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Governador recebe equipe que vai produzir documentário sobre Chico Mendes e desenvolver oficinas culturais no estado
Para a CEO, o estado acreano é extremamente rico e diverso, e vai contribuir muito com esse intercâmbio, mas também será beneficiado com todas as ações desenvolvidas ao longo deste ano.

O governador recebeu Joana e Candy, do Estúdio Escarlate, para alinhar apoio. Foto: Felipe Freire/Secom
O governador do Acre, Gladson Cameli, recebeu nesta sexta-feira, 20, a equipe do Estúdio Escarlate, que iniciou uma imersão no estado para a produção de um documentário, filme e atividades culturais, que devem se estender por mais de dois anos. Durante este período, o grupo vai qualificar artistas, gerar emprego e renda, além de produzir materiais audiovisuais sobre o líder seringueiro Chico Mendes.
Gladson Cameli colocou o Estado à disposição para atender tudo o que for necessário.
“Vamos agarrar essa oportunidade e mostrar o Acre, sem ligação com partido A ou B, mas contar a história pelo olhar daqueles que a viveram. Se sintam em casa e o que nós pudermos fazer para ajudar essa produção, vamos ajudar. Tenho o maior respeito pela história do nosso estado e a questão ambiental é uma agenda que estamos avançando e sendo referência mundial”, destacou.
No encontro, Joana Henning, CEO do grupo, listou todos os projetos que devem ser desenvolvidos no estado durante essa produção, enfatizando que o grupo não só faz a produção cinematográfica, como também deixa um legado no estado. Ao governador, ela destacou que o objetivo principal é fazer com que o Brasil e o mundo conheçam mais a história de Chico Mendes.
Todas essas atividades fazem parte da Plataforma Chico Vive, idealizada em 2024 pelo Estúdio Escarlate, pelos produtores associados Bruno Gagliasso e Jorge Paz, que viverá Chico Mendes no cinema, e o diretor Rafael Dragaud.
“Essa é uma plataforma que aposta na força do entretenimento para ações de impacto socioambiental relacionadas ao legado do Chico Mendes. Então, a gente tem como objetivo realizar diversos produtos, como um filme de ficção com distribuição no mundo, um documentário biográfico, prêmios de lideranças jovens, formação local de profissionais do Acre e cinema sustentável. Temos uma longa agenda a ser trabalhada junto ao Estado do Acre, pensando muito na potência do entretenimento para formação, geração de emprego, renda e projeção do Acre para o Brasil e para o mundo”, destacou.
Para a CEO, o estado acreano é extremamente rico e diverso, e vai contribuir muito com esse intercâmbio, mas também será beneficiado com todas as ações desenvolvidas ao longo deste ano.
“Isso gera não só experiência, troca, intercâmbio, mas também um hub de negócios. Uma possibilidade de aumentar o leque de negócios para os profissionais do Acre. A gente começa a agenda agora e tem uma previsão de dois anos de trabalho até a produção do filme. E por meio do prêmio Chico Vive e da nossa TV digital, a gente tem uma programação perene. E o Acre, como terra natal de Chico Mendes, que é o personagem central da nossa trama, vai estar em protagonismo ao longo dos projetos, porque o prêmio será anual e ele continua depois do lançamento do filme”, explica.
Está envolvido nessa produção também o diretor Walter Moreira Salles. O projeto, iniciado com o desenvolvimento de um longa-metragem de ficção, prevê ainda o lançamento de um documentário biográfico, exposições e a TV Chico Vive. Todas as iniciativas buscam honrar o legado de Chico Mendes e reforçar a importância da preservação ambiental e do engajamento social.

No encontro, Joana Henning, CEO do grupo, enfatizou que o grupo não só faz a produção cinematográfica, como também deixa um legado no estado. Foto: José Caminha/Secom
Impacto em todo o estado
O longa-metragem de ficção será co-dirigido pelos cineastas Sérgio Machado e Sérgio de Carvalho e estrelado pelo ator Jorge Paz, que viverá Chico Mendes no cinema. Paz também é produtor associado do longa, e obteve os direitos autorais junto aos familiares de Chico Mendes. O ator Bruno Gagliasso também é produtor associado do filme e com a sua empresa de gestão de crédito de carbono, Pachamama, promoverá a primeira produção audiovisual de grande porte, com 100% de impacto positivo.
