Cotidiano
Gladson Cameli agradece ao Acre pela vitória e reafirma seu compromisso de retomar o desenvolvimento do estado
Os candidatos a governador do Acre, Gladson Cameli, e a vice-governador, Major Rocha, deram fim a uma era de 20 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado, sendo eleitos em primeiro turno com 53,71% dos votos válidos, ou seja, com 223.993 confirmações nas urnas. Ele deixou para trás Marcus Alexandre (PT) com 34,54% dos votos.
Após a apuração, Gladson concedeu entrevista coletiva em Rio Branco. Emocionado, ele reafirmou um dos seus compromissos de campanha ao dizer que pretende governar para o povo e não para um partido. Reafirmou também o compromisso de retomar o desenvolvimento do estado.
“É uma responsabilidade muito grande. Estou desarmado, desci do palanque, serei um governador de todos, e sei do compromisso que tenho com o estado e com as famílias. Espero governar e repito aqui, primeiramente, honrando todos os compromissos, que vou cumprir com as nossas promessas de campanha e, segundo, governar para todos. Governarei para as pessoas, sem perseguir ninguém”, disse o governador eleito.
Líder disparado nas pesquisas anteriores do estado, Gladson é membro da família Cameli, tradicional dentro da política no Acre. Na ocasião, Gladson avaliou o resultado da urnas como o fortalecimento da democracia. Ele também agradeceu ao Acre pela vitória dos seus dois candidatos ao Senado, Marcio Bittar (MDB) e Petesão (PSD), além dos candidatos proporcionais.
“Vou ligar para o governador para que possamos fazer uma transição tranquila. Vou dizer que estou pronto para governar. Vou ser governador dos 22 municípios, independente de cores partidárias”, disse Gladson.
Questionado por jornalistas, Gladson esclareceu que uma das prioridades do Plano de Governo é dar um choque de gestão no Poder Executivo.
“Só assim vamos ter como valorizar o funcionalismo e realizar as nossas propostas de campanha de forma efetiva. Sei os compromissos que temos e vamos honrar. Vamos abrir o estado para os investidores e para o desenvolvimento”, comentou Gladson ao explicar que vai cumprir em Brasília os próximos três meses de trabalho como senador da república.
Cameli acrescentou ainda que vai apoiar a candidatura de Bolsonaro à Presidência da República.“Eu vou procurar o Bolsonaro. Eu não nego que eu tive meu candidato a presidente, que era Geraldo Alckmin e Ana Amélia. Mas agora vamos procurar o Bolsonaro com o mesmo empenho que tivemos na nossa eleição.”
Na capital do estado, a festa da vitória aconteceu em frente à sede oficial do Executivo, o Palácio Rio Branco. De lá, o novo governador do Acre seguiu para o município de Cruzeiro do Sul, sua terra natal, onde foi ao encontro da família e apoiadores.
Com 40 anos, Gladson Cameli é engenheiro civil e empresário. Ele foi eleito deputado federal em 2006 e 2010 e senador mais votado da história do Acre em 2014. Além do Progressistas e dos tucanos, Cameli formou aliança com outros nove partidos: MDB, DEM, PSD, PTB, PMN, Solidariedade, PTC, PR e PPS.
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“UAP reafirma aumento de 134% nas tarifas de diplomas para estrangeiros e impacta acreanos em busca de formação na Bolívia”
“Reajuste, justificado pela desvalorização do peso boliviano, eleva custo de diploma de licenciatura de R$ 10 mil para R$ 24 mil. Especialistas questionam transparência e impacto sobre estudantes.”

A Dra. Suárez afirmou que o ajuste visa “equilibrar os custos administrativos” diante da alta do dólar e da desvalorização da moeda local. Foto: captada
A Universidade Amazônica de Pando (UAP), na Bolívia, reafirmou em entrevista o reajuste drástico nas tarifas para emissão de diplomas a estudantes estrangeiros, com aumentos que chegam a 133,8% em alguns casos. A justificativa da instituição, liderada pela diretora de Informação Acadêmica, Dra. Guillermina Suárez, é a desvalorização do peso boliviano frente ao real brasileiro. No entanto, o impacto financeiro sobre alunos, especialmente brasileiros que buscam formação técnica ou superior no país, levanta questionamentos sobre transparência e critérios usados nos cálculos.
Os números do polêmico reajuste:
Técnico Superior: Aumento de 4% (de Bs 3.845 para Bs 4.000).
Licenciatura: Salto de 133,8% (de Bs 14.115 para Bs 33.000).
Segundo Guillermina Suárez, diretora de Informação Acadêmica da UAP, o ajuste visa “equilibrar o valor do procedimento em função da taxa de câmbio atual”. No entanto, fontes internas da universidade afirmam que o cálculo não foi transparente e que brasileiros estão sendo desproporcionalmente afetados.
“Paguei Bs 14.115 pelo meu diploma em 2023. Se formasse hoje, teria que desembolsar Bs 33.000 – quase R$ 24 mil na cotação atual. É um abuso”, denuncia R.S., formando em medicina que preferiu não se identificar.

