Estado pede ajuda para fiscalizar “lotações ilegais”

62% dos taxistas lotação estão irregulares

A Agência Estadual Reguladora de Serviços Públicos (Ageac) pediu ajuda das polícias Civil, Rodoviária Federal e o Ministério Público para coibir os veículos de transportes que estão rodando de forma ilegal.

Dos 700 taxis chamados de “lotação”, que fazem o itinerário Rio Branco/interior, 62% (ou 428 taxis) estão carregando passageiros ilegalmente. Em Sena Madureira, por exemplo, onde existem 80 taxis lotação, metade está irregular.

Desde novembro do ano passado, os taxistas que trabalham no interior são obrigados a regularizar a permissão junto à Ageac. O prazo venceu há cinco meses e quase toda a frota está atuando de forma clandestina: apenas 38% se regularizaram.

Quando não pagam as taxas e colocam a documentação em dia, o taxista, em caso de acidente, deixa de receber um seguro para cada passageiro no valor de R$ 50 mil, explicou o diretor da Ageac, Vanderlei Valente.

“O certo seria o passageiro buscar informações junto ao motorista se os documentos estão em dia para evitar que ele viaje sem a cobertura do seguro. Como isso é mais difícil [de acontecer], estamos fechando parcerias com as polícias para flagrar quem está desrespeitando a lei”, disse.

As polícias já estão alertadas sobre esse problema e o taxista que for pego de forma irregular vai pagar multa de R$ 2,3 mil e pode ter o veículo apreendido.

Os taxistas informaram para nossa equipe que a crise econômica e a queda no número de passageiros impedem que eles paguem as taxas. “Pagamos esse monte de dinheiro e não recebemos nenhum benefício. Não temos local para ficar quando começa a chover”, reclamou o taxista de Brasileia Francimar Correia.

As polícias também vão ficar de olho nos freteiros, que devem trabalhar nos ramais. Eles devem renovar a autorização para carregar passageiros.

Nesse caso, informou o diretor da Ageac não existe seguro para os passageiros porque as empresas seguradoras não aceitam fazer o contrato por causa do alto risco de acidentes. “Mas todos são obrigados a fazer vistorias nos caminhões e fazer as adaptações exigidas pelo Contran. Vamos ser rígidos”, ameaçou o diretor da agência.

Fonte: agazeta.net

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Publicado por
Da Redação