Estão sendo feitas entrevistas com amigos e familiares de pré-produção e pesquisa para o documentário biográfico “Chico Mendes – Uma Vida pela Amazônia”. A plataforma inclui, ainda, exposições com o acervo do ambientalista, um manual do entretenimento sustentável e a TV Chico Vive, entre outras ações socioambientais. A imersão é feita em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, atuando com oficinas voltadas ao engajamento de jovens talentos no Acre.
O grupo também pretende produzir um filme de ficção, de faroeste, com muita ação. As filmagens devem ser feitas em alguns municípios, como Brasileia e Cruzeiro do Sul. A equipe deve chegar a mais de 170 pessoas. Por isso, entre as atividades, está a qualificação da rede hoteleira.
Candy Saavedra, diretora executiva do Estúdio Escarlate, disse que a busca pela parceria do governo do Acre é fundamental para que o legado do Chico Mendes e a pauta ambiental hoje desenvolvida no estado cheguem aos brasileiros.
“Esse filme vai trazer essa força e, tendo esse apoio do governo do Acre, trazendo esses profissionais aqui pra gente poder dar esses cursos, essas oficinas e acho que a gente só tem a crescer, só tem a ganhar. Acredito também que a gente vai fazer uma revolução no quesito de profissionalismo e empreendedorismo”, completou.
Além do governo, a equipe recebeu apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No encontro com o governador, esteve presente também Sérgio Siqueira, diretor da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).

Governador destacou importância de colocar o estado acreano em local de destaque. Foto: Felipe Freire/Secom
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Vídeo mostra médico descendo de ambulância para liberar trânsito
Uemerson Alcântara precisou descer do veículo para abrir caminho na capital baiana. Episódio ocorreu na Avenida Tancredo Neves
Um vídeo gravado por funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador (BA), chamou atenção para as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos profissionais. Nas imagens, o médico Uemerson Alcântara aparece saindo da ambulância e abrindo caminho para o veículo passar em meio ao trânsito da capital baiana.
A gravação foi compartilhada pela enfermeira Daiane Burgos em seu perfil no Instagram, na sexta-feira (19/12). “Isso é uma realidade presente em todas as grandes cidades: infelizmente as pessoas não liberam a passagem para ambulância até porque, às vezes, o trânsito está tão caótico que cada um faz de uma forma. E mais uma vez quem é o único prejudicado é o paciente”, desabafou a profissional.
Em um trecho da Avenida Tancredo Neves, próximo a estação de metrô Pernambués, o médico desceu do veículo e transitou entre os carros, organizando o fluxo de veículos para que a ambulância pudesse passar.
Assista ao vídeo completo em Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.
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Quaest: 49% acham que Flávio vai até o fim com candidatura
Candidatura do filho 01 do ex-presidente foi anunciada no início de dezembro, mas decisão de Bolsonaro não é unânime na direita
Pesquisa nacional do instituto Genial/Quaest mostra que 49% dos eleitores acreditam que o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) vá até o fim com sua candidatura à Presidência, anunciada no início de dezembro e revelada pelo Metrópoles.
De acordo com o levantamento, 38% consideram que o movimento teria como objetivo principal a negociação política. Outros 13% afirmam não saber ou preferiram não responder.
A percepção varia conforme o posicionamento político dos eleitores. Dentre aqueles que acreditam que o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vá até o fim com sua candidatura, 81% se consideram bolsonaristas. A taxa cai para 32% entre os que se dizem eleitores do presidente Lula (PT).
Dentre os lulistas, também está o maior percentual daqueles que acham que Flávio deve usar a candidatura para “negociar”, que somam 57%, frente aos 12% dentre aqueles que se dizem bolsonaristas.
Flávio lançou sua candidatura à Presidência após receber a bênção do pai, Jair Bolsonaro, que está preso em Brasília depois de ser condenado a 27 anos por liderar a trama golpista. Encarcerado e inelegível, Bolsonaro não pode concorrer em 2026 e decidiu indicar o filho mais velho para ficar com seu espólio político.
O anúncio, contudo, não foi recebido com unanimidade nem mesmo entre aliados do bolsonarismo e, nos primeiros dias, chegou a ser tratado como suposto balão de ensaio – especialmente por aqueles que defendiam uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistados, entre os dias 11 e 14 de dezembro, com margem de erro de 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%.
