Acre
Familiares de jovem que recebeu facadas acusam médico de negligência
Jovem esfaqueado completaria 18 anos nesta quarta-feira. Acusado de atingir Wendilis na frente da casa de festa Aquarela ainda está foragido.
Os pais e parentes do jovem Wendilis Marques da Silva, 17 anos, que foi atingido por golpes de faca na frente da casa de festa Aquarela, no município de Brasileia, na última sexta-feira (25), pedem justiça e providências urgentes das autoridades policiais e de saúde.
Segundo os familiares, o jovem saiu da festa depois de receber a notícia de que seu irmão, Bruno da Silva Marques, teria sido esfaqueado. Mas, ao chegar do lado de fora da festa,recebeu dois golpes: um acima das costelas, perto do coração, e outro no abdômen.
A família alega também que houve negligência médica, já que Wendilis recebeu alta em menos de 12 horas de observação.
De acordo com informações, logo que Wendilis recebeu as facadas, um grupo de conhecidos do jovem o cercou e chamou seu pai, João Barreto da Silva. Ao chegar ao local, João o levou para o Hospital das Clínicas Raimundo Chaar, onde o mesmo foi atendido pelo doutor Paulo.
“O doutor Paulo atendeu meu filho e passou somente um pano com álcool nos dois ferimentos, costurou sem fazer qualquer tipo de drenagem, e o encaminhou para a observação. Achei estranho, mas ele é medico e devia estar sabendo o que fazer. Logo depois, meu filho passou mal e a enfermeira colocou remédio no soro dele e ele ficou mais tranqüilo.Pela manhã, o médico olhou o meu filho e o liberou, dizendo que ele teve sorte e que podia ir pra casa”, contou o pai de Wendilis.
Ainda segundo o pai da vítima, ao chegar à casa o jovem sentia muitas dores e no domingo chegou a desmaiar. Nesse momento passava uma viatura da polícia, que foi acionada.
Ao chegar ao hospital,João Barreto contou que o médico Edson que atendeu seu filho perguntou se o garoto tinha sido vítima dos golpes de faca há uns 15 dias.
“Dissemos para o doutor Edson que meu filho tinha sido atingido nas últimas horas de sexta-feira, dia 25, e que o doutor Paulo o liberou no domingo, dia 27”, lembrou João Barreto.
De acordo com a versão dopai do jovem, o médico Edson e sua equipe fizeram de tudo para reanimar o garoto, mas não foi possível salvar sua vida e ele morreu. Seu corpo foi liberado, imediatamente, para o velório e enterro.
No momento em que o corpo de Wendilis estava sendo velado, o delegado da cidade disse que o caso teria que ser apurado, e de imediato encaminhou o corpo do jovem para o Instituto Medico Legal (IML) em Rio Branco.
A família acusa o hospital e o médico de plantão de negligência, devido ao fato do jovem ter sido liberado sem o devido acompanhamento médico.
“Ficamos impressionados porque o doutor Paulo poderia deixá-lo mais alguns dias no hospital, já que ele vinha sentindo muita dor e estava com febre. É uma falta de sensibilidade com avida humana. Meu filho não era para ter morrido, quero justiça e que os criminosos paguem na cadeia o que fizeram com ele” disse, emocionado, João Barreto.
Segundo a família da vítima, o acusado é conhecido como Pretinho e estaria ameaçando a Bruno Silva de morte, motivo que levou o jovem a registrar um boletim de ocorrência.
Se estivesse vivo, Wendilis Silva completaria 18 anos nesta quarta-feira. Os familiares estão revoltados com o descaso do hospital de Brasileia e pedem que a polícia prenda quem desferiu os golpes de faca no jovem.
Relembre o caso que vitimou Wendilis Silva
Na noite de 25 de janeiro, sexta-feira, Wendilis Silva estava na casa de festa Aquarela com seus amigos. Seu irmão, Bruno Silva, estava do lado de fora da festa e tinha sido abordado por dois homens, um deles, conhecido como Pretinho, que mais tarde seria acusado de ter esfaqueado Wendilis.
O jovem Bruno, ameaçado pelos dois indivíduos, ainda teve o corpo riscado de faca, mas conseguiu fugir e se livrar dos acusados. Nesse momento, segundo testemunhas, Wendilis soube que seu irmão teria sido esfaqueado.
De prontidão, Wendilis saiu da festa à procura do irmão e acabou surpreendido por dois golpes de faca.
