Um dos seringueiros que se volta diariamente para o cultivo é Sebastião Paiva, que, aos 59 anos, diz trabalhar com esse ofício desde que se entende por gente. Nascido e crescido às margens do Rio Abunã, em Plácido de Castro, herdou de seu pai a dedicação pelo cultivo da seringueira.

Aula teórica visa fortalecer o trabalho dos seringueiros, integrando o conhecimento técnico às práticas tradicionais. Foto: Jean Lopes/Emater

Na manhã desta terça-feira, 20 de agosto, o governo do Estado do Acre, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater), realizou uma aula teórica sobre educação ambiental e cultivo de seringueiras na Vila Pia, localizada no km 58 da BR-317, em direção a Boca do Acre (AM). A iniciativa reuniu seringueiros da região para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes.

O encontro foi conduzido pelo professor agrônomo Raimundo Barros, que compartilhou seu conhecimento sobre o cultivo da seringueira. “Essa é uma planta que esconde muitos segredos, e com o conhecimento conseguimos realizar um cultivo mais frutífero e sustentável”, afirmou.

Entre as orientações, o professor destacou a importância da colheita ser realizada até às 10h, quando a luz do sol se encontra mais forte e diminui o fluxo da retirada da seiva da seringueira. Outro ponto abordado foi o cuidado com a profundidade do corte, fator determinante para valorizar a produção.

Barros também enfatizou que o cultivo deve ser feito apenas em árvores com uma circunferência mínima de 45 centímetros, garantindo que os vasos da planta estejam amadurecidos e capazes de fornecer um maior volume de látex.

Governo do Acre busca garantir a preservação ambiental e a sustentabilidade econômica das comunidades rurais. Foto: Jean Lopes/Emater

Para auxiliar os profissionais na prática, foi realizada a marcação de plantas e a equipagem adequada das seringueiras,  além da doação de facas de corte apropriadas, vasos recolhedores e bicas, contribuindo para uma melhor extração do látex e fortalecendo a infraestrutura de trabalho dos extratores.

Um dos seringueiros que se volta diariamente para o cultivo é Sebastião Paiva, que, aos 59 anos, diz trabalhar com esse ofício desde que se entende por gente. Nascido e crescido às margens do Rio Abunã, em Plácido de Castro, herdou de seu pai a dedicação pelo cultivo da seringueira.

Outro cultivador que ouviu com atenção as orientações foi Antônio Lima, oriundo de Sena Madureira. Ele relata que trabalha com seringa há 24 anos. Para os profissionais estaduais ele agradeceu a importância de iniciativas como essa: “Esse é meu ganha-pão e que bom que podemos melhorar. Acho fundamental esse olhar do estudo nos orientando”.

A Emater, atuando no Acre desde 1975 e vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), desenvolve atividades como essa, incluindo pesquisas agrícolas, prestação de assistência técnica, adaptação de tecnologias e promoção de ações educativas e participativas, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável do estado.

No encontro, os profissionais aprenderam diferentes tipos de corte para a retirada do látex. Foto: Jean Lopes/Emater

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