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Motta limpa a pauta e deve se reaproximar de Lula de olho em 2026
Com a pauta econômica resolvida, Lula chega em 2026 com Congresso mais previsível e foco deslocado para a disputa eleitoral
Com a pauta econômica prioritária aprovada e sem urgências legislativas imediatas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará a 2026 em um ambiente mais previsível no Congresso, após um fim de ano marcado pelo esforço da Câmara para destravar pautas mais polêmicas.
Ainda que o cenário político permaneça sujeito a imprevistos, a expectativa entre aliados é de um 2026 mais calmo na relação entre os Poderes, com o foco progressivamente deslocado para a disputa eleitoral, o que deve ser reforçado por uma maior aproximação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o Palácio do Planalto.
Além disso, a coordenação entre Motta e o governo deve influenciar temas que ficaram para o próximo ano, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, que podem avançar com menos resistência. A relação também tem potencial impacto eleitoral, já que a base de Motta é na Paraíba, e a aproximação com o Planalto pode refletir nas articulações políticas locais.
A leitura é reforçada pelo próprio presidente da Câmara, que vem demonstrando seu interesse em “limpar a pauta” legislativa antes do recesso. Segundo Motta, a aceleração das votações no fim de 2025 teve como objetivo reduzir pendências e permitir que o próximo ano comece sem a pressão de projetos considerados polêmicos, a fim de evitar a contaminação da pauta em ano eleitoral.
O movimento ocorre em um momento no qual o Planalto concluiu um ciclo intenso de negociações com o Legislativo, marcadas, mais recentemente, por momentos de tensão entre os Poderes e seus respectivos presidentes.
A relação entre Planalto e Congresso
- Ao longo de 2023, 2024 e 2025, o governo conseguiu aprovar as principais iniciativas de sua agenda econômica, o que diminui a dependência do Congresso em um ano marcado por eleições gerais e tende a deslocar o foco do debate para o campo político-eleitoral.
- Entre as principais vitórias do governo petista, está a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, uma das bandeiras centrais do terceiro mandato de Lula.
- A proposta avançou com apoio amplo e ganhou tração durante a tramitação, quando o relator, Arthur Lira, negociou ajustes que ampliaram os benefícios para faixas de renda superiores, estendendo a faixa de redução parcial do IR para R$ 7.350. Os benefícios passam a valer em 2026, ano em que Lula tentará a reeleição.
- Além da mudança no Imposto de Renda, o governo encerra o ano com a aprovação de um conjunto de medidas fiscais e econômicas que estruturaram o novo regime fiscal, ajustaram regras de arrecadação e buscaram reforçar a previsibilidade das contas públicas.
Atritos
Nem todas as pautas, porém, avançaram conforme a orientação do Executivo. A mais recente derrota foi a aprovação do PL da Dosimetria, combatido pelo governo durante a tramitação. Apesar disso, o tema não integrava o núcleo da agenda governista, sendo a resistência do Planalto mais um caráter político do que de agenda pública.
O assunto, embora aprovado no Congresso, ainda não está encerrado e deve avançar sobre 2026. O presidente Lula já indicou que deve vetar o texto aprovado pelo Congresso, o que fará com que a proposta retorne ao Legislativo para análise do veto em 2026. Há a possibilidade de judicialização do caso.
Outros projetos relevantes também ficaram para o ano que vem, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, considerada uma das principais apostas do governo Lula na área. Motta decidiu que esses temas devem ser retomados somente depois do recesso.
A segurança pública é, justamente, o tema que tende a ocupar espaço central no debate eleitoral do ano que vem e, por reunirem apoio de diferentes campos políticos, os projetos podem avançar com menos resistência no Legislativo.
Esta semana também foi marcada por notícias positivas para o governo. Pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias animaram o Planalto ao indicar boa posição de Lula em cenários eleitorais.
Embora o último levantamento da Quaest, divulgado na terça-feira (16/12), tenha mostrado alguma força na pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL), também apontou níveis elevados de rejeição ao parlamentar, com 62% dos entrevistados dizendo que não votariam no filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nesse contexto, Lula reforçou publicamente sua confiança em relação a 2026 durante evento realizado em São Paulo, na sexta-feira (19/12), afirmando que vai “dar uma surra” na extrema direita na próxima eleição.
A postura de Hugo Motta também é observada à luz das articulações para o próximo ciclo eleitoral. A tendência do presidente da Câmara é manter uma relação mais próxima com o Planalto em 2026, movimento que pode ter impacto direto em sua estratégia eleitoral na Paraíba, seu principal reduto político.




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