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Fumaça de queimadas toma conta de Manaus e de Terras Indígenas na Amazônia: ‘dominando nosso território’, diz liderança yanomami

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Nesta terça, qualidade do ar foi considerado péssima em diversos municípios da região

Em mais um dia com muitos focos de incêndio na Amazônia, cidades e até territórios indígenas foram tomadas pela fumaça. Em Manaus, a qualidade do ar foi considerada péssima. A poluição chegou até o extremo noroeste do estado, a 800 quilômetros da capital, incluindo territórios indígenas.

Nesta terça, foram registrados 1516 focos de queimadas na Amazônia, de acordo com o painel de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): 39% no Pará, 29% no Amazonas, 12% no Acre, 10% Rondônia e 8% no Mato Grosso. Desde o início do mês, já houve 28.697 focos, que são majoritariamente resultado de ação humana. No mês passado, a Amazônia viveu o pior julho desde o início da série histórica de queimadas, em 1998. Além do desmatamento, o bioma sofre, pelo segundo ano seguido, uma seca severa.

Serras de São Gabriel de Cachoeira ficaram escondidas pela fumaça — Foto: Divulgação / ISA – Ana Amélia Hamdan

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), uma frente de massa de ar levou a Manaus, nesta terça, material particulado das queimadas no sul do Amazonas, em estados vizinhos e, também, de áreas da Bolívia. A análise foi feita com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

No final da tarde desta terça, as 16 estações do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) apontavam qualidade de ar péssima em Manaus. Todas estações de monitoramento no Amazonas, em diferentes municípios, apontavam qualidade muito ruim ou péssima, incluindo dentro de Terras Indígenas.

A fumaça atingiu até o território Yanomami no Amazonas. Em Maturacá, João Alex Lins disse que a fumaça está “dominando” a terra indígena.

– Mais uma vez a fumaça chegou na nossa região, já encobertou nossa floresta. Nossas serras estão desaparecidas por conta da fumaça. Resultado da fumaça é assim, está dominando também o nosso território. A situação muito triste para nós, povos indígenas

A Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro publicou um vídeo nesta terça mostrando o impacto das fumaças em São Gabriel da Cachoeira, que fica a 800 quilômetros de Manaus, no Alto Rio Negro. Nas imagens, é possível ver que paisagens importantes da cidade estão praticamente invisíveis: as serras Bela Adormecida e Cabari.

“As queimadas, têm se tornado uma preocupação crescente devido aos seus impactos ambientais e à saúde humana. A fumaça liberada durante essas queimadas contém partículas finas e gases tóxicos, como monóxido de carbono e dióxido de enxofre, que podem agravar problemas respiratórios.

Além disso, a poluição do ar afeta a qualidade de vida das populações próximas, especialmente de comunidades indígenas e rurais, colocando em risco a saúde de grupos vulneráveis, como crianças e idosos. O combate e a prevenção das queimadas são essenciais não apenas para proteger o meio ambiente, mas também para garantir a saúde pública.

“Por isso a urgência e necessidade de fiscalização rigorosa das autoridades contra quem provoca as queimadas!”, publicou a Rede Wayuri.

O Ibama prevê que os focos de queimada pelo país devem se alastrar por mais dois meses e uma das estratégias é a contratação de aviões particulares, usados na pulverização de produtos agrícolas em plantações, para reforçar a estrutura de combate. Hoje, o governo já gasta, em média, R$ 10 milhões a cada duas semanas com a contratação desse serviço, que tem oferta limitada no país e depende de estudo prévio de local para pouso e pontos de abastecimento de combustível e água.

Fumaça que atinge São Paulo chega a Brasília; veja fotos

Segundo Corpo de Bombeiros, queimadas no Centro-Oeste e no Norte contribuem para fenômeno.

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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