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Ex-prefeito assassinado no Acre devia R$ 130 mil para ex-secretário de esportes preso pelo crime

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Mazinho Mariano entrou na Justiça contra Gedeon Barros e a mulher dele, Maria Lúcia Dias da Silva Barros, três meses antes da morte do ex-prefeito. Ex-secretário temia que o casal se desfizesse de bens e não pagasse dívida.

O assassinato do ex-prefeito de Plácido de Castro Gedeon Barros segue envolvido em mistérios. Após a prisão dos principais suspeitos do crime, nessa quarta-feira (20), uma dívida de R$ 130 mil que a vítima tinha com um dos presos veio à tona.

De acordo com o processo, Gedeon devia o dinheiro para Liomar de Jesus Mariano, mais conhecido como Mazinho Mariano, um dos presos pela Polícia Civil nessa quarta. Mazinho era aliado político de Gedeon, tendo, inclusive, disputado as Eleições 2020 como candidato a vice na chapa do ex-prefeito.

O suspeito também atuou como secretário de esporte de Plácido de Castro. Em fevereiro de 2021, três meses antes de Gedeon ser assassinado a tiros em Rio Branco, Mazinho entrou com uma ação monitória na Justiça contra o ex-prefeito e a mulher dele, Maria Lúcia Dias da Silva Barros.

No processo, Mazinho Mariano alegou que o casal devia R$ 102.620,37, decorrentes de negociações relativas à compra e venda de produtos entre eles em 2017 e tendo uma nota promissória entregue para ele como garantia de pagamento.

Em 2021, com valores atualizados, a dívida chegou em R$ 166.312,48, tendo o ex-prefeito e esposa pagado R$ 36.312,48. Mazinho destaca no processo que tentou receber os valores ao longo dos anos, contudo, o casal pediu mais prazo para pagar a dívida, alegando que tinha o dinheiro em forma de bens.

Ainda segundo o processo, o suspeito resolveu entrar na Justiça porque o casal começou a se desfazer de alguns bens móveis para, supostamente, não pagar a dívida. De imediato, Mazinho entrou com um pedido de liminar e de apreensão de um veículo do casal para tentar conseguir alguma parte do pagamento.

Segundo o processo, Gedeon Barros começou ‘transferindo um imóvel que lhes pertenciam a um cunhado, bem como a empresa onde o executado Gedeon de Souza Barros se mostra inapta por omissão de declaração. Ainda possuem um veículo, marca Toyota Hillux, que se encontra em mãos de terceiro, para demonstrar a inexistência de bens passíveis de saldar a dívida’.

O pedido de liminar do ex-secretário foi negado pela Justiça na época, contudo, a ação seguiu os trâmites.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Mazinho Mariano, Wellington Silva e aguarda retorno.

Prisão suspeitos

Nessa quarta, a Polícia Civil prendeu três suspeitos em uma operação simultânea em três municípios acreanos.

Agentes de Plácido de Castro, Tarauacá e Rio Branco cumpriram seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão. De acordo com o delegado Alcino Júnior, que comanda a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital acreana e responsável pela investigação, dois dos suspeitos presos foram os executores do crime.

Em coletiva de imprensa na manhã de quarta (20), o delegado afirmou que um dos executores foi preso em Rio Branco, na região da Estrada Transacreana, e o outro estava preso em Tarauacá por outro crime. Outros três estão foragidos.

A operação contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para a prisão do suspeito em local de difícil acesso na Transacreana.

“A investigação não finalizou, mas estamos muito próximos dessa conclusão. Hoje, temos duas pessoas presas pela execução. No dia de hoje [quarta, 20] foram 6 mandados de prisão, e três foram cumpridos. Outros três são de autores intermediários, que auxiliaram na logística, com empréstimo de motocicleta, da arma de fogo. Esses estão foragidos e a gente vai trabalhar para localizá-los e cumprir esses mandados de prisão”, explicou.

Ainda conforme Júnior, a motivação do crime foi uma disputa comercial entre parceiros de negócios do ex-prefeito.

José Henrique Maciel, delegado-geral da Polícia Civil do Acre, e Alcino Junior, da DHPP, apresentaram resultados de operação nesta quarta-feira (20) — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre

O delegado afirmou que os responsáveis pelo planejamento do crime eram pessoas do convívio de Gedeon, e que contrataram a dupla que perseguiu e efetuou o disparo que tirou a vida do ex-prefeito. Ele também disse que os valores pagos na execução do plano ainda estão sendo investigados.

