Cotidiano
Família faz campanha para ajudar frentista que saiu do Acre para tentar transplante de rins e teve auxílio cortado
Ivan da Silva, de 30 anos, busca no transplante a esperança de ainda poder levar uma vida normal. Família faz campanha para ajudá-lo financeiramente.

Ivan da Silva, de 30 anos busca transplante de rim – Foto: Arquivo pessoal
Por Alcinete Gadelha
Diagnosticado com um problema nos rins há mais de dois anos, o frentista acreano Ivan da Silva, de 30 anos, busca no transplante a esperança de ainda poder levar uma vida normal. E para chegar mais perto desse sonho, há um mês ele viajou para o Rio Grande do Sul para aumentar as chances de conseguir fazer o procedimento. Mas teve o auxílio doença cortado pelo INSS e a família faz campanha para ajudá-lo.
Com queda nos transplantes no estado desde o ano passado devido a pandemia, Silva deixou o tratamento no Acre, onde passava por diálise há oito meses.
A suspeita é que o problema dos rins do frentista tenha ocorrido devido a um tratamento que ele fez há cinco anos quando precisou tomar muitos medicamentos.
“Não é um diagnóstico exato, mas é o que a gente acredita que tenha causado porque geralmente quem tem problema renal é devido a diabetes, pressão alta, lúpus e eu não tenho nenhuma destas doenças. Em 2017 tive um abscesso hepático e nesse período tomei muito antibiótico, então, a gente imagina que foi o efeito de muita medicação que afetou os rins”, contou.
Desde então, ele vem lutando contra o problema com medicação, que não fez efeito, e depois começou a fazer hemodiálise, e há um mês viajou para o Sul, onde faz exames para entrar na fila de transplante de lá.

