Governo admite falta de remédio para tratamento do câncer no AC

Do ac24horas

A gerência do Hospital do Câncer do Acre admitiu depois de procurada pela reportagem de ac24horas que falta medicamento para os pacientes que fazem tratamento na unidade. São medicamentos como tamoxifeno, doxorrubicina, zometa.

A denúncia foi feita por um familiar de uma paciente do hospital, que pediu para não ter seu nome revelado. Além da falta de medicamentos, nesta quinta-feira a unidade estava sem médico para realizar atendimentos.

“Precisamos de ajuda, desculpe que tenho medo de me identificar e ser perseguida. O hospital do câncer está em situação grave, as quimioterapias acabaram, como tamoxífeno, doxorrubicina, zometa, carboplatina, hydreia, zoladex, entre muitas outras. Para piorar, nem morfina mais pros pacientes terminais em comprimido tem lá. Hoje à tarde (quinta-feira à tarde, 13 de novembro) nem médico de plantão na emergência tem, e pacientes com falta de ar graves estão internados lá”, diz a denunciante.

A gerente do Hospital do Câncer, Natalia Ayres, disse que a culpa é da empresa fornecedora de medicamentos, que atrasou a entrega. Ela garante que a unidade estará abastecida já na próxima semana.

“Foram problemas com fornecedores. A gente tava com as ordens de empenho, com dificuldades de abastecimento, de entrega e que já foram corrigidas. Mas na próxima semana o fornecedor já garantiu a entrega. A gente vai tá com o abastecimento garantido na próxima semana. E, obviamente, assim que chegar o medicamento os pacientes serão contactados”, disse.

Sobre a falta de médico na tarde desta quinta-feira, 13, a gerente afirmou que o problema ocorreu porque o profissional adoeceu.

“Nós temos três plantões. O plantão da manhã termina às 13h. Houve um problema de saúde. O médico entrou com atestado médico e nós ficamos sem ninguém. E aí, obviamente, nós entramos em contato com toda equipe de médicos que nós temos vinculados no hospital pra ver quem poderia fazer o plantão. E aí às 14h30 já entrou um novo médico. Ficou um intervalo de tempo de 1h30. Nossos pacientes não ficaram desassistidos”.

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Publicado por
Alexandre Lima