Acre
Família de brasileiro morto na Bolívia diz não ter recebido apoio no Brasil
Familiares do acreano Arlexsandro Bezerra Montenegro (38), morto no dia 11 de fevereiro durante uma rebelião na unidade prisional de Villa Bush, na Bolívia, disseram não ter tido apoio de autoridades brasileiras.
O presídio onde o brasileiro foi morto fica na cidade boliviana de Cobija, capital do Departamento (Estado) de Pando, cerca de 20 km do município acreano de Brasiléia.
Na quarta-feira (13), Fabiano e outros dois irmãos precisaram ir até Cobija para buscar o corpo de Arlexsandro. Segundo a família, o único auxílio que receberam em solo brasileiro foi do proprietário de uma funerária de Brasiléia (AC), que mostrou como agir para liberar o corpo. O consulado do Brasil na Bolívia não deu nenhnum suporte aos parentes da vítima.
“Ficamos sabendo da morte pela internet. Trazer o corpo dele pra cá foi difícil. Aqui no Brasil fomos à Polícia Federal e nos disseram para procurar a Receita Federal. Na Receita disseram que não podiam fazer nada, só através do consulado. No Consulado do Brasil colocaram dois advogados bolivianos para conversar com a gente. Eles queriam que registrássemos queixa e diziam que tudo ia ter custo”, disse Fabiano Montenegro (33), irmão de Arlexsandro.
Outro ponto que os familiares da vítima não entenderam foi em relação aos advogados existentes no consulado brasileiro. “Como no consulado brasileiro, em Cobija, os advogados são bolivianos?”, questiona a tia de Arlexasandro, Dulcélia Montenegro.
Sem ajuda de nenhuma entidade ou órgão que cuide dos direitos humanos no Acre, eles pedem que seja dado apoio aos cerca de 31 brasileiros que ainda permanecem cumprindo pena no local.
“Já perdemos nosso irmão. Queríamos que ajudassem aqueles que ainda estão lá. Estão dizendo que vão matar todos os que ficaram. Os familiares dos outros presos ainda estão lá protestando para trazer os parentes que foram espancados para o Brasil”, relata Fabiano.

Laudo de liberação do corpo de brasileiro morto na Bolívia escrito à mão (Foto: Duaine Rodrigues/G1)
As agressões ocorridas no dia 11 de fevereiro aconteceram, segundo Montenegro, quando os presos estavam entrando nas celas e seis bolivianos foram para cima de cinco brasileiros. “Os outros escaparam porque foram para a parte de cima do presídio. Quando meu irmão caiu, o companheiro de cela dele tentou ajudar e foi espancado também”, conta.
Alto custo para liberação do corpo
De acordo com Fabiano Montenegro, os trâmites para liberação do corpo foram realizados em Cobija, sem que houvesse a análise de um médico legista. “Entregaram um documento escrito à mão e depois disso as coisas começaram a andar, mas sem médico nenhum ver meu irmão”, acrescentou.
Segundo ele, a família gastou aproximadamente R$ 3 mil com taxas. “Tudo é pago. Só para tirar da funerária pagamos R$ 800. Para passar o corpo para o Brasil pagamos uma taxa ao consulado, apesar de não terem feito nada. Tivemos que pagar diária da câmara fria, ao custo de Bs$ 500 dia e mais Bs$ 1.500 (cerca de 212 doláres) para ‘ajeitar’ o corpo “, declara.
Arlexsandro Bezerra Montenegro (38) era Pai de três filhos e estava preso desde novembro do ano passado, após ter praticado um assalto a banco na Bolívia. Ele tinha julgamento marcado para janeiro desse ano.
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Acre
Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência
A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.
O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.
Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.
Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.
Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.
“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco
Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.
A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.
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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco
Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.
Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.
Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.
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Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco
Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes
O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.
De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.
Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.
Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.














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