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Filha de envolvido em morte de missionária Dorothy Stang tem quase R$ 1 milhão em multas por crimes ambientais no Acre
Patrícia Coutinho da Cunha foi multada três vezes e recebeu três embargos de área por desmatar a Floresta Estadual Antimary. Defesa alega que jovem está sendo injustiçada por ser filha de Amair Feijoli da Cunha, o Tato.

Família de Amair Feijoli, o Tato, se mudou para o Acre em 2020 e teriam adquirido terras em unidade de conservação ambiental – Foto: Reprodução/Rede Social
Por Aline Nascimento
A psicóloga Patrícia Coutinho da Cunha, filha de Amair Feijoli da Cunha, o Tato, apontado como responsável pela contratação dos pistoleiros que mataram a missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, recebeu pelo menos três multas que juntas somam quase R$ 1 milhão, por desmatamento na Floresta Estadual Antimary (FEA), na BR-364 entre Sena Madureira e Bujari, interior do Acre.
Além das multas, Patrícia recebeu três embargos da área. As primeiras multas e embargos foram aplicados em janeiro deste ano, quando o Batalhão Ambiental e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac); a segunda multa em fevereiro e, a mais recente, na quinta-feira (24) após nova operação contra crimes ambientais na região. A área desmatada ultrapassa os 193 hectares.
Nos mapas abaixo, aparecem a área completa da unidade de conservação e a área onde foi identificado o desmatamento. Na imagem à esquerda, aparece a Floresta Estadual Antimary, a Área de Manejo Florestal (AMF) e a Unidade de Produção Anual (UPA). Já na imagem à direita, é possível ver o que o desmatamento identificado pelos órgãos ambientais e pelo qual Patrícia já foi multada está dentro da floresta estadual.

Mapas com a área total da FEA (esq.) e local de desmatamento idetificado recentemente (dir.) – Foto: Reprodução
O pai da psicóloga, Amair Feijoli, é investigado pelos ministérios públicos estadual e federal do Acre por também desmatar uma área de 600 hectares, além de criar gado e ameaçar moradores da unidade de conservação ambiental. Ele também é alvo da Polícia Civil de Sena Madureira, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Imac e Secretaria de Meio Ambiente Estadual (Sema).
Amair foi condenado a 18 anos por intermediar a morte de Dorothy Stang. Segundo a Justiça do Pará, foi ele quem contratou os pistoleiros Rayfran e Clodoaldo Carlos Batista para assassinar a missionária a mando de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e Regivaldo Pereira Galvão.

Missionária Dorothy Stang foi assassinada em 2005 – Foto: Divulgação.
O fazendeiro e a família se mudaram para o Acre em 2020. Contudo, por causa do processo que responde pela morte da missionária, ele continua mantendo residência no Pará, onde também teria terras. A defesa da família nega as acusações e diz que tudo se trata de injustiça.
O advogado Ayres Neylor, que presenta a família, alegou que as multas aplicadas contra Patrícia são ilegais, que ela vai comprovar a inocência e ainda vai pedir indenização por danos morais e materiais. Naylor voltou a afirmar que as pessoas responsáveis pelas denúncias são as mesmas que invadiram a área.
Ainda segundo a defesa, Patrícia adquiriu uma terra na região em 2020, que pertencia a um pastor. Porém, a documentação é datada de mais de 100 anos e seria legalizada. Ele nega que a cliente tenha invadido a propriedade.
“Ela adquiriu, comprou e pagou uma área que está no Amazonas, no município de Boca do Acre. Até isso é um problema de geografia, o estado deixa muito a desejar e é muito lamentável tudo isso. Mas, a Patrícia vai tomar as providencias cabíveis para que a injustiça não impere em nome de interesse que a gente não conhece ainda. Vai tomar as providências dentro daquilo que a Justiça prevê e permite para que sejam ceifados esses atos que, em verdade, mancham o bom nome e a imagem da Patrícia”, defende.
Autuações
O G1 apurou que o Imac e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) já detectaram uma área desmatada de 111 hectares este ano na localidade comprada por Patrícia. Além disso, a Polícia Civil e o MP-AC receberam informações de que a família tem aberto ilegalmente estradas de terra, quebrado pontes e, desde que se mudaram para a área, ameaçado e impedido moradores de recolher castanha no local.
Segundo as investigações, a fazendeira recebeu as seguintes autuações:
- 19 de janeiro – multa simples e embargo por desmate de uma área de 30,39 hectares no valor de R$ 151.950 mil;
- 20 de fevereiro – multa simples e embargo por desmate de área de 51,98 hectares no valor de de R$ 259,9 mil;
- 24 de junho – multa simples e embargo de por desmate de 111,59 hectares no valor de de R$ 557.963,50.
A defesa de Patrícia confirmou que ela já entrou com recursos contra as duas primeiras autuações. Já sobre as últimas multas Naylor afirmou que ainda não tiveram acesso. Porém, a defesa também deve recorrer.
Somadas, as autuações aplicadas por desmate ilegal na área chegam a quase R$ 1 milhão. Após a aplicação, os autuados têm 20 dias para recorrer junto ao Imac. Com o fim dos prazos e recursos, é dado mais dez dias para as alegações finais.