Levado ao hospital, a vítima recebeu os primeiros socorros e foi liberado rapidamente, mesmo sentindo fortes dores e febre. Quando voltou ao hospital, no domingo, depois de passar mal em casa, Wendilis não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo.
Fonte: Agência ContilNet
Com informações de Wiliandro Derze
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Acre
17º Circuito Junino de Rio Branco acontece neste fim de semana com tradição, dança e celebração da cultura popular
Evento reúne quadrilhas de diversos bairros em apresentações culturais no Quadrilhódromo – Casa de Cultura, a partir das 19h.
O clima junino toma conta da capital acreana com a volta do mais tradicional concurso de quadrilhas da cidade. O 17º Circuito Junino de Rio Branco acontece nos dias 20, 21 e 22 de junho, no Quadrilhódromo – Casa de Cultura, localizado na Arena da Floresta, no Segundo Distrito.
Promovido pela Liga de Quadrilhas Juninas do Acre (Liquajac), em parceria com a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), o evento promete três noites de espetáculo, com apresentações de quadrilhas, shows e uma verdadeira celebração da cultura popular.
A programação começa na sexta-feira (20), a partir das 19h, com o cerimonial de abertura, seguido pelo Concurso de Realezas Mirim e o Concurso de Realeza da Diversidade, que celebra a inclusão e a representatividade. A noite termina com a apresentação da quadrilha CL na Roça, prometendo animação, beleza e coreografias típicas.
No sábado (21), quatro grupos juninos sobem ao tablado: Junina Escova Elétrica, Junina Assanhados na Roça, Junina Pega Pega e Junina Explode Coração, também com início às 19h. Cada grupo traz enredos criativos, figurinos coloridos e muita energia.
O domingo (22) marca o encerramento do circuito, com as apresentações das quadrilhas Junina Malucos na Roça, Junina Sassaricano na Roça e Junina Matutos na Roça. A noite termina com a apuração dos resultados, prevista para as 22h, coroando os melhores grupos da competição.
Para Lene Santos, presidente da Liquajac, o Circuito Junino é mais do que uma competição, é um espaço de resistência cultural e inclusão.
“Cada apresentação é fruto de muito esforço, criatividade e paixão pelo movimento junino. As quadrilhas trabalham o ano inteiro para mostrar ao público um espetáculo que mistura dança, teatro e muita emoção. Convidamos toda a população de Rio Branco a prestigiar e fortalecer essa tradição que é nossa”, destaca.
Com entrada gratuita, o evento é uma oportunidade para famílias, amigos e visitantes vivenciarem de perto a riqueza das festas juninas acreanas. A organização reforça que o espaço terá estrutura de segurança, alimentação típica e muita alegria, garantindo que todos possam aproveitar a festa.
Serviço:
📅 Data: 20, 21 e 22 de junho
⏰ Horário: A partir das 19h
📍 Local: Quadrilhódromo – Casa de Cultura (Arena da Floresta)
🎟️ Entrada gratuita
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Acre
Policial Civil do Acre conclui curso de pilotagem fluvial com missões na Bolívia e no Peru
Durante 40 dias, o agente da Polícia Civil do Acre (PCAC), José Juscelino Brasil, mergulhou — literalmente — em um treinamento voltado para operações em rios e igarapés. Ele participou do Curso de Pilotagem Operacional de Embarcações, oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC).
A capacitação teve carga horária de 540 horas-aula e aconteceu no Vale do Juruá, região em que navegar é, muitas vezes, a única forma de se deslocar.
O curso combinou teoria e prática, com aulas de mecânica de motores de popa, sistemas de rabeta, técnicas de flutuação, natação operacional e salvamento aquático com uso de motonáutica.
Na prática, os participantes foram levados a dois tipos de desafios: uma missão internacional, percorrendo trechos fluviais da Bolívia e do Peru, e uma simulação interestadual, que colocou em cena situações reais de resgate e transporte em áreas isoladas.
“Agora, posso atuar com mais segurança em operações fluviais, em locais onde não se chega de carro, apenas pelo rio. É uma forma de ampliar a presença da Polícia Civil nos lugares onde o Estado muitas vezes chega por último”, disse.
O curso integra as ações da Polícia Civil em adaptar suas operações à realidade geográfica do Acre, onde a malha fluvial é tão importante quanto as estradas.
Com informações da PCAC