Frentista faz hemodiálise há oito meses – Foto: Arquivo pessoal
Redução nos transplantes
Silva viajou por recomendação do médico já que os transplantes no Acre estão prejudicados. No ano passado, houve uma queda de 65% nos procedimentos. Já neste ano, segundo informou a coordenadora da Central de Transplantes, Regiane Ferrari, a situação não é diferente.
“Ainda continua tudo muito parado, a gente tem poucas notificações. Muitos pacientes que poderiam doar têm Covid, os que não tem Covid as famílias ainda recusam muito. Com isso, a gente sofre uma redução de doação e transplantes muito grande. Este ano ainda não tivemos nenhum doador efetivo”, disse.
No ano passado, durante todo o ano foram apenas três doações no estado.
“Já chegamos a alcançar o número de 9 doadores efetivos no ano. Ano passado, a gente teve três e até agora vamos ficar com índice igual ou pior ao do ano passado. A pandemia mexeu muito com nossas doações e transplantes, mas, a gente continua o trabalho, só que a realidade do momento que a gente vive nos coloca diante desse quadro“, acrescentou Regiane.
Mudança
Com a descoberta da doença, o paciente conta que foi uma fase difícil de mudança de vida. Na viagem ele é acompanhado pela mãe.
“É difícil, primeiro psicologicamente, quando você descobre que está com uma doença que não vai ter cura porque o transplante é mais uma modalidade de tratamento. De início foi esse impacto. No começo, ainda tinha função e fizemos o tratamento com medicação e tinha esperança de uma vida normal. Só que foi aumentando a possibilidade de dialisar, e esse foi o período mais difícil”, relembrou.
Com o agravamento da doença, ele ficou sem condições de trabalhar e de fazer as atividades que gostava e passou a levar a vida com restrição, e por isso resolveu buscar uma alternativa fora do estado.
“Mudou tudo. Fiquei sem condições de trabalhar, não fazia mais as coisas de antes, gostava de jogar bola, correr. Tem restrição alimentar, de líquido é complicado isso. No começo foi um choque. Hoje, já entendo melhor, mas no começo foi bem difícil. O transplante é uma esperança que a gente tem de ter uma certa liberdade e uma vida mais próxima do normal, essa é a nossa fé, estamos aqui nesse intuito. A intenção é de eu sair daqui só depois de transplantado. Estou realizando os exames. Ainda não entrei na fila porque só vou conseguir entrar depois que terminar”, explicou sobre o processo.
Ajuda
Silva viajou no dia 8 de junho junto com a mãe. Os dois foram por meio do TFD, e já conseguiram uma casa de apoio para ficar. Porém, o auxílio que ele recebia do INSS, foi cortado em março deste ano quando ele passou por reavaliação. O caso está na Justiça.
Sem ter qualquer tipo de renda, tanto ele quanto a mãe, a família no Acre se mobilizou e está ajudando financeiramente. Mas, como eles devem ficar um período longo ainda, a irmã dele, Maelle da Silva criou uma vaquinha virtual para ajudar os dois.
“A vaquinha é para eles se manterem em relação a alimentação e transporte para irem ao hospital porque graças a Deus eles conseguiram a casa de apoio. Minha mãe aqui trabalhava com faxina, então ela só ganhava se trabalhasse. E o benefício dele foi cortado então os dois não estão recebendo nada”, contou.
Maelle contou que a família tem ajudado, mas, como devem levar meses fora ainda, foi preciso a mobilização para garantir as despesas básicas dos dois.
“Fizemos o que dava aqui para eles irem e conseguimos algum dinheiro e eles estão com o que a gente conseguiu em família, dos irmãos da minha mãe, do meu pai, mas como eles podem ficar até um ano lá, a gente tem que correr atrás”, acrescentou.
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Próximo passo do projeto do novo estádio do Flamengo pode levar quatro anos
Luiz Eduardo Baptista, presidente rubro-negro, detalhou o processo junto à Prefeitura
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), afirmou que o projeto do estádio próprio no terreno do Gasômetro avançou em segurança jurídica e planejamento financeiro, durante reunião com sócios realizada na sede da Gávea, na última terça-feira (23). O próximo passo, contudo, pode levar até quatro anos.
Segundo o dirigente, o clube já tem a posse documentada do terreno adquirido em 2024, ajustou custos após estudos da FGV e pretende criar uma poupança prévia antes de decidir o modelo da obra, enquanto aguarda a saída da empresa Naturgy — condição necessária para a descontaminação total da área.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
“Agora temos um prazo estendido e o compromisso documentado, o terreno (do Gasômetro) é do Flamengo. Os estudos da FGV ajustaram o projeto e custos associados. Vamos criar uma poupança prévia para que na hora certa decida se faz e como fazer o estádio. O próximo passo é a saída da Naturgy do terreno, ela pode sair em até quatro anos. A gente espera que seja o mais rápido possível. A gente só pode fazer uma descontaminação mais profunda (do terreno) quando eles saírem”, afirmou Bap.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
O terreno do Gasômetro foi comprado pelo Flamengo em 2024, na gestão anterior a de Luiz Eduardo Baptista. A direção do presidente Rodolfo Landim havia estabelecido a inauguração do estádio para o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 127 anos do clube.
A ideia, contudo, foi descartada com o início do mandato de Luiz Eduardo Baptista, que não deseja comprometer o desempenho esportivo do Flamengo para a construção do estádio.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
De acordo com os estudos da FGV e Arena, o Rubro-Negro conseguirá reduzir o valor do projeto de mais de R$ 3 bilhões para R$ 2,2 bilhões.
Fonte: CNN
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CBF amplia Série D para 96 clubes a partir de 2026 e Acre terá três representantes
Competição passa a oferecer seis acessos à Série C e mantém 24 datas no calendário nacional
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o novo calendário do futebol nacional com mudanças significativas nas competições organizadas pela entidade. Entre as principais alterações está a ampliação da Série D do Campeonato Brasileiro, que a partir de 2026 passará de 64 para 96 clubes, além do aumento no número de acessos: seis equipes conquistarão vaga na Série C.
A reformulação beneficia diretamente os clubes que avançaram à segunda fase da Série D desta temporada. Como quatro dessas equipes — Barra-SC, Santa Cruz, Maranhão e Inter de Limeira — já garantiram o acesso, a CBF optou por redistribuir as vagas remanescentes, concedendo quatro vagas extras às federações, com base no Ranking Nacional de Federações, que será divulgado ao final do ano.
Outra novidade é a adoção do Ranking Nacional de Clubes (RNC) como um dos critérios para a definição das vagas na competição. Apesar do aumento expressivo no número de participantes, a Série D manterá o mesmo número de datas, totalizando 24 jogos no calendário.
Com as mudanças, o Acre terá três representantes na Série D de 2026. Pelos critérios de desempenho nos campeonatos estaduais e copas regionais, Independência-AC e Galvez já estão garantidos. A vaga via Ranking Nacional de Clubes ficará com o Humaitá, atualmente o clube acreano mais bem posicionado no ranking da CBF.
A Série D do Campeonato Brasileiro de 2026 está prevista para começar no dia 5 de abril e seguirá até 13 de setembro.
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Chuvas intensas provocam alagamentos em ruas de Rio Branco e deixam capital em estado de atenção
Volume de precipitação já ultrapassa 70 mm e afeta vias importantes, como a Avenida Maria José de Oliveira
As fortes chuvas que atingem Rio Branco desde a noite de quinta-feira (25) continuam causando transtornos à população. Além da elevação do nível do Rio Acre e de outros mananciais da bacia, as precipitações já provocam alagamentos em diversas ruas da capital, incluindo a Avenida Maria José de Oliveira, principal via do bairro Universitário.
Imagens divulgadas por internautas nas redes sociais mostram a avenida tomada pela água, o que dificulta a passagem de veículos e o deslocamento de moradores da região.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão, em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (26), o volume de chuva já ultrapassa 70 milímetros em Rio Branco. Segundo ele, a previsão indica a continuidade das chuvas ao longo do dia, mantendo o município em estado de atenção para a possibilidade de novos alagamentos.
A Defesa Civil segue monitorando a situação e orienta a população a evitar áreas de risco e a acionar os órgãos competentes em caso de emergência.


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