Brasil
Exigir vacina de público em eventos deve ser tendência em retomada
Reabertura do setor, um dos mais afetados pela pandemia, já definiu protocolos para eventos sociais e feiras corporativas

Casamento realizado em buffet de Curitiba (PR) antes da pandemia: para empresário, exigência da vacinação é primordial para o setor – Cheng NV/Buffet Nuvem de Coco
A liberação de eventos sociais e feiras corporativas pelo governo de São Paulo, na última terça-feira (17), levantou o debate sobre a possível exigência da vacinação do público. Para empresários do segmento, um dos mais penalizados pela pandemia de covid-19, a medida segue uma tendência mundial e, caso seja aprovada, funcionaria como uma espécie de “atestado de segurança” de eventos.
No momento, os protocolos que seguem valendo, no caso de encontros sociais, são aqueles aprovados em um evento-teste realizado no dia 6 de agosto, entre 18h30 e 23h, no Club Athletico Paulistano. A reunião, fechada para associados, reuniu 170 pessoas, que só entraram no local após o resultado negativo do teste antígeno para covid-19. Na entrada, os participantes também tiveram a temperatura aferida e responderam a um questionário com informações sobre sua saúde e dados para a testagem pós-evento.
Além do uso obrigatório de máscaras (exceto durante a alimentação) e o monitoramento do distanciamento social, havia kits com álcool gel à disposição e o serviço de gastronomia foi à la carte. A testagem foi repetida 5 dias depois e houve apenas um resultado positivo, que se comprovou mais tarde não ter relação com o evento no Paulistano.
“Planejamos os protocolos durante meses e nossa avaliação é que a experiência foi um sucesso”, disse Ricardo Nunes, presidente da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta). Segundo ele, o evento-teste foi acompanhado por uma equipe da Vigilância Sanitária do Estado. “Os protocolos foram validados e devem se tornar um decreto que vai nortear a realização de encontros do tipo (jantar sentado)”, explicou.
Festa de casamento
Outro evento-teste, desta vez uma festa de casamento com 30% da capacidade da pista de dança, será realizado no dia 12 de setembro, o que vai ensejar um novo decreto. Dependendo do cenário da pandemia nos próximos meses, o governo do Estado trabalha com a possibilidade de abrir totalmente a pista de dança em eventos a partir de 1º de novembro.
De acordo com o presidente da Abrafesta, em relação aos funcionários do setor, é possível monitorar a imunização por meio de cadastros que incluam a consulta sobre o esquema vacinal. “Exigir a comprovação da vacinação do público é viável, mas é preciso aguardar as determinações do governo em relação a isso”, diz.
Equipe de controle
Caso a exigência seja regulamentada, a operacionalização não será um problema para os empresários da área. Em Curitiba (PR), onde os eventos sociais estão liberados há 15 dias com ocupação de até 50% da capacidade (limitado a 300 pessoas), além das regras básicas (máscara, distanciamento, álcool gel e aferição de temperatura), já é feita uma listagem para que seja possível rastrear o público pós-encontro.
“A apresentação da carteira de vacinação é primordial para garantir a segurança dos eventos. E o setor tem equipe preparada para fazer esse controle, como seguranças, cerimonialistas e bombeiros civis”, diz Júlio César Hezel, diretor da sucursal Curitiba da Abrafesta e proprietário de um buffet na cidade. Para ele, trata-se de uma medida mais rápida e eficaz do que, por exemplo, realizar a testagem na entrada do evento, o que poderia causar aglomerações.
Nos 17 meses em que o mercado de eventos deixou de funcionar em Curitiba, segundo Hezel, quem sobreviveu está endividado e extremamente vulnerável. “A situação é ainda mais crítica para a mão de obra informal, que de repente perdeu toda sua renda”, diz Hezel. O presidente da Abrafesta, Ricardo Nunes, confirma. “A retomada que começa agora é o momento de as empresas cumprirem sua responsabilidade social com essa força de trabalho tão fragilizada. Em que pesem os prejuízos do setor, é dever do empresário garantir condições e salários dignos para esses trabalhadores”, diz.
Em Curitiba, o momento é de expectativa em relação à liberação da pista de dança. “Embora os eventos já estejam autorizados, ninguém vai programar uma festa com público sentado e sem dança. Então, na prática, continuamos sem procura.”
Espaço destinado à testagem na Expo Retomada, realizada em julho no Santos Convention Center Divulgação
Feiras corporativas
Em São Paulo, o governo também autorizou feiras corporativas no último dia 17. Assim como ocorreu no Club Paulistano, houve um evento-teste no Santos Convention Center, em Santos, litoral paulista, nos dias 21 e 22 de julho. O objetivo da Expo Retomada foi testar protocolos de segurança em ambientes controlados para a retomada das atividades. O limite era de 700 pessoas por dia de feira.
Acompanhada por representantes das Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, a Expo Retomada teve testagem na entrada e uma repescagem, cinco dias depois. “Com mais de 1.700 participantes, contando com a equipe de apoio, houve dois casos positivos de covid. Ainda assim, a contaminação teria se dado após a feira de negócios”, diz Daniel Galante, diretor de operações da multinacional francesa GL Events (responsável por várias feiras corporativas no Brasil) e vice-presidente da Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras).
Entre outras medidas, a feira-teste estava com todas as entradas abertas, teve ar-condicionado com captação do ar externo, distribuição de álcool gel, obrigatoriedade de máscaras e distanciamento social. A orientação de fluxo criava uma espécie de “mão única” para percorrer os estandes (como ocorre, por exemplo, em tours de museus). “Além disso, as áreas de alimentação, momento em que as pessoas tiram as máscaras, ficavam afastadas”, explica Garante. O saldo geral, segundo ele, foi altamente positivo.
Leia mais: Setores da economia pressionam funcionários a tomarem a vacina
Com base em sua experiência de feiras no exterior, Galante acredita que a obrigatoriedade de vacinação junto ao público é uma possibilidade real no Brasil. “É uma tendência mundial, isso já ocorre na França, por exemplo. Com o avanço da vacinação, é natural que as autoridades exijam a imunização para que as pessoas possam participar de grandes eventos públicos”, afirma.
Galante lembra que a alta adesão à vacina no Brasil vai facilitar esse processo, diferentemente de outros países. “A certeza de que mais de 90% da população está imunizada cria as condições de segurança necessárias para a liberação de grandes eventos, inclusive com aglomeração, como shows, festivais e torneios em estádios de futebol.”
Do R7
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.
Veja vídeo:
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Trio é preso por lavagem de dinheiro e R$ 2,5 milhões são apreendidos em mala
A Polícia Civil do Amazonas seguirá com as investigações para determinar a origem exata do dinheiro e a rede criminosa por trás do esquema

