Acre
Ex-deputado do Amapá preso acusado de intermediar esquema de propinas ocupa cargo no gabinete de Petecão
No gabinete de Petecão, o ex-deputado do Estado do Amapá recebe um salário de R$ 14.339,83 para exercer a função de assistente parlamentar.

Ao Notícias da Hora, Petecão se limitou a dizer que seu gabinete em Brasília nomeia assessores de todos os estados. Quanto a Antônio da Justa Feijão disse que não tinha conhecimento da sua nomeação, mas iria verificar na segunda.
O ex-deputado federal do Estado do Amapá, Antônio da Justa Feijão, que foi preso durante operação Garimpeiros da Propina, da Polícia Federal, e ficou detido por quase cinco meses em 2018, acusado de integrar um esquema de distribuição de propina dentro do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ocupa cargo em comissão no gabinete do senador acreano Sérgio Petecão (PSD).
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Ele foi nomeado em 2019. Em 2017, ele ocupou cargo no gabinete do também senador Davi Alcolumbre, que atualmente é presidente do Senado.
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Antônio da Justa Feijão foi superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Ele foi investigado pelos agentes de Polícia Federal e acusado de integrar um esquema de propina no órgão para liberar atividades garimpeiras ilegais. De acordo com a PF, Feijão e servidores do DNPM “facilitavam a obtenção de concessões e autorizações de exploração de minério mediante o recebimento de vantagens indevidas e favorecimento de terceiros, além de realizarem ‘vista grossa’ nas irregularidades na mineração”.
Durante o escândalo do esquema de propinas no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), veículos de comunicação do Estado do Amapá denunciaram que Antônio da Justa Feijão seria servidor fantasma no gabinete do Senador Davi Alcolumbre (DEM).
As notícias também davam conta que o antigo DNPM, atual Agência Nacional de Mineração (ANM) estaria sob influência do senador Davi Alcolumbre, que por sua vez, seria padrinho do ex-deputado que foi exonerado de seu gabinete para reaparecer nomeado por Sérgio Petecão.
Há suspeitas que Antônio Da Justa Feijão foi nomeado no gabinete do senador acreano como uma troca de favores entre o presidente Davi Alcolumbre e o primeiro-secretário Sérgio Petecão. Em 2017, Feijão recebia remuneração básica de R$ 8.608,90 no gabinete de Alcolumbre.
Atualmente, no gabinete de Petecão, o ex-deputado do Estado do Amapá recebe um salario de R$ 14.339,83 para exercer a função de assistente parlamentar. Feijão foi solto em julho de 2018. A Justiça revogou a pela demora na oferta da denúncia dos supostos crimes.

Segundo reportagem do G1 Amapá, o suposto esquema de propinas que resultou na prisão de Feijão teria funcionado durante seis anos, entre 2012 e 2018. A acusação é que Feijão e outro ex-parlamentar cometeram dez crimes, entre eles, organização criminosa, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. As outras seis pessoas são acusadas de participação no esquema com recebimento de vantagens ilícitas.
A nomeação de Feijão no gabinete de Petecão pode ser mais um exemplo das manobras que os políticos fazem para desviar atenção de escândalos que podem respingar em seus nomes, acomodando seus apadrinhados em confortáveis cargos públicos de colegas de outros estados.
O que diz Petecão
Ao Notícias da Hora, o senador Sérgio Petecão, que também ocupa o cargo de primeiro-secretário do Senado Federal, disse que o seu gabinete de Brasília tem nomeações de todos os estados.
“O meu gabinete lá, amigo, nós temos uma estrutura que aloca assessores de todos os estados, entendeu?”, pontuou Petecão.
Quanto à nomeação de Antônio da Justa Feijão, preso em 2018 pela Polícia Federal, o senador acreano não soube especificar em que circunstâncias se deu a nomeação de Feijão e se ele tinha conhecimento, a resposta foi: “não”.
Ao encerrar a ligação, Petecão pediu que a reportagem voltasse a entrar em contato com ele amanhã, segunda-feira, para esclarecimentos mais detalhados acerca da nomeação do ex-deputado federal do Amapá, Antônio da Justa Feijão.
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Água invade ruas, casas e deixa praça submersa

Foto: David Medeiros
A forte chuva que atinge a capital acreana desde a madrugada desta sexta-feira (26) continua causando transtornos em diversos pontos de Rio Branco. A reportagem do ac24horas Play segue acompanhando a situação e esteve no bairro Plácido de Castro, na Travessa Tabosa, onde a água já invadiu residências.
De acordo com o repórter David Medeiros, que entrou na área alagada para registrar a situação, a água tomou as ruas do bairro e invadiu várias casas. Com o avanço da enxurrada, veículos já não conseguem trafegar pelo local, e moradores precisaram retirar carros das garagens às pressas para evitar prejuízos.

Foto: David Medeiros
Ainda segundo os relatos, o sistema de drenagem não suportou o volume da chuva, problema recorrente na região. Imagens registradas pela reportagem mostram a pracinha do bairro completamente submersa.
Morador da área, Roni relatou a preocupação com o aumento constante do nível da água e o risco de transbordamento para dentro da residência. “A água tá aumentando, tá subindo. Já chegou na área da frente e na de trás, agora tá entrando dentro da casa. Toda vez que chove forte acontece isso aqui. Ainda bem que agora estão mexendo nas galerias, senão já estaria tudo debaixo d’água”, afirmou.

Foto: David Medeiros
Com a continuidade das chuvas, moradores do bairro amanheceram tentando salvar o que é possível dentro de casa, enquanto quintais e áreas externas seguem completamente alagados.
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Estrada do Calafate volta a ficar debaixo d’água em Rio Branco

Foto: Eduardo Gomes e David Medeiros
Mais uma vez, como ocorre sempre que chove, moradores da região do bairro Calafate enfrentam dificuldades para trafegar pela estrada de acesso ao bairro, que ficou alagada em razão das chuvas registradas nesta sexta-feira (26), em Rio Branco.
Imagens captadas pela reportagem mostram a via completamente tomada pela água nas proximidades da Igreja Batista do Bosque (IBB) e da Havan, área que costuma registrar transtornos recorrentes durante períodos de chuva intensa, dificultando a passagem de veículos.
O trecho é uma baixada historicamente afetada por alagamentos, o que gera preocupação entre moradores e condutores. Em meio ao avanço da água, algumas pessoas aguardam em pontos de ônibus, enquanto a mobilidade no local se torna cada vez mais comprometida.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, informação divulgada pelo repórter David Medeiros, a previsão é de que as chuvas continuem pelo menos até as 13h desta sexta-feira, mantendo o alerta para novos alagamentos na capital. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva já ultrapassou os 70 milímetros em Rio Branco.

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