Aprovação dos projetos referentes à construção do anel viário do município de Brasileia, recuperação da BR-364 no trecho entre Rio Branco a Cruzeiro do Sul e construção da ponte sobre o rio Juruá, com acesso ao município de Rodrigues Alves – que integra a estrada que liga Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru, e que concretizará a saída do Brasil para o pacífico por aquela região. Estas foram algumas das reivindicações feitas pelo governador Gladson Cameli ao diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, general Antônio Santos Filho, em reunião realizada nesta terça-feira, 12, em Brasília.
Aprovação dos projetos referentes à construção do anel viário do município de Brasiléia e recuperação da BR 364 no trecho entre Rio Branco a Cruzeiro do Sul foram alguns dos assuntos discutidos Foto: Diego Gurgel/Secom
Gladson Cameli também aproveitou para antecipar pedido de apoio para a construção do viaduto em Rio Branco, na entrada da cidade, na área conhecida como Corrente, localizada na confluência entre as BRs 364 e 317, cujo anteprojeto, disse, será apresentado ao órgão em até 25 dias.
“Precisamos realizar essas obras que visam melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos acreanos e, ao mesmo tempo, geram emprego e renda que a nossa população tanto precisa”, disse o governador.
O governador reconheceu e agradeceu “o apoio do governo federal e em especial ao Dnit nos pleitos do Acre”, mas destacou a urgência nessas iniciativas. “Temos pressa porque o inverno amazônico é rigoroso e inviabiliza obras, nosso verão é curto e a logística é difícil”, disse.
Gladson Cameli também aproveitou para antecipar pedido de apoio para a construção do viaduto em Rio Branco Foto: Diego Gurgel/Secom
Pacífico
O diretor do Dnit garantiu apoio aos pedidos feitos pelo governador, afirmando que “os interesses são os mesmos” e adiantou que, em março, deverá ser publicado edital para licitação de projetos referentes às obras da estrada que ligará o município de Cruzeiro do Sul a Pucallpa, no Peru, incluindo a ponte sobre o rio Juruá, que dá acesso ao município de Rodrigues Alves.
O general lembrou, porém, que o Dnit tem recursos reduzidos e que precisa da garantia de recursos no orçamento com este objetivo. Conforme levantamento do órgão, por exemplo, a construção do anel viário de Brasileia e a ponte sobre o rio Juruá demandam R$ 5 milhões, cada.
Governador reconheceu e agradeceu “o apoio do governo federal e em especial ao Dnit nos pleitos do Acre”, mas destacou a urgência nessas iniciativas Foto: Diego Gurgel/Secom
O governador disse que já está se mobilizando junto à bancada federal acreana visando a garantia de recursos por meio de emendas parlamentares para estas obras, necessárias para o estado.
A reunião também contou com a participação de equipes do Dnit em Brasília e no Acre – por meio de videoconferência -, além do procurador-geral do Estado, João Paulo Setti, que reforçou os apelos do governador quanto à necessidade das obras e seus impactos positivos para a geração de emprego.
“O Acre localiza-se em região de fronteira, enfrenta problemas de tráfico de drogas e os empregos gerados com essas obras darão perspectivas melhores para a população”, disse o procurador no encontro, que também contou com a participação do assessor técnico da Representação do Governo do Acre em Brasília (Repac), Francisco Wellington Castelo de Souza.
Em 45 minutos, o Humaitá conseguiu bater o Rio Branco por 3 a 0 na tarde desta quinta, 25, no Florestão, e garantiu a vaga nas competições nacionais (Copa do Brasil e Brasileiro da Série D) na temporada de 2025. Aldair, Fabinho e Ewerthon marcaram os gols do Tourão.
Um atropelo
O Humaitá abriu o placar aos 4 minutos com um gol do meia Aldair e aos 20 Fabinho ampliou para 2 a 0.
