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Brasil

Foto da Nasa mostra ‘rios de ouro’ na Amazônia Peruana; entenda o fenômeno

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Nem tudo o que reluz é ouro, diz o ditado, como prova uma nova foto tirada da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Imagem mostra o impacto da mineração de ouro na região de Madre de Dios, leste do Peru
Foto: Nasa

Jack Guy, da CNN

O que parece ser rios de ouro correndo pela floresta amazônica em Madre de Dios, estado do leste do Peru, são na verdade poços de prospecção, provavelmente deixados por mineradores, de acordo com o Observatório Terrestre da Nasa, que publicou a foto tirada por um de seus astronautas.

Os poços normalmente ficam escondidos da vista da ISS, mas se destacaram nesta foto devido à luz do sol refletida.

A imagem mostra o Rio Inambari e diversos poços cercados por áreas desmatadas com dejetos lamacentos.

A mineração independente de ouro sustenta dezenas de milhares de pessoas na região de Madre de Dios, tornando-a uma das maiores indústrias de mineração não registradas do mundo, segundo a Nasa.

A mineração também é o principal fator de desmatamento na região, e o mercúrio usado para extrair o ouro polui os cursos d’água, acrescentou a agência.

Rodovia Interoceânica

A prospecção de ouro na região se expandiu desde que a inauguração da Rodovia Interoceânica, em 2011, tornou a área mais acessível. O objetivo da única conexão rodoviária entre o Brasil e Peru era impulsionar o comércio e o turismo, mas “o desmatamento pode ser o maior resultado da rodovia”, disse a Nasa.

A foto, divulgada publicamente no início deste mês, foi tirada em 24 de dezembro.

Madre de Dios é um pedaço intocado da Amazônia aproximadamente do tamanho do estado da Carolina do Sul (nos EUA), onde araras e macacos, onças e borboletas prosperam. Mas enquanto algumas partes de Madre de Dios, como a Reserva Nacional Tambopata, estão protegidas da mineração, centenas de quilômetros quadrados da floresta tropical na área foram transformadas em um terreno tóxico e sem árvores.

O aumento no preço do ouro nos últimos anos criou cidades completas na selva, com o surgimento de bordeis e tiroteios, enquanto dezenas de milhares de pessoas de todo o país aderiram à moderna corrida pelo ouro.

Desmatamento

Em janeiro de 2019, um estudo científico descobriu que o desmatamento causado pela mineração do ouro destruiu cerca de 22.930 acres da Amazônia peruana em 2018, de acordo com o grupo Projeto de Monitoramento Andino da Amazônia, conhecido como MAAP (na sigla em inglês).

Com base em pesquisas conduzidas pelo Centro de Inovação Científica da Amazônia da Universidade Wake Forest, esse total é o maior já registrado desde 1985.

O desmatamento em 2018 superou o recorde anterior, de 2017, quando uma estimativa mostrou que 22.635 acres de floresta foram derrubados pelos garimpeiros, segundo o MAAP.

Isso significa que, em dois anos, a mineração de ouro dizimou o equivalente a mais de 34 mil campos de futebol americano da floresta amazônica peruana, de acordo com a análise feita pelo MAAP.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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