Acre
Fernando Gabeira: “Senti no ar acreano uma sensação de fim de ciclo da longa dominação do PT, que já dura duas décadas”
Fonte: Blog do Altino Machado
O jornalista Fernando Gabeira esteve na Universidade Federal do Acre, no sábado passado (13), onde participou de um evento pouco divulgado. Sempre lúcido, no final de uma palestra para uma plateia pequena, basicamente de estudantes e representantes indígenas, Gabeira disse:
– O próprio PT jamais entendeu a internet. “Ah! Tem internet? Então vamos criar um grupo de guerrilheiros na internet para atacar os nossos adversários e defender as nossas causas”. Ou então: “Vamos pagar a um grupo de blogueiros para defender as nossas posições e envenenar a reputação dos adversários”. Mas não é isso. As próprias pessoas na rede percebem. “Isso é matéria paga, isso é um cara a serviço do governo”. Elas perdem a característica fundamental que é a independência. Nós vimos nas manifestações que todas as pessoas que foram consultadas diziam: “Olha, nós não temos líderes, aqui não há líderes, nem queremos o governo”. E a imprensa ficou estupefata: “Como? Não há líder? Não é possível algo que não tenha líder”. Assim como não é possível algo que não seja produtivo, claro, nós temos esse objetivo. Mas era isso: nem tinham líder nem tinham objetivo de chegar ao poder. E o mundo hoje não é mais de líderes. É de pessoas que são líderes de si próprios. Desde menino eu achava que era líder e durante muito tempo me comportei como líder. Foi um imenso alívio ver as pessoas nas ruas dizendo que não há mais líder. É um imenso alívio para todos que acham que é (sic) líder também. Nós não precisamos mais de líderes. Podemos sentar e conversar coletivamente. Acho que isso foi também o elemento da revolução cultural que aconteceu no Brasil. Não só levou consigo algumas ilusões sobre o futebol, como levou também consigo algumas ilusões sobre as lideranças, a capacidade das pessoas convencerem as outras a fazerem alguma coisa, sobretudo num mundo em que todos estão informados e todos são donos de si próprios.
Após passar o final de semana no Acre, Gabeira fez um breve relato da viagem no site dele (veja) e afirmou:
– Quanto à política, senti no ar acreano uma sensação de fim de ciclo da longa dominação do PT, que já dura duas décadas. Mas apenas um fim de semana não dá para se chegar a grandes conclusões.
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O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco


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