“A motivação, ao que nos parece, foi um desacordo comercial, societário, entre a vítima e os responsáveis pelo planejamento do crime, por negociações que mantinham durante e após o mandato dele [Barros]. Ainda é preciso aprofundar nesse aspecto. Houve a contratação de duas pessoas, que utilizaram uma motocicleta, monitoram o ex-prefeito, o seguiram e quando tiveram oportunidade efetuaram disparo único para causar sua morte e se evadiram do local”, acrescentou.

Na coletiva, o delegado-geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel, ressaltou a complexidade da investigação e disse que os próximo passo será chegar aos mandantes e intermediários.

“Até uns meses atrás, tínhamos apenas os executores, mas quem tinha planejado, dado a ordem, e qual tinha sido a motivação, foi a complexidade da investigação. Se tivéssemos parados apenas nos executores, apresentaríamos só quem participou naquele dia. Mas, a gente tem que entender o porquê de tudo isso. E é isso que estamos finalizando no inquérito, mas já avançamos muito. Há muitas pessoas que não estavam lá, mas participaram do crime”, destacou Maciel.

Mazinho se diz inocente

O advogado Wellington Silva confirmou que Mazinho Mariano e Gedeon eram amigos e ele colaborava com as investigações desde o início. Ainda segundo a defesa, Mazinho apresentou dados bancários, telefônicos e outros solicitados pela polícia ao longo das investigações.

Gedeon Barros foi morto dentro do carro — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre

A defesa alega que Mazinho é inocente e chamou a prisão de injusta.

“Inclusive, apresentamos petições pedindo oitivas e depoimentos para que o Mazinho pudesse colaborar no que fosse necessário. Nos disponibilizamos para apresentar o celular dele voluntariamente para que fosse periciado, quebra de sigilo bancário, telefônico, apresentamos tudo. Então, essa prisão é totalmente absurda porque era investigado colaborador. Ele soube que o nome era investigado na imprensa e por conversas no município, então, já me constituiu e começamos a colaborar no inquérito, o delegado anterior tinha uma linha de raciocínio que tinha o Mazinho como colaborador. Fomos surpreendidos com essa prisão preventiva. Ele é inocente, é uma prisão de um inocente, injusta. Vamos provar isso”, afirmou.

Quem era Gedeon?

Gedeon Barros foi prefeito da cidade de Plácido de Castro entre os anos de 2017 a 2020, quando ele concorreu à reeleição, mas foi derrotado nas urnas no ano passado. O ex-prefeito era empresário e foi gestor da cidade apenas por um mandato.

Durante a gestão, Barros teve o nome divulgado em uma lista de nove prefeitos de cidades do Acre como ficha suja do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) em agosto de 2020. Os gestores tinham condenações transitado em julgado nos últimos oito anos. As condenações incluem diversos processos, entre os quais desvios ou problemas na administração do dinheiro público.

Investigações da Polícia Federal na Operação Contágio, também apuraram supostas irregularidades em licitações que teriam ocorrido no primeiro semestre do ano de 2020 no município. Conforme a PF, um dos contratos investigados envolvia mais de R$ 500 mil para a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para profissionais da saúde que atuavam no combate à pandemia causada pela Covid-19, no mandato dele.

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Buscas entram no segundo dia por criança de 2 anos desaparecida após colisão de barcos no Rio Tarauacá

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Mergulhadores do Corpo de Bombeiros atuam em área de difícil acesso; menina caiu na água após acidente lateral entre embarcações e não foi localizada

Os militares fizeram alguns mergulhos quando perceberam que o nível do rio estava mais baixo ainda no fim da tarde de segunda. Ainda segundo o tenente, a criança ainda não havia sido encontrada até o final da manhã desta terça. Foto: captada 

As buscas pela menina Emily Lorrany, de 2 anos, entraram no segundo dia nesta terça-feira (30) no Rio Tarauacá, no interior do Acre. A criança desapareceu após uma colisão entre duas embarcações na segunda-feira (29) no Seringal São Luís, região de difícil acesso entre os municípios de Tarauacá e Jordão.

De acordo com o tenente Marcelo Monteiro Dias, subcomandante do 7° Batalhão do Corpo de Bombeiros, a mãe e as duas crianças estavam em uma bajola (barco artesanal) que colidiu lateralmente com uma canoa. As duas crianças caíram no rio; uma foi resgatada, mas Emily afundou e não foi localizada. O rio está cheio e com muita vegetação flutuante, o que dificulta a operação.

“As duas crianças caíram no rio. Conseguiram tirar uma criança, e a outra, de dois anos, afundou”, acrescentou.

A equipe de mergulhadores chegou ao local apenas às 17h de segunda-feira devido à distância e às condições do rio. As buscas continuam durante todo o dia desta terça-feira na esperança de encontrar a criança.