Polícia Ambiental e Imac faz operações contra crime ambiental na unidade de conservação ambiental na quinta (24) e sábado (26) – Foto: Arquivo/Batalhão de Policiamento Ambiental
A Floresta Estadual Antimary foi arrendada pela União em 22 de junho de 2005. O decreto foi publicado no decreto no Diário Oficial da União (DOU). Em 2014, a Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis acre (Sedens), publicou um decreto dos Planos de Manejo das Florestas Estaduais do Rio Gregório, do Rio Liberdade, do Mogno e do Antimary.
A unidade de conservação ambiental permite a presença de moradores no seu interior. Em 2019, eram 50 moradores assentados regulamente, atualmente são 53 famílias que vivem do manejo florestal da coleta da castanha, açaí, agricultura, pecuária de corte, criação de aves, de porcos, carneiros e venda de frutas e verduras. Há ainda a presença de invasores na localidade.
Em janeiro, após denúncias de invasões, a Sema refez o cadastramento das 53 famílias que vivem na unidade, inclusive com instalação de pontos de GPS nas moradias, e notificou o MP-AC e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AC) sobre os fatos.
A assessoria de comunicação da PGE-AC informou que há um processo em análise para tomar as medidas cabíveis.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) afirmou que ‘continua articulando as missões integradas de Meio Ambiente para coibir os crimes ambientais nas Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Mediante a articulação da Sema, que preside o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, várias instituições vêm atuando nas missões, entre elas o Batalhão de Policiamento Ambiental, Polícia Civil, o Instituto de Meio Ambiente (Imac), Exército Brasileiro, Força Nacional e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer)’.
A pasta destacou também que a Floresta Estadual do Antimary (FEA) sofre invasões ao longo dos anos e que, desde 2019, são feitas diversas ações de fiscalizações. Sobre a questão fundiária, a Sema acrescentou que ‘a PGE tem solicitado celeridade nos processos relacionados à Floresta Estadual do Antimary’. (Veja nota na íntegra abaixo).

Floresta Estadual do Antimary passa por fiscalizações e ações constantemente contra invasões de terras e desmatamento – Foto: Arquivo/Polícia Civil
Operações e fiscalizações
A operação do Imac e do Batalhão de Proteção Ambiental (BPA), na quinta-feira (24), não conseguiu flagrar nenhuma retirada e derrubada ilegal de madeira na localidade. Contudo, as equipes detectaram mais hectares desmatados, aplicaram uma nova autuação e embargo da área em nome de Patrícia Coutinho da Cunha, fizeram o boletim de ocorrência e entraram na delegacia de Sena Madureira, no interior.
“Não conseguimos flagrar o crime, não tinha ninguém praticando na hora, como a Polícia Civil pegou. Não tinha materialidade. Foi multada no administrativo e a parte criminal foi informada na delegacia de Sena Madureira, foi entregue um boletim de ocorrência comunicando o crime para investigação”, confirmou o comandante do BPA, major Kleison Albuquerque.

Foram achadas árvores derrubadas para abertura de estrada de terra, segundo a Polícia Civil – Foto: Arquivo/Polícia Civil
Com o material entregue pela polícia ambiental e o Imac, a Polícia Civil, que já planejava ir até a região após receber denúncias de ameaças, fez uma fiscalização na Floresta Estadual do Antimary na sexta (25). As equipes percorreram cerca de 60 quilômetros e encontraram um trator que estaria sendo usado para abrir um ramal ilegalmente, pontes quebradas e árvores, inclusive castanheiras, no chão.
A polícia conversou com uma pessoa no local, identificada apenas como Patrick. Segundo a Polícia Civil, o rapaz também é filho da Amair Feijoli e é conhecido na localidade como ‘fazendeiro’. Na conversa, Patrick falou para as equipes que comprou uma propriedade dentro de um projeto de assentamento (PA) e que teria o título da área datado de 1963.

