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Fifa altera regras de transferências; veja o que mudou

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Presidemte da FIFA. – Créditos: depositphotos.com / gints.ivuskans

Saiba como uma decisão do Tribunal Europeu impactou os regulamentos de transferência da FIFA

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A Fifa anunciou recentemente mudanças provisórias em seus Regulamentos sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores, em resposta a uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia. Em outubro, o tribunal europeu identificou inconsistências entre algumas regras de transferência da Fifa e as leis da União Europeia, destacando o caso do ex-jogador Lassana Diarra, que atuou por clubes como Chelsea e Real Madrid. Essa situação destacou a necessidade de adaptar as normas aos princípios de livre circulação dentro do bloco europeu.

As novas alterações provisórias revisam o cálculo da indenização em casos de violação contratual e mudam o ônus da prova na determinação dos danos. Além disso, apresentam uma definição mais clara de “justa causa”, identificando-a como a impossibilidade razoável e de boa fé de manter uma relação contratual. Essa mudança busca proporcionar uma abordagem mais objetiva e transparente para lidar com quebras contratuais, atendendo às críticas do tribunal europeu.,

Impacto das Alterações para Jogadores e Clubes

Um sistema de compensação mais objetivo é fundamental nas alterações propostas. Em vez de se basearem em critérios anteriormente considerados problemáticos, as novas diretrizes visam restaurar a situação da parte prejudicada, como se a violação do contrato não tivesse ocorrido. Isso proporciona a clubes e jogadores um guia mais claro e consistente para valorar perdas financeiras decorrentes de quebras de contrato.

Entretanto, essas mudanças enfrentam resistência. A Fifpro, sindicato representativo dos jogadores, optou por não participar das discussões das alterações. Eles expressaram preocupação com a falta de um processo de negociação coletiva e argumentaram que as novas medidas não garantem segurança jurídica suficiente aos jogadores, além de não refletirem plenamente a decisão do Tribunal de Justiça Europeu.

Repercussões do Caso Lassana Diarra

O caso de Lassana Diarra revelou as dificuldades nas transferências internacionais de jogadores. Em 2014, Diarra saiu do Lokomotiv Moscou antes do fim de seu contrato, levando o clube a acusá-lo de quebra contratual. A disputa levou a Fifa a sancionar Diarra e exigir uma elevada compensação financeira. Quando a Fifa impediu a emissão de um Certificado de Transferência Internacional para o registro de Diarra no Charleroi, na Bélgica, o tribunal europeu considerou essa ação ilegal.

Esse caso revelou falhas na gestão das transferências e ressaltou a necessidade de mudanças regulatórias. O bloqueio do TCI foi visto como uma barreira ao livre mercado, obrigando a FIFA a revisar seus protocolos para melhor alinhamento com as leis europeias.

Perspectivas Futuras para a Fifa

Essas disposições provisórias funcionam como um teste que pode influenciar reformas permanentes nos regulamentos de transferências. A Fifa planeja dialogar com todas as partes interessadas sobre possíveis ajustes adicionais antes da vigência dessas regras em janeiro de 2025. Embora a resistência dos jogadores, mediada pela Fifpro, indique um caminho desafiador, permanece o objetivo de criar um sistema justo e equilibrado para clubes, jogadores e ligas.

As modificações esperadas podem servir como um passo inicial para evitar futuros conflitos legais e garantir que os regulamentos atendam tanto às exigências do esporte quanto às legislações regionais, buscando harmonizar práticas globais com legislações locais cada vez mais exigentes.

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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