Acre
Epitaciolândia senta com Sinteac para negociar e oferece 17% para categoria
Da redação, com Marcus José e Marquinho Filho
O prefeito do Município de Epitaciolândia, André Hassem, juntamente com a Secretária de Educação e o presidente do Conselho Municipal de Educação, receberam a diretoria do Sinteac, para mais uma rodada de negociações referente ao Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) que inclui um reajuste salarial.
Segundo o gestor, o governo federal repassou o plano a nível nacional, mas não tem repassado aos Estados e Municípios, o dinheiro para que fosse dado o aumento devido, sobrecarregando a folha, sem que tivesse condições de arcar com as despesas e aumentasse o salário.
Sem um entendimento, os alunos da rede municipal estão sendo prejudicados e correm o risco de perder o semestre em curso, podendo ter que estudar em datas comemorativas e finais de semana para recompor o que foi perdido.
André disse que efetuou cortes para que pudesse economizar e oferecer 17%, ficando o restante para negociações futuras. Desse modo, os professores retornariam imediatamente para as salas de aula e destacou que, em Brasiléia, aconteceu um acordo de um bônus dentro da folha do professor e apoio administrativo e os trabalhos iniciaram.

Professores e apoio da educação foram para frente da Prefeitura para apoiar o Sinteac nas negociações.
Foi destacado que o último aumento salarial ocorreu em 2010, onde ofereceram apenas 10%, sendo que atualmente, a proposta é de 17% na folha. Os professores receberiam R$ 200 reais e o apoio com R$ 150, com retorno imediato. “Estamos oferecendo dentro do que o Município pode dar. Temos que ser realista com a atual situação econômica que passamos e não podemos dar o passo maior que as pernas”, disse o prefeito.
O Sinteac ficou de se reunir com a categoria para passar a proposta. Uma nova rodada de debatas ficou de ser marcado para que pudessem chegar a um denominador comum e o ano letivo inicie o mais rápido possível.
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Acre
Indígenas afetados pela enchente recebem alimentação no Acre

Foto: Diego Gurgel/Secom
Uma diversidade de alimentos frescos e sem agrotóxicos chegou nesta terça-feira, 18, aos 65 indígenas do Povo Huni Kuin que estão alojados no Parque de Exposições, em Rio Branco, por causa da cheia do Rio Acre.
A entrega dos alimentos, feita pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), visa garantir a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade devido à cheia do rio. Entre os itens, constam: banana (prata e comprida); macaxeira; jerimum; açaí; mamão e farinha.
Para a secretária de Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara, o suporte alimentar chega em um momento crítico: “O PAA tem sido fundamental para garantir segurança alimentar e nutricional para essas famílias. É um reforço que chega pelo governo do Estado, que tem trabalhado em conjunto com várias secretarias, como a Seagri, a Assistência Social, a Prefeitura de Rio Branco e o Gabinete da Vice-Governadora”.

Nós abrigos, acolhimento do governo tem buscado respeitar a cultura indígena, oferecendo um espaço onde eles podem se alimentar, dançar, fazer artesanato e manter suas tradições.
O PAA, iniciativa do governo federal executada pelo Estado, compra alimentos da agricultura familiar e os destina a instituições que prestam assistência social.
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Acre
Com 24 bairros e comunidades rurais alagadas, Cruzeiro do Sul suspende aulas em 7 escolas
Em Cruzeiro do Sul, as chuvas não param. O Rio Juruá alcançou a marca de 13,65 metros, atingindo 12 bairros e 12 comunidades rurais. A primeira família foi retirada de casa e levada para abrigo e outras 4 já solicitaram ajuda da prefeitura para serem retiradas de suas residências e levadas aos abrigos ou casa de familiares. As aulas estão suspensas em 7 escolas devido à enchente e 137 imóveis já estão sem energia elétrica.
Na manhã desta terça-feira, 18, a prefeitura de Cruzeiro do Sul retirou a primeira família, na localidade Olivença, que foi levada para o abrigo montado na Escola Corazita Negreiros. A moradora Raiane Quirino agradeceu a ação rápida da Defesa Civil. “Minha casa já tinha coberto o chão, então chamei o bombeiro pra tirar minhas coisas e levar para o abrigo, porque o rio vai subir ainda mais. Eu agradeço essa ajuda porque, senão, ia perder tudo que eu tenho”, disse.
O prefeito Zequinha Lima vistoriou as áreas mais atingidas, incluindo a Comunidade Boca do Moa, acompanhado da equipe da Defesa Civil.
“O rio tem subido constantemente, com uma média de 4,5 centímetros a cada 12 horas. Estamos monitorando essa situação de perto e tomando todas as providências necessárias para garantir a segurança da população”, afirmou o prefeito Zequinha Lima.
“As primeiras famílias ficam na Escola Corazita, que tem capacidade para abrigar até oito famílias. Lá, ofereceremos o acolhimento necessário, com alimentação e acompanhamento social”, explicou a secretária de Assistência Social e Cidadania, Milca Santos.
Aulas paralisadas em 7 escolas
A cheia do Rio Juruá também causou a paralisação das aulas em 7 escolas. 5 porque foram alagadas e 2 para servirem de abrigos: a Corazita Negreiros e a Thaumaturgo de Azevedo.
A secretária Rosa Lebre explicou que as equipes têm percorrido as escolas para avaliar o nível da água. “Ontem (17) fizemos mais uma vistoria e decidimos suspender as aulas nas escolas do Miritizal porque, hoje, a água já chegou ao terreno e até mesmo às próprias instalações. Nossos alunos precisam atravessar essa água para chegar à escola, o que é muito perigoso tanto para eles quanto para os profissionais da educação”, explicou, destacando que as aulas precisarão ser repostas futuramente nessas unidades de ensino.
Número para socorro
As famílias que precisarem de assistência da Defesa Civil podem entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193 ou com a Defesa Civil pelo número (68) 3965-6237, que está disponível 24 horas para atender a população. O 193 do Corpo de Bombeiros, também pode ser acionado.
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Acre
Quase 600 famílias estão desalojadas e cheia já atinge mais de 30 mil pessoas

Foto: Jardy Lopes
O nível do Rio Acre apresentou uma leve redução nas últimas horas, marcando 15,80 metros, mas ainda permanece acima da cota de transbordo. O boletim divulgado pela Defesa Civil de Rio Branco na manhã desta terça-feira, 18, com dados das 18h de segunda-feira, 17, aponta que cerca de 598 famílias estão desalojadas na capital devido à cheia do manancial, atingindo diretamente mais de 30 mil pessoas.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão informou que há três abrigos ativos e, na zona rural, estima-se que mais de 9 mil pessoas tenham sido afetadas pela enchente.
Dados atualizados da Defesa Civil:
Famílias em abrigos: 169
Pessoas em abrigos: 544
Famílias desalojadas: 598 (estimado)
Pessoas desalojadas: 2.381 (estimado)
Comunidades rurais atingidas: 19
Famílias rurais atingidas: 2.198
Pessoas atingidas na zona rural: 9.231
Bairros atingidos: 43
Famílias atingidas (total): 8.698 (estimado)
Pessoas atingidas (total): 31.318
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