Por Aline Nascimento
As farmácias do Acre vão começar a divulgar nos estabelecimentos os canais de denúncias para as vítimas de violência doméstica do estado.
A ação faz parte da Campanha Sinal Vermelho, que vai ser lançada no próximo dia 10 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No Acre, a campanha que amplia os canais de denúncia foi aderida pelo Conselho Regional (CRF) e o Sindicato de Farmácias do estado.
No último dia 2, houve uma reunião virtual com representantes da Coordenadoria Estadual das Mulheres, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), CRF, empresários e outros parceiros e foram traçadas estratégias para ajudar as vítimas do estado.
“O Conselho vai trabalhar a sensibilização dos estabelecimentos comerciais. Vamos começar um planejamento de comunicação com os estabelecimentos e, obviamente, fazer uma orientação de como a pessoa pode usar a infraestrutura do estabelecimento para se defender ou gerar uma denúncia”, destacou o diretor-executivo de farmácias, Robson Fugihara.
Fugihara acrescentou que a fixação de cartazes com os canais de denúncias começam na próxima semana. Porém, já há divulgação nas redes sociais e páginas do Conselho.
Outro passo estudado é a criação de um código para que a vítima, ao chegar ou ligar em uma farmácia, por exemplo, utilize para sinalizar que está sofrendo algum tipo de violência doméstica.
Até o momento, segundo o diretor do CRF, é debatido que a vítima sinalize com uma marca de batom vermelho em uma das mãos. Fugihara explicou que há três passos para ajudar as vítimas.
“O primeiro é divulgar os canais de denúncias, seja pelo telefone ou rede social. Temos uma população muito acessível nas farmácias, vamos divulgar em massa os canais de denúncia e sempre vai ter um cartaz com as orientações. O segundo plano é da denúncia. A pessoa vai chegar com uma marcação, uma marca vermelha de batom na mão e vai sinalizar para o pessoal da farmácia”, ressaltou.
O diretor acrescentou que haverá todo um treinamento e capacitação desses profissionais para que possam ajudar a vítima. Segundo ele, não está definido que será mesmo uma marca de batom na mão que servirá como código.
“Estamos estudando também um terceiro passo, que a pessoa vai ligar na farmácia e perguntar, por exemplo, se tem máscara vermelha. Com isso, vamos saber que é vítima de alguma violência. Vamos trabalhar com códigos. Estamos estreitando qual o melhor para contemplar a sociedade”, concluiu.