Pesquisador aponta que Acre pode sofrer forte seca em 2016

Fevereiro foi o mês mais quente desde 1880 

O morador do Acre deve se preparar para enfrentar o período mais quente de toda a história. Os seis próximos meses podem ser os mais secos já registrados afetando inclusive a floresta que ficará mais suscetível as queimadas.

O alerta é do professor e pesquisador Foster Brown, da Universidade Federal do Acre (Ufac).

O alerta é do professor e pesquisador Foster Brown, da Universidade Federal do Acre (Ufac). Junto com os dados do pesquisador vê as manchetes dos jornais mundiais. Nesta terça-feira (15) a NASA divulgou um dado onde 2015 foi o mais quente em 136 anos.

Com os mapas e índices de aquecimento global, Foster Brown, mostra que em janeiro de 2016 a temperatura aumentou e fevereiro bateu recorde, foi o mês mais quente da história desde 1880, quando começaram as pesquisas.

No mapa mundial a região onde fica o Ártico está marcada com tinta escura. Esse é o registro onde se concentra o maior aquecimento, chegando à diferença de 11 graus Celsius. O fenômeno vem provocando degelo e o consequente aumento do volume de água nos oceanos.

Nas Américas Latina e do Sul estamos com um grau mais quente que a média. Para a ONU, chegando aos dois graus enfrentaremos extremos problemas climáticos. “É preciso uma mudança de comportamento urgente para evitar o pior no futuro. Por enquanto sabemos que será um período de forte seca, onde o processo hídrico vai reduzir deixando a floresta e os rios mais secos”, explicou Brown.

Para o pesquisador o fenômeno El Niño, que leva as águas quentes do Pacífico para as Américas do Sul e do Norte é o responsável por parte do aquecimento. Mas, o grande vilão é a quantidade de gás carbônico jogado na atmosfera. As pesquisas apontam que a terra pode ter as maiores temperaturas já registradas e isso pode trazer fome e doenças.

Na Amazônia pode ocorrer o inesperado: uma grande seca de proporções inimagináveis. “As pesquisas apontam uma redução das chuvas entre 2015 e 2016 colocando o El Niño como responsável pela mudança climática. O que ainda pode salvar a Amazônia de uma seca histórica são as chuvas fora de período como ocorreu no ano passado, evitando que os rios baixassem mais ainda seus volumes” completou o pesquisador.

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Publicado por
Alexandre Lima