O Governo do Acre divulgou nota oficial informando que vai acionar a Justiça para impedir que os médicos realizem paralisação programada para esta quarta-feira, dia 16 de março.
A nota lembra o período de surto de doenças tropicais como dengue, febre chikungunya e zika vírus e da importância do trabalho da classe médica nesse período.
A paralisação já havia sido anunciada pela Sindicato dos Médicos do Acre motivada por uma série de reivindicações não atendidas pelo Governo. Entre estas reinvindicações podem ser pontuadas: contratação de médicos, melhores condições de trabalho e reestruturação do Plano de Cargos, Carreira e Salário, convocação de profissionais aprovados em concurso público.
GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
Nota de Esclarecimento
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) considera a paralisação proposta pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) extemporânea e inconsequente, tendo em vista que o governo do Estado jamais se recusou negociar com a categoria.
A Sesacre esclarece que, no tocante às pautas discutidas em 2015, o governo acenou positivamente, tendo, inclusive, implementado alguns pontos reivindicados. Nas últimas semanas, a Sesacre manteve as negociações abertas, contudo, nas três vezes que foram agendadas reuniões com o sindicato, a direção desmarcou ou não compareceu.
É importante ressaltar que o país vive um momento epidemiológico delicado, diante dos surtos de dengue, chikungunya e zika vírus, precisando, portanto, do apoio e dedicação da classe médica e dos demais trabalhadores que atuam na área de saúde pública, a fim de garantir os serviços de que a população precisa e que lhes são assegurados pela Constituição.
Diante disso, a Secretaria de Saúde está recorrendo aos meios jurídicos, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, e entrando com mandado de segurança solicitando liminar para que seja assegurado que não haja prejuízos aos serviços prestados à população.
O governo do Estado acredita no bom senso por parte da direção do sindicato e que retorne ao diálogo, abandonando a postura radical e intransigente que assumiu nas últimas tentativas de negociação.
Por fim, a Sesacre frisa que está fazendo o possível e necessário para que não haja nenhum prejuízo aos cidadãos que usam os serviços públicos de saúde.
Gemil de Abreu Júnior
Secretário de Estado de Saúde