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Entrevista: Perpétua reconhece desgaste da FPA e diz que há apelo social por sua candidatura

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“As dificuldades são naturais, do desgaste de tanto tempo de mandato de um grupo político, mas nunca o Acre esteve tão em evidência”, disse.

Perpétua-Almeida-Foto-Divulgação2Por Gina Menezes, da ContilNet

Os minutos que antecedem a entrevista agendada com a deputada Perpétua Almeida (PCdoB), pré-candidata ao Senado, permitem observar traços da personalidade e dos dias atuais vividos pela entrevistada.

Mesa improvisada e abarrotada de papéis, sala de espera com gente de vários locais do interior esperando para ser recebida, um celular que não para de emitir sons de mensagem e um kit básico de maquiagem.

Não resta dúvida de que a agenda feminina se emaranhou no meio da conturbada agenda política estadual, que até pouco tempo era dominada por homens.

Perpétua Almeida não é a primeira mulher a pleitear a vaga de senadora, mas deve ser a primeira a vencer as duras pretensões de um grupo político liderado por homens que há décadas governam o Acre.

A luta dela foi dupla. A primeira etapa equivaleu à ansiedade de uma disputa eleitoral e resultou na escolha dela para ser candidata, no lugar do petista Aníbal Diniz.

“Acho que o momento foi de tensão para todos nós, membros da Frente Popular, mas saímos todos vitoriosos. A união da Frente Popular sempre foi nosso maior legado”, resume.

Veja a seguir os principais pontos da entrevista com a comunista Perpétua Almeida.

ContilNet – Como a senhora define este momento, na posição de pré-candidata a um cargo tão importante como o de senadora?

Perpétua Almeida – Este é um momento importante, pois foi uma decisão em conjunto, de todos. Sempre torcemos para que a Frente Popular não saísse dividida. Estou em um momento de visitar todos os líderes, afinando as conversas com as militâncias para podermos enfrentar a campanha.

ContilNet – O que foi mais difícil nos momentos que antecederam a escolha do seu nome?

P.A.– Foi um momento difícil e tenso para todos. Levamos um tempo para maturar isto, para que todos os partidos entendessem que a decisão em conjunto era a mais importante para o grupo. Era importante chegar ao entendimento que a união da Frente Popular é nosso maior legado. De outubro para cá, eu me reservei ao direito de não falar de candidaturas, da disputa. Evitei ler notas políticas, até porque às vezes a interpretação é diferente daquilo que se estava discutindo.

ContilNet – Qual avaliação que a senhora faz dos quase 20 anos de administração da FPA?

P.A. – Eu diria que é uma dualidade. Tem todo o tempo, que significa 20 anos, e tem o fato de estarmos no nosso melhor momento de trabalho. As dificuldades são naturais, [oriundas] do desgaste de tanto tempo de mandato de um grupo político, mas nunca o Acre esteve tão em evidência, ao investir na industrialização, no desenvolvimento e geração de empregos. Temos, ainda, a nosso favor, o fato do Tião Viana ser este governador popular, próximo de todos. Nunca tivemos um governador que fosse tantas vezes aos municípios. É nosso melhor momento.

ContilNet – A senhora não teme se lançar candidata justamente no meio desse desgaste do grupo, desses quase 20 anos de administração, desse momento em que a sociedade poderá reavaliar se quer, ou não, o mesmo grupo no poder?

P.A. – Não tenho medo, não. Comecei fazendo política dentro da Frente Popular e mostramos trabalho. As pessoas me conhecem. Não coloquei o meu nome na política ontem. Se a gente joga com o trabalho e com a verdade, não temos o que temer.

ContilNet – Qual o diferencial da sua candidatura?

P.A. – Acho que tem um apelo da sociedade em torno da minha candidatura, tinha uma ansiedade em torno do meu nome.

ContilNet – Como satisfazer esta expectativa?

P.A. – A maneira é envolver as pessoas, discutir com as bases, fazer a política ser assunto de todos.

ContilNet – Como a senhora avalia a participação da mulheres no cenário político?

P.A. – A participação da mulher na política ainda é pequena. No Senado, nós temos 10% de mulheres, e na Câmara temos 9%. Tem outros países com 25% de representação feminina. A legislação eleitoral não ajuda, pois estipula 30% de candidaturas, mas não obriga 30% de vagas nos mandatos. Acho que no Acre é onde temos mais esta valorização feminina, pois tivemos a primeira governadora, a primeira presidente do Tribunal de Justiça e a primeira senadora negra.

ContilNet – O que uma mulher senadora pode fazer de diferente neste mandato?

P.A. – Eu acredito em participação feminina. Não consigo ver democracia sem a participação das mulheres. Temos que criar mais políticas de inclusão.

ContilNet – Sua trajetória política é independente. Sua independência incomoda o marido, Edvaldo Magalhães?

P.A. – Não tem conflito. Edvaldo fez o que todo homem deve fazer, que é incentivar a mulher a participar das decisões da sociedade. Quando eu saí do colégio de freiras, em seguida conheci o Edvaldo; já o conheci como militante do movimento sindical e ele me incentivou a colocar a cara nisso. Com o tempo, fomos deslocando a luta: ele no movimento de professores e eu no movimento bancário. Não tem conflito. Tem ajuda mútua.

ContilNet – Como a senhora lida com as críticas da oposição com o fato da presidente Dilma jamais ter vindo ao Acre?

P.A. – Acho que a oposição está torcendo para que a presidente não venha ao Acre. Acho que quem tem que fazer este debate somos nós, não eles. Tem pelo menos seis estados que ela ainda não foi [visitar]; o Acre é apenas mais um. Lógico que temos a expectativa que ela venha, mas o importante mesmo é que ela não tem nos falhado. Prova disto é a ajuda do governo Federal em projetos importantes, como a Cidade do Povo e a BR 364.

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Professores da Ufac rejeitam proposta do Governo Federal e discussão sobre greve é antecipada

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Após rejeição de docentes, discussão foi adiada para a próxima segunda-feira (29)

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Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024

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Equipe técnica da Sesacre já está traçando uma visita técnica em conjunto com o Programa Nacional de Controle Malária do Ministério da Saúde Foto: Arquivo

No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.

De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.

O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.

Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Transmissão

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.

Tratamento

Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.

Prevenção

Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.

Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz

Ministério da Saúde. Saúde de A a Z

Organização Mundial da Saúde

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Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco

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O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.

No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.

“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.

Bocalom: “A construção civil gera grande número de empregos” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.

“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”

O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.

“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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