso no tempo certo e de acordo com o que é preconizado pela política pública do SUS”, destacou.
Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco, instituição parceira do projeto, para que o tratamento tenha início de forma rápida e segura.
Para o secretário municipal de Saúde de Xapuri, Daniel Lima, a iniciativa representa um ganho concreto para os municípios mais distantes da capital. “Xapuri está a cerca de 200 quilômetros de Rio Branco, e esse deslocamento gera custos e desgaste, principalmente para os pacientes. Quando o atendimento especializado passa a ser ofertado na própria regional, o acesso se torna mais fácil e mais humano. Essa ação garante mais comodidade, reduz barreiras e fortalece a assistência em saúde para a população do interior”, afirmou.
Moradora da zona rural de Brasileia e uma das pacientes atendidas pela carreta, Águeda Augusta Alves relatou a experiência de realizar os exames sem precisar se deslocar até a capital, destacando a facilidade do acesso e a importância da iniciativa para quem vive longe dos grandes centros.
“Antes, para fazer esses exames, eu precisava ir até Rio Branco, o que é cansativo e exige tempo, além da espera pelo resultado. Com a carreta aqui, tudo fica mais perto e mais viável para quem mora na zona rural. Fui orientada pela agente de saúde, fiz o agendamento e consegui realizar os exames com mais facilidade. Esse projeto ajuda principalmente quem mais precisa e permite que, se for identificado algum problema, o encaminhamento para o tratamento aconteça de forma mais rápida”, relatou.

Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
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Pedro Longo pede agilidade no pagamento de verbas rescisórias e reforça apelo por festas sem fogos barulhentos
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) usou a tribuna para registrar votos de pesar, cobrar maior celeridade no pagamento de verbas rescisórias a servidores provisórios e reforçar um apelo à população e aos órgãos públicos para que as festas de fim de ano sejam realizadas sem o uso de fogos com estampido.
No início do pronunciamento, o parlamentar manifestou solidariedade pelo falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, destacando a relevância política e o respeito que ele construiu ao longo da vida pública. “Nilson foi uma pessoa extremamente marcante na vida política de Sena Madureira, muito respeitado e admirado pela população, algo que ficou evidente no momento do velório e do sepultamento”, afirmou, ao estender condolências à família do ex-parlamentar.
Em seguida, Pedro Longo voltou a tratar da situação dos servidores provisórios que aguardam o pagamento das verbas rescisórias vinculadas ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). O deputado reconheceu o compromisso do governo com a quitação dos valores, mas alertou para a necessidade de mais agilidade no processo. “O pagamento está garantido, mas não está ocorrendo com a rapidez que gostaríamos. Essas famílias enfrentam um momento difícil e precisam desses recursos, especialmente neste período que antecede o Natal”, ressaltou, agradecendo o acompanhamento feito pelo secretário Luiz Calixto e pelo secretário adjunto Guilherme Duarte.
Encerrando sua fala, o parlamentar também fez um apelo à sociedade acreana e às administrações públicas para que evitem o uso de fogos com barulho durante as festividades de fim de ano. Segundo ele, a prática causa sofrimento a pessoas com transtorno do espectro autista, crianças, idosos, pessoas enfermas e animais. “Reitero o pedido para que o poder público não utilize e fiscalize a utilização desses fogos. É uma questão de respeito e sensibilidade com quem mais sofre nesse período”, concluiu.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale







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