Com eles, foi encontrada uma mala contendo R$ 2.500.000 (dois milhões e quinhentos mil reais. Foto: cedida
Com Assessoria e D24am
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (FICCO/AM) efetuou a prisão em flagrante de três indivíduos em Manaus, suspeitos de dissimulação e ocultação de valores provenientes de atividades criminosas, configurando o crime de lavagem de dinheiro. A operação teve início após a FICCO/AM receber uma denúncia anônima através de seu canal oficial, que detalhava o envolvimento de um dos investigados em um possível esquema de lavagem de capitais. Com eles, foi encontrada uma mala contendo R$ 2.500.000 (dois milhões e quinhentos mil reais).
Diante da gravidade da informação e da alta possibilidade de flagrante delito, uma equipe policial da FICCO/AM, com o apoio tático da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) da Polícia Militar do Amazonas, deslocou-se imediatamente ao local indicado para averiguação.
Durante as diligências, foi possível interceptar os três homens. Com eles, foi encontrada uma mala contendo R$ 2.500.000 (dois milhões e quinhentos mil reais), quantia que estava acondicionada de forma suspeita e apresentava fortes indícios de ser fruto do crime de lavagem de dinheiro.
Os três indivíduos foram presos em flagrante e encaminhados às autoridades competentes para os procedimentos legais. A Polícia Civil do Amazonas seguirá com as investigações para determinar a origem exata do dinheiro e a rede criminosa por trás do esquema.
A FICCO/AM, que é composta por integrantes de diversas forças de segurança, reafirmou em nota seu compromisso com o enfrentamento qualificado ao crime organizado. A Força Integrada também ressaltou a importância fundamental da colaboração da sociedade por meio de denúncias anônimas, que são cruciais para o sucesso das operações e o desmantelamento de esquemas criminosos.
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Polícia Militar recupera bens furtados e prende dupla por furto, receptação e tráfico em Envira (AM)
No endereço apontado, e com autorização do morador, os policiais encontraram parte dos objetos denunciados: fogão, botijão de gás, TV 43 polegadas, espelho grande, cama de casal e colchão

Todos os bens recuperados foram apresentados na delegacia e serão devolvidos à vítima. Foto: captada
Com d24AM
Na noite de quinta-feira (4), a Polícia Militar do Amazonas, por meio da 1ª Companhia Independente e do 10° Grupamento de Polícia Militar, recuperou diversos objetos furtados de um imóvel alugado e prendeu duas pessoas em flagrante no município de Envira, a 1.206 km de Manaus.
A ação começou após denúncia do proprietário Francisco de Souza e Souza, 41 anos, que informou que sua inquilina, Antônia Gerliane Gomes da Costa, 34 anos, havia levado móveis e eletrodomésticos do imóvel que fora alugado já mobiliado, na rua Ferreira Valentim.
Deslocada a guarnição da viatura, com apoio dos policiais civis Rafael Reis e Ulisses Zanelato, a equipe localizou Antônia no bairro Colônia Oliveira Campos. A mulher indicou que os bens estavam com Evandrinho da Silva Lopes, 19 anos.
No endereço apontado, e com autorização do morador, os policiais encontraram parte dos objetos denunciados: fogão, botijão de gás, TV 43 polegadas, espelho grande, cama de casal e colchão. Durante a busca, também foram localizados:
- Uma porção de substância aparentemente pasta base de cocaína
- R$ 1.850,00 em espécie
- Três aparelhos celulares
- Um receptor de TV
- Um cartão bancário com senha visível
- Duas gaiolas com dois pássaros da espécie curió (ave silvestre protegida)
Antônia Gerliane e Evandrinho da Silva receberam voz de prisão em flagrante pelos crimes de furto, receptação, tráfico de drogas e crime ambiental (manutenção de aves silvestres em cativeiro). Ambos foram conduzidos ao 66° Distrito Integrado de Polícia de Envira, onde os procedimentos foram realizados sob responsabilidade do delegado Henrique.
Todos os bens recuperados foram apresentados na delegacia e serão devolvidos à vítima após os trâmites legais. A operação reforça o trabalho integrado entre Polícia Militar e Civil no combate à criminalidade no interior do Amazonas.

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