O acidente foi no Seringal São Luís. Fica entre o Rio Tarauacá e Jordão. Já é a jurisdição de Jordão, mas o corpo de Bombeiros aqui de Tarauacá faz esse atendimento. Foto: captada 

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Família pede ajuda para encontrar Raquel Nobre, 37 anos, desaparecida há 19 dias em Rio Branco

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Mulher, que tem esquizofrenia e faz uso de medicamentos controlados, foi vista pela última vez no dia 11 de dezembro no bairro Ivete Vargas; parentes suspeitam que ela tenha saído acompanhada

Raquel Nobre não possui celular, o que impede tentativas de contato ou que a localização seja rastreada. A família afirma que a mulher sempre usa vestidos e óculos escuros. Foto: captada 

Há 19 dias, a família de Raquel Nobre de Lima, 37 anos, vive um drama em Rio Branco: a mulher desapareceu sem deixar pistas. O último contato ocorreu no dia 11 de dezembro, e desde então ninguém sabe para onde ela foi. A irmã, Olivia Nobre, relatou ao Portal Acre que Raquel deixou a casa onde mora, no bairro Ivete Vargas, sem que ninguém a visse saindo.

Relatos da família:
  • Raquel foi vista dias antes do desaparecimento com um senhor de idade no bairro João Eduardo;

  • Ela levou alguns pertences, o que faz a família acreditar que possa ter saído acompanhada;

  • Raquel é esquizofrênica e faz uso de medicamentos controlados. “Sem os remédios, ela surta”, alerta a irmã;

  • Ela não possui celular, o que impede tentativas de rastreamento;

  • Costuma usar vestidos e óculos escuros, mas não tem cicatrizes ou tatuagens aparentes.

Busca e apelo:

A família conta com o apoio da Polícia Civil, mas até o momento não há informações concretassobre o paradeiro de Raquel. Parentes e amigos fazem buscas próprias e pedem o apoio da população para qualquer informação que possa ajudar.

Contatos para informações:
  • Olivia Nobre: (68) 99909-4108

  • Fábio Nobre: (68) 99988-0511

Casos de desaparecimento de pessoas com transtornos mentais exigem agilidade nas buscas, já que podem estar vulneráveis a riscos ou sem condições de procurar ajuda sozinhas.

A Polícia Civil deve divulgar um boletim de ocorrência com a foto de Raquel para ampliar a divulgação. Enquanto isso, a família segue na esperança de que alguém a tenha visto nas ruas da capital ou em municípios vizinhos.

Qualquer informação, mesmo que pareça insignificante, pode ser crucial. A família pede que as pessoas fiquem atentas a mulheres com vestido e óculos escuros que pareçam desorientadas.

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Terça-feira será de calor, tempo abafado e chuvas pontuais em todo o Acre

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Sol entre nuvens predomina no estado; temperaturas podem chegar a 34°C em algumas regiões

FOTO: SÉRGIO VALE

O tempo segue quente e abafado em todo o Acre nesta terça-feira (30), com predomínio de sol entre nuvens e ocorrência de chuvas rápidas e isoladas, segundo informações do portal O Tempo Aqui. A influência de instabilidades em áreas da Região Norte e Centro-Oeste do país, especialmente em Rondônia e Mato Grosso, contribui para o cenário climático observado no estado.

Condições por região

No leste e sul do Acre, que abrangem as microrregiões de Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o dia será marcado por sol, variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva, com baixa probabilidade de eventos intensos. A umidade relativa do ar deve variar entre 50% e 60% durante a tarde, chegando a 85% a 95% ao amanhecer. Os ventos sopram fracos ou calmos, predominando do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, incluindo as microrregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o cenário é semelhante, com tempo quente, abafado e chuvas pontuais. A umidade mínima fica entre 60% e 70% à tarde, enquanto a máxima varia de 85% a 95% nas primeiras horas do dia. Os ventos seguem fracos a calmos, também predominando do quadrante norte.

Temperaturas nos municípios

Em Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, com máximas entre 31°C e 33°C.

Nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba e Assis Brasil, as mínimas ficam entre 21°C e 23°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.

Em Plácido de Castro e Acrelândia, os termômetros devem marcar mínimas de 22°C a 24°C e máximas de 31°C a 33°C.

Para Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus, a previsão indica mínimas entre 22°C e 24°C, com máximas mais elevadas, podendo alcançar entre 32°C e 34°C.

Em Tarauacá e Feijó, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.

No Vale do Juruá, que inclui Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as mínimas ficam entre 22°C e 24°C, com máximas de 31°C a 33°C.

Já em Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão, a previsão aponta mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 31°C e 33°C.

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