Polícia Civil achou um trator que estaria sendo usado para abrir um ramal dentro da Floresta Estadual do Antimary – Foto: Arquivo/Polícia Civil
“Conversamos com alguns moradores, que informaram que essa pessoa destruiu algumas pontes e ameaçava algumas pessoas na região porque não poderia ficar no local, encontramos duas pontes cerradas na localidade e ainda um trator que estaria abrindo uma passagem, um ramal dentro da unidade de conservação”, contou o delegado responsável pelo caso, Marcos Frank.
Ainda segundo Frank, as investigações apontam que os dois filhos de Amair têm propriedade dentro da unidade de conservação. Ele disse que já foi aberto um inquérito policial para investigar grilagem de terras, desmatamento e ameaça.
“Ao que tudo indica, e o que apuramos, é que impede a movimentação das pessoas, que antes colhiam açaí e castanha na localidade e agora são impedidas por essa pessoa. Nossas funções são um pouco limitadas e clamamos a ajuda dos demais sistemas que compõem os órgãos ambientais para que nos socorra. Podemos fazer a parte criminal, mas existem outros elementos no que desrespeita as penalidades administrativas quem merece ser avaliadas”, pediu.

Imagem de satélite captada pelo Batalhão de Policiamento Ambiental mostra um novo desmate em área de 35 hectares – Foto: Reprodução
Flagrante
Com imagens de satélites capturadas na noite de sexta-feira (25), o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) percebeu que havia uma nova área desmatada na Floresta Estadual do Antimary (FEA). Em cinco dias, essas imagens mostraram que houve derrubada de árvores e abertura dentro da mata em 35 hectares.
O major Kleison Albuquerque destacou que as equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental receberam recursos do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), com computadores, as imagens de satélites são processadas quase que em tempo real.
“Então, quando o satélite passa a gente já baixa a imagem e consegue acessar. Antes, a gente não tinha computador para fazer isso, não tinham capacidade. Antes não dava, era por denúncia, indo a pé e era difícil para caramba e por isso estamos pegando muita coisa”, complementou.
Com as informações, equipes do BPA e do Imac foram novamente até a localidade e prenderam duas pessoas e levaram para a delegacia de Sena Madureira. O boletim de ocorrência foi feito por causar danos a unidade de conservação ambiental.
Foi achado um pequeno acampamento, um facão e equipamentos de georreferencimento com a dupla. À Polícia Civil, os trabalhadores alegaram que faziam georreferenciamento da terra e foram liberados.
Os equipamentos ficaram apreendidos para apuração se há ligação com o desmate na região. Sobre a condução dos trabalhadores, o advogado Ayres Naylor afirmou que ‘não tinha crime nenhum. Foi abuso de autoridade’.
Nota da Sema na íntegra:
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), continua articulando as missões integradas de Meio Ambiente para coibir os crimes ambientais nas Unidades de Conservação (UCs) estaduais.
Mediante a articulação da Sema, que preside o Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, várias instituições vêm atuando nas missões, entre elas o Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (BPA/PMAC), Polícia Civil, o Instituto de Meio Ambiente (Imac), Exército Brasileiro, Força Nacional e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
A Floresta Estadual do Antimary (FEA) vem sofrendo pressão de invasões ao longo de vários anos. Desde o ano de 2019 vem sendo realizadas diversas ações de fiscalização. Importante destacar que o processo de invasão de florestas públicas tem sido extremante dinâmico com alta rotatividade de pessoas, via de regra com fins especulatórios.
As ocupações irregulares nas florestas têm sido investigadas e todas as informações são repassadas à Procuradoria Geral do Estado (PGE), Ministério Público Estadual (MPAC) e Ministério Público Federal (MPF). O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) tem apoiado as investigações, fornecendo imagens de satélite e dados georreferenciados sobre desmatamento e focos de calor.
Em relação a questão fundiária, de competência do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, bem como da Secretaria do Patrimônio da União – SPU, a PGE tem solicitado celeridade nos processos relacionados à Floresta Estadual do Antimary.
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Governo mobiliza secretarias para apoio a famílias atingidas pela cheia dos rios
Pela primeira vez desde o início do monitoramento hidrológico, o Rio Acre transbordou ainda no mês de dezembro, configurando uma cheia histórica no estado. Diante do cenário atípico, o governo do Acre intensificou, neste domingo, 28, as ações do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, com foco no monitoramento dos rios, retirada preventiva de famílias e apoio humanitário às populações atingidas.
Na capital, Rio Branco, na última medição das 12h deste domingo, o Rio Acre chegou a marca de 15,04m. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, aproveitou para visitar pontos de alagação e acompanhou o funcionamento de abrigos públicos, incluindo uma unidade administrada pelo Estado na Escola Estadual Leôncio de Carvalho, destinada exclusivamente ao acolhimento de indígenas do contexto urbano. Atualmente, quatro escolas estão sendo utilizadas como abrigo na capital.
Ao todo, 47 indígenas residentes em seis bairros da capital, especialmente na região do Bairro da Base, às margens do Rio Acre, foram retirados preventivamente e acolhidos no abrigo administrado pela Secretaria de Estado de Povos Indígenas (SEPI), onde recebem acompanhamento social e apoio humanitário.
Segundo o coronel Carlos Batista, o nível do Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento de forma incomum para o período. “Historicamente as grandes cheias costumam ocorrer entre fevereiro e março. O fenômeno é atribuído ao volume intenso de chuvas registrado nos últimos dias em todo o estado e também nas áreas de cabeceira do rio”, afirmou.

Coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, destacou a ação do Estado para mitigar os danos causados pela cheia. Foto: Jean Lopes/Secom
Até a manhã deste domingo, mais de 50 famílias haviam sido retiradas de áreas alagadas em Rio Branco, principalmente de regiões afetadas pelas enxurradas dos igarapés Dias Martins, Batista e São Francisco. Atualmente, 34 famílias, totalizando 115 pessoas, estão acolhidas em abrigos municipais.
A secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, destacou que o Estado vem se preparando de forma antecipada para enfrentar eventos climáticos extremos e garantir suporte às comunidades indígenas afetadas pela enchente.
“Nós estamos tranquilos aqui, recebendo alimentação, água e apoio. O governo está dando esse suporte para nós, e isso deixa nossas famílias mais seguras enquanto o rio não baixa”, relatou.
Além da atuação do poder público, a cheia também mobilizou ações solidárias da sociedade civil. No bairro Hélio Melo, famílias atingidas pela elevação dos igarapés receberam apoio de voluntários da igreja Comunidade Batista Vida (CB Vida).
O voluntário Miqueias Gonçalves explicou que a igreja atua diretamente no auxílio às famílias afetadas, levando itens essenciais e apoio emocional neste momento difícil.
“A nossa igreja CB Vida sempre foi pautada para ajudar quem precisa. Diante da situação do bairro Hélio Melo, causada pela força da natureza, estamos aqui levando um pouco de dignidade, com materiais de limpeza, água e palavras de conforto para as pessoas que estão passando por esse momento de transtorno e tristeza”, destacou.
Cidades do Acre
No interior do estado, a situação segue em alerta. Em Tarauacá, o Rio Tarauacá ultrapassou a cota de transbordamento, resultando na retirada de famílias ribeirinhas. Em outra região, o Rio Purus transbordou em Santa Rosa do Purus, atingindo cerca de 60 famílias. Em Plácido de Castro, a elevação de igarapés também provocou alagamentos e a retirada de moradores de áreas de risco.
As ações do Estado ocorrem de forma integrada entre Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar, secretarias estaduais e órgãos parceiros, com foco no monitoramento hidrológico contínuo, ações preventivas e resposta humanitária.
Os dados de chuvas reforçam a gravidade do cenário. Em Rio Branco, o acumulado de dezembro já soma 483 milímetros, quase o dobro da média esperada para o mês. Em Brasileia, o volume chegou a 436,8 milímetros, 82% acima da média histórica.
A Defesa Civil orienta que a população evite áreas alagadas, siga as recomendações das equipes de campo e busque informações apenas pelos canais oficiais. Em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo 193 e a Polícia Militar pelo 190.
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Brasiléia conquista o tetracampeonato acreano de futsal com goleada histórica sobre o Quinari
A equipe de futsal de Brasiléia escreveu mais um capítulo de glória no esporte acreano ao conquistar, neste sábado (27), o tetracampeonato do Campeonato Acreano de Futsal – Série A, após uma vitória contundente por 14 a 1 sobre o Quinari, no Ginásio Álvaro Dantas, em Rio Branco. A atuação dominante confirmou a força do time, que voltou ao topo da modalidade após dois anos.
Depois do empate em 4 a 4 no jogo de ida, em Senador Guiomard, a expectativa era de uma final equilibrada. No entanto, dentro de quadra, o que se viu foi uma equipe de Brasiléia organizada, intensa e superior do início ao fim, mesmo atuando fora de casa.
