Acre
Especialista acreano fala sobre aumento do salário mínimo, implicações no estado e crise financeira
Cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo, entre aposentados e pensionistas
Everton Damasceno – Contilnet
O decreto assinado na sexta-feira (29) pelo presidente da República Michel Temer, fixou o salário mínimo no valor de R$ 954,00 para 2018. A repercussão gerada em todo país pelo reajuste de 1,81% também despertou alguns questionamentos nos acreanos.
O decreto presidencial estabelece ainda que o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 31,8, e o valor horário, a R$ 4,34.
Em entrevista concedida à ContilNet, o economista e professor da Universidade Federal do Acre, Carlos Alberto Franco, comentou o aumento e falou a respeito das implicações no país e, especificamente no estado.
Franco possui graduação em Economia pela Universidade Federal do Acre, Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade de Matanzas Camilo Cienfuegos (Cuba) e doutorado em Meio Ambiente Natural e humano nas Ciências Sociais pela Universidade de Salamanca – Espanha.
Durante as perguntas, Franco salientou: “o governo segue uma metodologia que foi estabelecida em 2012 e vai ser usada até 2020 para determinar o reajuste do salário mínimo”.
O valor do salário mínimo proposto para o próximo ano ainda está distante do valor considerado como “necessário”, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o órgão, o salário mínimo “necessário” para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 3.731,39 em novembro deste ano.
Cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo, entre aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal.
Confira a entrevista:
ContilNet: O reajuste de 1,81% no valor do salário mínimo para o ano de 2018, ajuda no bolso do trabalhador acreano?
Carlos Franco: Ajuda muito pouco, uma vez que, sequer repõe a inflação acumulada no último ano.
ContilNet: Quais as implicações desse aumento para o estado?
Carlos Franco: A maior implicação fica por conta do volume de dinheiro novo da economia. Este valor representa pouco, quando se fala do ponto de vista individual, mas ele é representativo quando agregado a todas as pessoas que ganham o salário mínimo.
ContilNet: Sabendo que o reajuste é o menor em 24 anos, os impedimentos de um maior aumento se dá pela crise que se instalou em todo o Brasil?
Carlos Franco: Sim, a crise puxou o reajuste pra baixo. O governo segue uma metodologia que foi estabelecida em 2012 e vai ser usada até 2020 para determinar o reajuste do salário mínimo. Esta metodologia usa a variação do PIB dos últimos dois anos e a inflação do ano anterior. Como tivemos queda no PIB, o resultado usa somente a inflação do último ano.
ContilNet: As arrecadações altas de impostos e tributos, comparando com outros países, não deveria deixar o país como referência no pagamento de um salário mínimo adequado?
Carlos Franco: O reajuste do salário mínimo não é vinculado ao crescimento da arrecadação do país e sim à variação do PIB e da Inflação. O que deveria acontecer é o estabelecimento de uma política de recuperação do poder de compra do salário mínimo, mas isso esbarra no desequilíbrio das contas públicas.
ContilNet: Quais as expectativas, no que se refere ao salário mínimo, do ponto de vista científico, para os próximos anos?
Carlos Franco: Esta metodologia de cálculo vigora até 2020, por isso deve ser uma pauta nas propostas dos candidatos a eleição presidencial. É preciso encaixar uma regra que possa recuperar o poder de compra do salário mínimo, sem agravar o desequilíbrio das contas públicas, o que é uma equação de difícil resolução.
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Acre
Rio Acre recua mais de um metro em 24 horas, apesar do aumento das chuvas em Rio Branco
Nível do manancial caiu 1,34 metro entre terça e quarta-feira, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas
O nível do Rio Acre, em Rio Branco, apresentou nova redução entre a terça-feira (23) e a quarta-feira (24) de dezembro, conforme boletins divulgados pela Defesa Civil Municipal. Em apenas 24 horas, o manancial recuou 1,34 metro, mesmo com o aumento do volume de chuvas registrado na capital acreana.
Na manhã da terça-feira (23), às 5h12, o rio foi medido em 9,01 metros, com registro de 8,60 milímetros de chuva nas 24 horas anteriores. Já na quarta-feira (24), às 5h16, o nível caiu para 7,67 metros, apesar de uma precipitação maior, que totalizou 14,80 milímetros no mesmo período.
Em ambos os dias, o Rio Acre permaneceu bem abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e distante da cota de transbordo, que é de 14 metros, afastando, por ora, o risco de alagamentos na capital.
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Ministério Público do Acre emite nota sobre morte de ativista Moisés Alencastro
Recebemos com extrema cautela a informação veiculada pela mídia acerca da hipótese de que o homicídio de Moisés Alencastro tenha decorrido de latrocínio, especialmente diante do cenário do crime tal como descrito nas próprias reportagens.
Destacamos, ainda, a plena confiança no rápido e eficiente trabalho desempenhado pela Polícia Civil na elucidação do caso, inclusive, com a devida qualificação a ser dada ao crime. Desde o primeiro momento, a instituição tem empenhado esforços grandiosos para o enfrentamento deste delito, de modo a dar à sociedade a pronta resposta que se espera.
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Acre
Acidente entre moto e caminhonete deixa casal ferido em Sena Madureira
Um acidente de trânsito envolvendo uma motocicleta e uma caminhonete deixou um casal ferido na tarde desta terça-feira (23), no município de Sena Madureira, no interior do Acre.
A colisão aconteceu na rua Augusto Vasconcelos, esquina com a rua Maranhão, nas proximidades da 4ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Conforme informações preliminares apuradas no local, o condutor da caminhonete teria avançado a via preferencial e atingido a motocicleta onde o casal trafegava.
Com o impacto, o condutor da moto, identificado inicialmente apenas como professor Fábio, foi arremessado e caiu dentro de um bueiro. A passageira, sua esposa — ainda não identificada oficialmente — caiu sobre a calçada e também ficou ferida.
Vídeos enviados à reportagem registram o momento exato da colisão e o atendimento prestado às vítimas logo após o acidente.
Policiais militares do setor de trânsito estiveram no local para isolar a área e controlar o fluxo de veículos, possibilitando o trabalho da perícia. O casal foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital João Câncio Fernandes para atendimento médico.
Até o fechamento desta matéria, não havia informações oficiais sobre o estado de saúde das vítimas. As circunstâncias do acidente serão apuradas pelas autoridades competentes.







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