Em valores convertidos para o real (considerando câmbio aproximado), o custo de um diploma de licenciatura pulou de cerca de R$ 10 mil para R$ 24 mil. Foto: captada
Justificativa da UAP e questionamentos
A Dra. Suárez afirmou ainda que o ajuste visa “equilibrar os custos administrativos” diante da alta do dólar e da desvalorização da moeda local. No entanto, especialistas em educação internacional apontam que:
Não há clareza sobre como a taxa de câmbio justifica um aumento tão desigual entre cursos.
A sustentabilidade institucional não deveria recair majoritariamente sobre estudantes estrangeiros, que já pagam valores diferenciados.
O timing da mudança coincide com um aumento no fluxo de brasileiros buscando diplomas na Bolívia – o que sugere possível oportunismo financeiro.
Em valores convertidos para o real (considerando câmbio aproximado), o custo de um diploma de licenciatura pulou de cerca de R$ 10 mil para R$ 24 mil – um valor que, para muitos estudantes, pode significar o abandono do sonho da formatura.
Veja vídeo entrevista com TV Unitel/Pando:
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“Homem bêbado e armado com terçado interrompe serviço público em ramal de Cruzeiro do Sul”
Jocimar Oliveira, 48 anos, foi preso após ameaçar operador de máquina e moradores; PM o encontrou embriagado e sem camisa durante ação no Ramal Sacado da Brasília

Homem é preso por ameaçar operário e perturbar paz em ramal vicinal de Cruzeiro do Sul. Foto: ilustrativa
Um homem de 48 anos foi preso na tarde desta segunda-feira (9) no Ramal Sacado da Brasília, em Cruzeiro do Sul, após ameaçar um operador de máquina e perturbar a ordem pública. Identificado como Jocimar Oliveira (J.O.), ele foi detido pela Polícia Militar enquanto, embriagado e armado com um terçado, tentava impedir os serviços de recuperação da via.
Ameaças interrompem trabalho comunitário
De acordo com relatos de moradores, J.O. costuma ficar agressivo após consumir álcool. Desta vez, ele ameaçou o motorista de uma retroescavadeira que realizava a manutenção do ramal, atitude que levou a comunidade a acionar a PM.
— Ele estava sem camisa, descalço e claramente bêbado, balançando o terçado e xingando todo mundo — contou uma testemunha.
Prisão em flagrante
Ao chegar ao local, os policiais encontraram Jocimar em visível estado de alteração psicomotora, com o terçado ainda em mãos. Ele foi detido imediatamente e levado para a delegacia, onde responderá por ameaça, perturbação da ordem pública e resistência (caso tenha se oposto à prisão).
Histórico de comportamento violento
Moradores afirmam que o acusado já tem um passado de brigas e ameaças quando está sob efeito de álcool. Desta vez, no entanto, seu comportamento atrapalhou um serviço essencial para a comunidade, que aguardava a recuperação da estrada.
A PM reforçou que ações como essa serão reprimidas para garantir a segurança de trabalhadores e moradores em áreas rurais e vicinais. O caso segue sob investigação, e J.O. deve ser indiciado ainda nesta semana.
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“Líder de facção é preso por mandar matar ex-marido de companheira em Rio Branco”
Roney da Silva Ponce, o “Menor”, foi capturado após 4 anos foragido; ele ordenou execução de homem que agrediu ex-esposa em 2019 e cumpria pena de 24 anos

A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco havia expedido o mandado de prisão, que foi cumprido sem resistência. Foto: captada
Foragido há quatro anos, Roney da Silva Ponce foi capturado no ramal do Brás e responderá por homicídio qualificado; crime ocorreu após vítima agredir ex-companheira.
Em operação realizada na manhã desta terça-feira (10), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu Roney da Silva Ponce, 41 anos, conhecido como “Menor”, no ramal do Brás, no bairro Belo Jardim 2, em Rio Branco. O foragido da Justiça era procurado desde que foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão por mandar executar Mateus Souza Araújo, 27 anos, em julho de 2019.
O crime que motivou a condenação
De acordo com as investigações, Mateus teria invadido a casa da ex-esposa para agredi-la. Testemunhas relataram que Roney, identificado como líder de uma facção criminosa, ordenou o assassinato como retaliação. A vítima foi executada a tiros dentro da residência da ex-companheira, na rua Tancredo Neves, no mesmo bairro onde o mandante foi preso hoje.
Prisão após anos foragido
A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco havia expedido o mandado de prisão, que foi cumprido sem resistência. Após a captura, “Menor” foi levado para a Delegacia Central de Flagrantes (DEFLA) e, em seguida, será transferido para o Complexo Prisional Dr. Francisco de Oliveira Conde, onde começará a cumprir a pena.
Operação reforça combate ao crime organizado
A prisão de Roney representa um duro golpe na estrutura da facção que ele comandava. A DHPPdestacou que a ação faz parte de uma estratégia contínua para prender foragidos envolvidos em crimes violentos na capital acreana.
A Polícia Civil não descarta novas prisões de integrantes da organização criminosa ligada ao caso.
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