Brasil
Estudo de instituto social revela que Acre só deve erradicar a pobreza em 2033
O estudo destaca que alguns estados brasileiros já atingiram essa meta, enquanto outros ainda devem alcançá-la até 2030, conforme o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1) das Nações Unidas

O Maranhão deverá erradicar a pobreza extrema em 2027, enquanto o Acre, último da lista, tem previsão para 2033.
Com Instituto Brasil
O Instituto Brasil em Mapas divulgou nessa quinta-feira, 24, uma previsão que indica que o Acre só deve erradicar a pobreza extrema em 2033. Segundo os dados, o Acre será o estado que mais vai demorar a superar esse problema social, ficando atrás de estados como Maranhão, previsto para 2027, e Ceará e Sergipe, para 2026.
De acordo com o estudo, a população brasileira em extrema pobreza representa 4,4% do total, o que corresponde a 9,5 milhões de pessoas. Apesar das grandes reduções nos últimos anos, o cenário ainda é motivo de preocupação. “Utilizamos dados do IBGE e da FGV e projetamos o ano estimado para a erradicação da pobreza extrema em cada unidade federativa, com base nos parâmetros do Banco Mundial”, informa o documento.
Conforme os critérios do Banco Mundial, a erradicação da pobreza extrema ocorre quando menos de 3% da população vive em situação de miséria, ou seja, sobrevivendo com menos de US$ 2,15 por dia (ou R$ 209 mensais, segundo o IBGE/PNAD). O estudo destaca que alguns estados brasileiros já atingiram essa meta, enquanto outros ainda devem alcançá-la até 2030, conforme o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1) das Nações Unidas, que prevê a erradicação da pobreza até essa data.
Santa Catarina, por exemplo, reduziu a taxa de pobreza extrema para menos de 3% já em 2005. Em 1989, o estado havia deixado a faixa de dois dígitos (acima de 10%), alcançando atualmente 1,4%, tornando-se o primeiro estado brasileiro a atingir o parâmetro mundial. Na sequência, o Distrito Federal atingiu 1,9% em 2009, seguido por Mato Grosso do Sul no mesmo ano, e outros seis estados, incluindo São Paulo e Paraná, em 2011. O Rio Grande do Sul alcançou a meta em 2012 e o Rio de Janeiro em 2014.
Em 2025, a previsão é que onze estados erradiquem a pobreza extrema, incluindo a Bahia e o Amazonas. Já em 2026, o Ceará e Sergipe deverão alcançar a meta. O Maranhão deverá erradicar a pobreza extrema em 2027, enquanto o Acre, último da lista, tem previsão para 2033.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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