O Tourão realizou uma partida equilibrada enquanto o Rio Branco se desmontava em campo com as saídas dos zagueiros Jackson e Saulo, ambos machucados.
Aos 43, Ewerthon acertou um belo chute para fechar o placar e confirmar a vitória.
A segunda etapa do confronto foi um “amistoso” com um Rio Branco derrotado em campo.
Fala, Kinho!
“Foi um primeiro semestre muito difícil, mas felizmente conseguimos deixar a equipe onde encontramos com o calendário na temporada de 2025. Vamos planejar a Série D e tentar realizar uma grande campanha no torneio nacional”, declarou o técnico do Humaitá, Kinho Brito.
Rio Branco indefinido
Depois da derrota, o elenco do Rio Branco viaja para Manaus, no Amazonas, nesta quinta, e estreia no Brasileiro da Série D contra o Manauara. Contudo, o planejamento para o torneio vai ser fechado somente no retorno da delegação do Amazonas.
Casos como este são comuns entre os moradores de Cruzeiro do Sul; Creas esclarece que não há punição
Uma mulher grávida de 7 meses, identificada como Jéssica, foi agredida por homem em situação de rua conhecido localmente como “dançarido”, em Cruzeiro do Sul, na última quarta-feira (24). O agressor abordou Jéssica no terminal rodoviário da cidade quando ela estava esperando um ônibus.
“Ele me pediu 1 real, mas eu disse que não tinha, então ele deu um soco forte na minha barriga”, relata Jéssica. Após a agressão, ela foi levada para a Maternidade de Cruzeiro do Sul, onde recebeu atendimento médico e realizou um ultrassom devido às dores. “Graças a Deus, está tudo bem com o bebê, já estou indo para casa”, disse ela.
Em 31 de agosto de 2021, a professora Graça Oliveira também foi agredida pelo mesmo homem com uma garrafa Pet de álcool. Ele jogou a garrafa em seu rosto, o que causou um corte no nariz e uma lesão no olho da professora, que precisou ser internada no Hospital do Juruá.
Em resposta aos incidentes, a coordenadora do Creas de Cruzeiro do Sul, Luana Lima Verde, esclareceu que o Creas não é responsável pela punição de pessoas em situação de rua, ainda que casos de violência sejam comuns envolvendo moradores da região.
“Nós realizamos o acompanhamento dessas pessoas e, quando elas aceitam e querem, nós as encaminhamos para as casas terapêuticas”, explica. O Creas orienta que vítimas de casos como este procurem a segurança pública e prestem um boletim de ocorrência com os dados do agressor.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Brasileia, com apoio do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), realizou, na última segunda-feira (23), uma reunião para discutir os desafios enfrentados pela população indígena em contexto urbano do município no acesso à educação.
O encontro foi conduzido pelo promotor de Justiça Juleandro Martins e contou com a participação da secretária Municipal de Educação, Francisca da Silva Oliveira, do secretário Municipal de Meio Ambiente, Valdemir da Silva, da liderança indígena Marilza Jaminawa, além de representantes da Secretaria Estadual de Educação e Secretaria de Assistência Social do Estado do Acre.
Durante a reunião, foram discutidos temas como o alto índice de evasão escolar, a distorção idade-série, adequação do ensino à cultura indígena e promoção da tolerância e respeito à diversidade entre os demais estudantes.
O promotor de Justiça destacou a importância do diálogo para a construção de soluções para os problemas enfrentados pelos indígenas. “Nosso objetivo foi discutir sobre os desafios e caminhos para o acesso e permanência na escola dos indígenas em contexto urbano, bem como monitorar as pactuações que foram feitas nas edições anteriores em relação aos eixos saúde e assistência social”, afirmou.
Entre os encaminhamentos, destacam-se a realização de ações de conscientização com familiares sobre a importância da escolarização, mapeamento das crianças que estão fora da escola e envio da lista de evasões ao MPAC, além de levantamento de alunos que tenham perfil para Educação de Jovens e Adultos (EJA).