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Força Tarefa Cidadã aponta irregularidades dos municípios nos gastos relacionados à Covid-19
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Falta transparência e sobram irregularidades. Essas são as conclusões da Força Tarefa Cidadã, uma iniciativa criada para monitorar gastos públicos dos municípios no enfrentamento à pandemia da Covid-19. A ação é fruto de uma parceria entre o Observatório Social do Brasil e órgãos de controle a nível federal, estadual e municipal.
Ao analisar os portais oficiais das prefeituras, a Força Tarefa notou que cerca de 90% dos municípios não disponibilizam corretamente as informações e os documentos que permitem a devida fiscalização dos gastos na pandemia. “O primeiro problema é a transparência. Não há como fazer controle social se os documentos relativos a cada compra não estiverem disponíveis”, afirma Ney Ribas, coordenador Nacional da Força Tarefa Cidadã.
A Força-Tarefa aponta que, se por um lado, os gestores, em geral, se mostraram empenhados na publicação de dados epidemiológicos, como o número de casos confirmados, mortos e ocupação de leitos, por outro, deixam a desejar na hora de prestar informação à sociedade sobre as despesas no enfrentamento à Covid-19. “No geral, o que estamos constatando é que falta transparência em relação ao que diz respeito à pandemia, especialmente em relação aos gastos: onde, quanto e para que foi gasto”, avalia Ney Ribas.
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Sobre-preços
Além de analisar a transparência das prefeituras em relação aos gastos, a Força Tarefa Cidadã também checou as compras dos municípios. Em fevereiro, a Lei 13.979/2020 dispensou a licitação para a aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da pandemia.
Com a flexibilização, a ForçaTarefa identificou que muitas empresas se aproveitaram para praticar preços abusivos na venda de respiradores e de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19. Além disso, o levantamento identificou que algumas prefeituras usaram a brecha com a nova lei para se corromperem. “Nós vimos empresas fornecedoras de vinho, por exemplo, vendendo respiradores. Isso não é comum, foge totalmente à regra”, exemplifica Ney Ribas.
O coordenador cita, também, que o município de Paranaguá, com cerca de 130 mil habitantes comprou 300 mil caixas de Ivermectina. “Além de ser uma quantidade absurda, foi por um preço que extrapola toda e qualquer perspectiva [do mercado]”, conta. Já ao analisar os gastos da prefeitura de Curitiba, a Força-Tarefa percebeu que o município comprou álcool em gel por R$ 56 em um dia e, 24 horas depois, comprou do mesmo fornecedor por R$ 166.
Segundo Ribas, a União e os estados têm se esforçado para que os recursos de combate à pandemia cheguem aos municípios e beneficiem diretamente a população, mas o que tem ocorrido em alguns lugares é exatamente o contrário: prejuízo à sociedade. “Há falta de critério não só técnico, mas de cuidado com os recursos que é oriundo dos nossos impostos. Porque no fim das contas quem vai pagar essa conta somos nós cidadãos. A pandemia está sendo usada como desculpa para se desviar e aplicar mal o recurso público”, alerta.
Mais exemplos
Os exemplos de possíveis irregularidades nos gastos das autoridades durante a pandemia se amontoam pelo país. Um deles veio à tona com o próprio Observatório Social. A entidade pediu explicações ao prefeito do município paranaense de Goioerê. Segundo o levantamento, a prefeitura usou cerca de R$ 87 mil em recursos destinados ao combate da Covid-19 para pagar férias de funcionários da administração.
Já o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) apurou, em maio, um sobrepreço de R$ 123 milhões na compra de respiradores pulmonares pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio. A auditoria do órgão revelou que os ventiladores foram comprados por preços, em média, três vezes maiores ao praticado no mercado. Por causa disso, o ex-secretário de Saúde do estado, Edmar Santos, foi preso, suspeito de integrar o esquema de corrupção.
No Paraná, o TCE do estado também identificou problemas em contratos de diversos municípios. À época em que as supostas irregularidades foram divulgadas, em junho, 56 contratos estavam sob suspeita. Em um dos casos, por exemplo, em que a prefeitura foi mantida sob sigilo, o Tribunal apontou que a administração estava pagando o dobro para lavar um carro oficial e cinco vezes mais do que o preço praticado no mercado para lavar ônibus e van da prefeitura.
Estrutura
Uma das justificativas para a falta de transparência de municípios em divulgar os gastos públicos para o combate à pandemia da Covid-19 é a escassez de tecnologia, recursos e pessoal para isso, algo que os estados, por exemplo, teriam com mais facilidade. As organizações sociais ligadas à transparência e ao controle social concordam com a situação mais precária das prefeituras.
No entanto, na visão de Ney Ribas, o tempo decorrido desde o início da pandemia foi mais do que suficiente para que muitos municípios se adequassem ao nível de transparência exigido pela lei. “A pandemia já tem mais de quatro meses. Não há mais justificativa para dizer que falta estrutura, pessoal e tecnologia. O que falta é vontade política de ser transparente e tornar públicas todas as despesas com recursos destinados à Covid-19”, diz.
Parceria
Iniciativa do Observatório Social do Brasil, presente em 150 cidades de 17 estados brasileiros, a Força Tarefa conta com a participação dos Tribunais de Contas da União e Estaduais, a Controladoria-Geral da União, os Ministérios Públicos Federal e Estaduais, entre outros. A princípio, o monitoramento é feito por voluntários capacitados pelo Observatório. Em seguida, verificadas possíveis irregularidades, os órgãos de controle do estado ao qual o município pertence são acionados para que tomem as devidas providências.
Fonte: Brasil 61
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Pais protestam por falta de ar-condicionado na escola Ayrton Senna

