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Estupro de vulnerável em vítimas do sexo feminino no Acre reduz 38%, aponta Anuário
Dados são comparativos ao primeiro semestre de 2019 e 2020 e apontam ainda redução no número de estupros em mulheres no período.
Por Janine Brasil
O número de estupros de vulnerável em vítimas do sexo feminino no Acre reduziu 38% durante a pandemia do novo coronavírus.
Os dados, revelados pelo 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicados no domingo (18), são comparativos ao primeiro semestre de 2019 com o mesmo período de 2020.
O estudo revela que no ano passado 79 crianças e adolescentes mulheres foram estupradas. Esse ano o número reduziu para 49. O levantamento foi feito para descobrir o impacto da pandemia do coronavírus sobre os dados da segurança pública neste período.
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O delegado Cleylton Videira, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) disse que mesmo que a redução nos números é importante a polícia ter o olhar de continuidade e atenção quanto a essa modalidade de crime que gera prejuízos físicos e mentais às vítimas e familiares.
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“O crime de estupro de vulnerável, no caso crianças e adolescentes, fica muito marcado na nossa mente. A gente não acredita, mas, efetivamente, a redução tem ocorrido, temos que estudar a motivação, mas, também, a gente tem percebido que com ações que são nacionais e locais na polícia investigativa isso tem levado vários indivíduos a prisões, tanto os abusadores sexuais como também aqueles que mantém algum tipo de imagens ou conteúdos sexuais de crianças e adolescentes.”
Videira falou ainda que o trabalho em conjunto entre a polícia, Ministério Público e a Justiça contra esses crimes bárbaros tem ajudado na elucidação de alguns casos.
“Muitas vítimas, em grande maioria dos casos, não tem noção da violência sexual que sofreu por ocorrerem dentro de um ambiente intra-familiar, mas, com as campanhas e o empenho social, alcançamos essas vítimas e levamos os agressores aos tribunais”, acrescentou.
Ele alertou que as famílias devem estar atentas e preparadas para quando houver uma denúncia de uma criança ou adolescente para que eles entendam que aquela criança ou adolescente vulnerável são as vítimas.
“Para que isso não possa ser resolvido de forma intra-familiar, mas que os fatos cheguem até a polícia para que sejam investigados para que todo e qualquer abusador saiba que há lei e ela vai ser cumprida contra aqueles que cometem crimes contra as nossas crianças e adolescentes”, complementou.
Videira falou ainda que a Polícia Civil do Acre, por meio da Academia de Polícia Civil (Acadepol), proporcionou um curso de capacitação EAD para a coleta de depoimentos e oitavas das vítimas. “Isso evita mais danos às vítimas, pois busca colher as informações das vítimas de forma menos lesiva e não dá margem a uma revitimização.”
Já em relação às mulheres, também houve uma redução nesse tipo de crime. Foram 80 mulheres em 2019 contra 52, uma redução de 35%.
Mortes por policiais
O Anuário também mostra o dado de mortes por policiais separado. No primeiro semestre deste ano, houve 16 mortes causadas pela polícia, ante 12 no mesmo período do ano passado.
O crescimento tem sido contínuo. Foram 23 mortes em decorrência de intervenção policial em 2019, contra 18 em 2018.
Em dados gerais no Brasil, no primeiro semestre deste ano, houve 3.181 mortes causadas pela polícia, ante 3.002 no mesmo período do ano passado.
O crescimento tem sido contínuo. Foram 6.357 mortes em decorrência de intervenção policial em 2019, contra 6.175 em 2018.
Suicídios
No caso dos suicídios, houve um aumento no Acre, de 30%. Foram registrados, em 2019, 70 casos, ante 53 registrados no ano anterior.
Em todo o Brasil, houve um aumento no país, de 11,4%. Foram registrados, em 2019, 12.700 casos, ante 11.315 registrados no ano anterior. A maior parte dos estados teve uma alta nos registros.
Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019 mostrou que cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos.
Mortes violentas
O Acre registrou, no 1º semestre deste ano, 164 mortes violentas, um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram computadas 156 crimes do tipo. Os dados são do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicados no domingo (18).
Em 2019, houve, segundo o Anuário, 296 mortes violentas intencionais. Trata-se de uma queda de 27% quando o número é comparado ao de 2018 (399).
O estudo buscou levantar o impacto da pandemia do coronavírus sobre os dados da segurança pública neste período.
MP investiga 20 casos apenas em Acrelândia
O Ministério Público do Acre (MP-AC) investiga 20 casos de estupros de vulneráveis de crianças e adolescente na cidade de Acrelândia, interior do Acre. As ocorrências são de inquéritos encontrados na delegacia do município desde 2017 que ainda não foram concluídos e remetidos à Justiça pela Polícia Civil do Acre.
Para agilizar as denúncias, a Promotoria de Justiça Acumulativa de Acrelândia montou uma força-tarefa com ajuda de uma equipe do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) de Rio Branco. A operação começou no dia 10 de julho. A ação também é resultado de uma oficina com a Rede de Proteção, realizada no mês de março.
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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale
O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.
Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.
Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.
“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.
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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.
Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.
“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.
Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.
Violência psicológica
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.
O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).
“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.
Violência física
A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.
Violência sexual
Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.
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