Ainda no primeiro tempo, o time abriu ampla vantagem com gols de Eduardo (2), Gilvan, Antônio e Angelo, demonstrando eficiência ofensiva e solidez defensiva. O goleiro Kauan também foi destaque, garantindo segurança e neutralizando as tentativas do adversário.
Na etapa final, o domínio continuou. Eduardo marcou mais três vezes, Alcione balançou as redes duas vezes, além dos gols de Victor Hugo, Gilvan, João Emanuel e Bruno. O gol de honra do Quinari foi anotado por Kaylan.
Com a conquista, o Brasiléia encerra a campanha com cinco vitórias, dois empates e uma derrota, somando 41 gols marcados e 20 sofridos. O título também garantiu à equipe vaga na Taça Brasil de Futsal 2026, além de premiação de R$ 12 mil. O Quinari, vice-campeão, recebeu R$ 2 mil.
O prefeito de Brasiléia, Carlinhos do Pelado, destacou alegria pela conquista e o investimento contínuo no esporte do município.
“Esse título representa muito mais do que uma vitória esportiva. É resultado de planejamento, apoio da gestão e do talento dos nossos atletas. O esporte é uma ferramenta de inclusão e de alegria para o nosso povo, e Brasiléia mostra mais uma vez sua força no esporte e no cenário estadual”, afirmou o prefeito.
O gerente municipal de Esportes, Clebson Venâncio, também celebrou o desempenho da equipe e ressaltou o trabalho coletivo.
“Essa conquista é fruto de muito esforço, disciplina e compromisso de todos: atletas, comissão técnica e apoio da Prefeitura. O futsal de Brasiléia vive um grande momento, e esse título mesmo fora de casa jogando há 230 KM de distância consolida o trabalho que vem sendo feito ao longo dos últimos anos”, destacou.
Além do título coletivo, o Brasiléia também dominou as premiações individuais. Eduardo, autor de cinco gols na final, terminou como artilheiro do campeonato, com 13 gols, enquanto Kauan foi eleito o melhor goleiro da competição. Ambos receberam troféus e premiação em dinheiro.
Com mais esse feito, o município reafirma sua tradição esportiva e projeta novas conquistas para o cenário estadual e nacional.
- Fotos João Valente: Brasileia conquista o título e garante a vaga do Acre na Taça Brasil
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Operação da PM prende suspeitos armados e apreende drogas em Assis Brasil
Ação do GIRO do 5º BPM ocorreu após denúncias de crimes graves e resultou na apreensão de armas, entorpecentes e dinheiro
A Polícia Militar do Estado do Acre, por meio da equipe do GIRO do 5º Batalhão, com apoio de uma guarnição da Radiopatrulha da Operação Bioma, intensificou o policiamento no município de Assis Brasil após levantamento de informações que apontavam a recorrência de crimes graves na região.
Segundo a PM, havia registros de homicídios consumados e tentados, disparos de arma de fogo em via pública e tráfico de drogas, o que levou ao reforço das ações ostensivas em áreas consideradas sensíveis.
Durante o patrulhamento, os policiais visualizaram indivíduos em frente a um imóvel. Ao perceberem a aproximação das viaturas, um dos suspeitos tentou se desfazer de uma arma de fogo, o que motivou a abordagem.
Na ação, foram apreendidas substâncias entorpecentes, uma balança de precisão, certa quantia em dinheiro, duas armas de fogo e munições.
Os envolvidos foram presos e apreendidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil, onde foram autuados pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, corrupção de menores e organização criminosa.
A Polícia Militar informou que as operações continuam no município com o objetivo de coibir a criminalidade, preservar a ordem pública e garantir a segurança da população.
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