Foto: David Medeiros
Pais e familiares de alunos da escola estadual Ayrton Senna, em Rio Branco, realizaram uma manifestação nesta sexta-feira (9) para denunciar a dificuldade enfrentada pelos estudantes devido à falta de climatização nas salas de aula. A principal reivindicação é a reativação dos aparelhos de ar condicionado, que não estão funcionando por problemas na estrutura elétrica da unidade.
De acordo com o professor Lucivaldo, cerca de 400 alunos estudam na escola, distribuídos entre os turnos da manhã, tarde e noite. “O problema não é só nos aparelhos, mas na fiação antiga. Quando todos os ares são ligados, começa a pipocar. Já foi feita manutenção, mas o sistema elétrico da escola não suporta”, explicou o educador.
Durante o protesto, pais relataram que os filhos têm passado mal por conta do calor. “Eles chegam em casa com dor de cabeça, às vezes pedem para ir embora porque não suportam o calor. As salas têm mais de 30 alunos, não tem condições”, afirmou Ana, mãe de um dos estudantes.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que está elaborando o projeto de instalação de uma subestação elétrica para atender a demanda da escola, mas ainda não há prazo definido para a conclusão. A pasta também afirmou que a equipe de manutenção acompanha a situação e trabalha para restabelecer o funcionamento dos equipamentos o mais breve possível.
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Rio Branco e Assermurb se enfrentam em busca da recuperação

Foto Sueli Rodrigues: O meia Kekel (d) confia na primeira vitória do Rio Branco
Rio Branco e Assermurb se enfrentam nesta sexta, 9, a partir das 15 horas, no Florestão, pela primeira fase do Campeonato Estadual Sub-20 em busca da recuperação. O Rio Branco perdeu na estreia para o Santa Cruz e a Assermurb foi goleada pelo Galvez.
Rio Branco com desfalques
O Rio Branco não poderá contar com o volante Riquelme e o atacante Kikinha, ambos lesionados, no confronto.
O técnico Tony Pantera deixou para definir os titulares do Rio Branco somente no Florestão.
Elenco foi cobrado
O elenco do Rio Branco foi bastante cobrado durante a semana de treinamentos no José de Melo, inclusive, com reuniões entre a comissão técnica e os atletas.
Tentar recuperação
O técnico da Assermurb, Raimundo Rocha, comandou alguns treinamentos após a estreia e a meta é tentar a recuperação no torneio.
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São Francisco e Galvez disputam liderança do Estadual

Foto Sueli Rodrigues: Galvez goleou na estreia e faz o segundo jogo cercado de expectativa
São Francisco e Galvez fazem nesta sexta, 9, a partir das 17 horas, no Florestão, um duelo pela liderança da fase de classificação do Campeonato Estadual Sub-20. As duas equipes venceram na estreia e o confronto de logo mais pode significar muito na luta pela classificação.
São Francisco
O técnico Geovani Silva realizou ajustes no São Francisco durante os trabalhos da semana. A parte ofensiva ganhou uma atenção especial principalmente nas finalizações.
Galvez
Depois de golear na estreia, o treinador Eriano dos Santos procurou treinar a parte defensiva da equipe e exigiu mais concentração de todos os atletas.
“Pegamos dois gols na estreia e da forma como ocorreu não pode acontecer. Essa situação em um jogo equilibrado será fatal”, avaliou o técnico do Imperador.
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